Cena polêmica expõe doença e dor de Céline Dion: 'Não pedi permissão'

Céline Dion, 56, é um dos nomes mais importantes da música mundial, com sucessos como "My Heart Will Go On" no currículo. No entanto, já faz uns anos que a vida da cantora tem sido bastante conturbada. O período de complicações começou em 2016, com a morte de René Angélil, marido de Céline.

Já em 2022, ela cancelou diversos shows ao ser diagnosticada com Síndrome da Pessoa Rígida (SPR), uma doença neurológica grave que faz a pessoa perder o controle dos músculos. A tortuosa trajetória da artista nos últimos anos é mostrada em "Eu Sou: Céline Dion", documentário disponível no Prime Video.

Um dos momentos mais fortes da produção de 1h40 de duração é a longa sequência na qual a cantora tem uma crise relacionada à síndrome, que se transforma em convulsão. Ela se debate de maneira incontrolável e emite sons que demonstram bastante dor, enquanto é socorrida por profissionais.

Em entrevista a Splash, a diretora do documentário, Irene Taylor — indicada ao Oscar por "The Final Inch", conta não ter pedido a permissão da cantora para inserir a cena no corte final da produção. "Filmei e coloquei no documentário."

A reação de Céline Dion foi positiva à decisão de Taylor. "Quando mostrei a minha edição, ela pediu para que eu não mexesse em nada naquela cena. Ela queria que eu a mantivesse como estava. Isso me deu coragem de manter a sequência, pois percebi que ela queria que o mundo entendesse como essa doença se parece e a faz sentir".

Foi uma maneira que Céline encontrou para dar um passo a frente no que diz a respeito da Síndrome da Pessoa Rígida, pois nós a vimos sentido os sintomas mais assustadores dessa doença. Não imaginávamos que estaríamos com ela quando ela tivesse um desses episódios, foi bastante crítico. Irene Taylor

O diagnóstico da cantora foi feito durante a gravação do documentário. Segundo a diretora, no entanto, em nenhum momento Céline Dion transpareceu que desistiria de seguir com a produção, ao contrário: se mostrou ainda mais disponível. "Ela só continuou surpreendendo-me pelo quão aberta ela era. Neste caso, ela não estava apenas aberta em suas palavras, ela estava aberta em seu afeto.

Ela estava muito aberta sobre a pessoa que ela é: quando acorda de manhã, ou vai para a cama à noite, ou come seu almoço. Eu a entrevistei sobre uma tigela de cereais uma vez", relembra.

Documentário de Céline Dion mostra momento de crise
Documentário de Céline Dion mostra momento de crise Imagem: Reprodução/Prime Video
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"Eu Sou: Céline Dion" acompanha a artista em sua intimidade. São diversas filmagens enquanto aplica seus remédios na veia, conversa com os filhos, e até mesmo toma importantes decisões, como quando conta aos fãs sobre sua condição por meio de um vídeo.

No entanto, para quem acompanha a cantora, chama a atenção o pouco abordado sobre a morte de seu marido. Para Irene Taylor, esta parte da vida de Céline já havia sido "bastante documentada" e não precisava ser novamente explicitada. A diretora preferiu se debruçar sob arquivos de gravações de shows e materiais inéditos, assim como a doença, algo considerado mais recente por ela.

"Muito melhor agora"

O documentário aborda as fragilidades vividas pela cantora, mas há também seu lado resiliente, que quer superar as dores e voltar aos palcos. "Ela é um ser humano, como o resto de nós. Ela tem um talento extraordinário, mas também tem uma paixão e um desejo gigante de melhorar. Céline é muito apaixonada por cantar e está muito aberta a novos meios de se apresentar."

Ao final, Irene Taylor diz acreditar que a cantora está "muito melhor agora" e dá uma perspectiva bastante positiva aos fãs. "Acho que vamos ver boas coisas vindo de Céline, e eu acho que ela está em um caminho muito melhor agora que ela tem um bom time de médicos que realmente sabem o que ela tem e como eles podem responder à doença", conclui.

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