Juca Kfouri

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Reportagem

Vasco quebra escrita e cola o Corinthians na ZR

No gol, Matheus Donelli. Nas laterais, Matheus Bidu e Matheus França.

Sobram Matheus na defesa do Corinthians e sobravam faltas dos defensores do Vasco, em São Januário.

Quem imaginava o Vasco apertando o Corinthians no caldeirão cruzmaltino se enganou.

Com dois candidatos à lei do ex, Lucas Piton e Adson, os vascaínos iniciaram o clássico mais cautelosos.

A partir do 10° minuto, passaram a tomar conta.

Mas foi Bidu quem, aos 15, tirou lasca da trave.

O Corinthians também tinha um candidato à lei do ex, o centroavante Pedro Raul, mas no banco.

Logo o Vasco percebeu que os dois laterais corintianos não marcam nem gado parado no pasto e começou a explorar os cantos do gramado.

A defesa vascaína também engrossava em lances primários e a qualidade do espetáculo era lamentável.

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Aos 25, Léo Jardim evitou gol em cobrança de falta por Igor Coronado, no ângulo.

A verdade é que o Vasco não se impunha como mandante e fazia faltas em cima de faltas, desnecessárias, porque roubar a bola dos rivais era tão fácil como tirar doce da boca de criança.

Breno Bidon, 19, era o mais lúcido no gramado e o primeiro tempo se aproximava do fim com o empate que só interessava aos visitantes.

Desde 2010 o Vasco não vencia o Corinthians, com 13 derrotas em 21 jogos, e o intervalo chegou com o nono empate.

E olhe que os dois Matheus erravam os passes mais fáceis, os desarmes mais simples, custa a crer que sejam profissionais, com todo respeito.

Aos 45, foi a vez do equatoriano fazer lambança e entregar para Praxedes que passou a Vegetti desarmado na hora agá por Raniele.

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O Vasco ainda tentou uma blitz nos minutos finais, mas dessa vez, o Corinthians não tomou o gol no fim. Nem no início, aliás, o que já era um progresso.

Melhor não descrever o que Yuri Alberto fez no último ataque alvinegro, aos 49. Procure não ver.

Ninguém mexeu para o segundo tempo. Sinal de satisfação dos treinadores?

Mais provável que fosse por falta de opção.

Seja como for, o Vasco voltou com a mesma disposição com que havia terminado a primeira etapa.

E aos 5 minutos, Adson deu para Vegetti que só não fez 1 a 0 porque Matheus França, o Matheuzinho, salvou.

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O gol vascaíno amadurecia e, aos 10, era inevitável: Lucas Piton recebeu de Hugo Mouro e bateu cruzado para fazer 1 a 0 e valer a lei do ex.

O Vasco quebrava o tabu e vencia o Corinthians pela 13ª em São Januário, com 11 derrotas e sete empates. Pelo Brasileirão, 5ª vitória, com sete derrotas e seis empates.

Romero foi embora e Pedro Henrique entrou porque é o que temos.

A única notícia boa para o corintiano era a derrota do Grêmio, em Caxias do Sul, por 2 a 0 para o Cruzeiro, embora os gaúchos tenham dois jogos a menos e estejam apenas um ponto atrás.

A primeira bola que Pedro Henrique pegou jogou-a em Copacabana, 13 quilômetros distante da casa cruzmaltina. Também é melhor não ver.

Raphael Laruccia, coitado, apostou na lei do ex e pôs Pedro Raul no lugar de Yuri e Ryan no de Raniele.

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JP no lugar de Praxedes foi a resposta de Rafael Paiva.

Entre os Rafaéis interinos, o corintiano se despedia para dar lugar a Ramón Díaz e o vascaíno tem tudo para ficar, tão bons tem sido os resultados obtidos,

Estranhamente o Vasco se deixou atacar depois do gol, porque melhor seria tentar liquidar o jogo e não dar sopa para o azar.

Já imaginou se Pedro Raul faz um gol? Seria desesperador.

O Corinthians lutava, é verdade, mas sem produzir coisa alguma, como afogado briga com a água e afunda.

Aos 32, o Corinthians pôs seu quarto Matheus em campo, o Araújo, no lugar de Bidon, e Giovane, no de Wesley.

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O Vasco fez três trocas: Matheus Carvalho, Hugo Moura e Adson saíram e entraram Zé Gabriel, Breno Lopes e Sforza.

Com quatro Matheus em campo o Corinthians dizia ao Vasco: "Primeiro os teus!".

O Vasco dorme em 10° lugar e o Corinthians pode acordar na vice-lanterna na sexta-feira, embora seja improvável que o Atlético Goianiense derrote o Palmeiras na casa verde.

No futebol dos cafajestes, os gandulas faziam cera em São Januário.

Piton deixou o campo ensanguentado, sangue do terrão do Parque São Jorge, que o Corinthians não soube aproveitar.

E Sforza fez 2 a 0, em belíssima cobrança de falta, aos 49.

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Texto que relata acontecimentos, baseado em fatos e dados observados ou verificados diretamente pelo jornalista ou obtidos pelo acesso a fontes jornalísticas reconhecidas e confiáveis.

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