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Cidade na Suécia faz sucesso vendendo terras por R$ 0,50 o metro quadrado

Cidade de Götene oferece 30 terrenos que custam R$0,50 por metro quadrado Imagem: Adrian Braekke/Götene kommun

Da Redação

12/07/2024 04h00

A cidade de Götene, na Suécia, fez sucesso nas redes sociais após vender terrenos a partir de 1 coroa sueca, o que equivale a R$ 0,53 por metro quadrado. Depois da repercussão, a prefeitura resolveu suspender as vendas. Ainda sem data, a administração municipal disse que pretende leiloar as terras.

O que aconteceu:

Em entrevista à CNN, o prefeito Johan Månsson disse que a venda dos terrenos a preços baixos está relacionada à combinação entre a atual crise econômica e a redução da população rural. Os lotes escolhidos para a venda já estavam no mercado há muito tempo.

O mercado imobiliário atualmente está muito devagar em nossa região e na Suécia em geral por conta da alta taxa de juros e pela recessão, então queríamos dar uma injeção no mercado. Johan Månsson

O município rural tem 5 mil habitantes em sua zona principal e 13 mil na área mais extensa e fica localizado nas margens do Lago Vänern, o maior da União Europeia. A cidade também abriga sítios tombados pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e fica nos arredores de uma pequena montanha, KinneKulle.

Além da expectativa

Segundo o prefeito, os terrenos normalmente custam cerca de 500 mil coroas (R$ 262 mil). A ação atraiu bastante atenção com pessoas de várias partes do mundo interessadas em adquirir terrenos na cidade. A ação foi lançada em meados de abril com 30 compradores interessados. Quatro deles compraram terrenos e pagaram uma coroa sueca por metro quadrado.

Desde então, o esquema viralizou e a prefeitura recebeu milhares de pedidos por telefone. "Nós temos duas pessoas na nossa central telefônica na prefeitura, e elas estão suando bastante nos últimos dias. Basicamente estamos em modo de crise", conta Månsson.

Por causa da demanda sem precedentes, as autoridades pausaram o processo até o início de agosto para verificar como seguir com a ação. É provável que haja um leilão pelos lotes, em vez de vendê-los por uma coroa.

A prefeitura não esperava que a ação provocasse tanta demanda: "Nós pensamos que teríamos sorte se conseguíssemos vender um ou dois". "Com o interesse que estamos vendo agora, seria fantástico se vendêssemos todos os 30", completa. A expectativa é de que finalmente a cidade possa ver sua população de 13 mil habitantes crescer.

Até o momento, o município não criou regras para quem pode comprar os terrenos. Eles podem ser usados como residência ou casa de passeio. O único requisito é que o comprador se comprometa a construir uma casa dentro de dois anos.

Mas Johan Månsson disse que a prefeitura pode precisar reavaliar as normas do processo. Além disso, há as regras estabelecidas pelo governo sueco em relação ao visto para estrangeiros.

De acordo com o prefeito, o processo não acaba com a venda dos 30 terrenos e outros ainda podem entrar à venda. "Nós temos muito mais terra e vamos precisar nos sentar e ver se podemos fazer algo mais com elas, além desses 30 lotes. Precisamos de algo para oferecer aos que ligaram", afirmou.