Desde que se juntou à equipa da Time Out Lisboa, em 2009, Luís Filipe Rodrigues editou as páginas de Noite, Música e Filmes, e assinou artigos em todas as restantes. Estudou cinema, fez rádio, leva o dia a ouvir música e ainda passa um discos de vez em quando.

Luís Filipe Rodrigues

Luís Filipe Rodrigues

Editor

Follow Luís Filipe Rodrigues:

Articles (361)

Maria Reis e mais concertos a não perder em Lisboa esta semana

Maria Reis e mais concertos a não perder em Lisboa esta semana

Todas as semanas, quase todos os dias, há música para ouvir nos bares e salas de espectáculos da cidade, da pop-rock mais orelhuda ao jazz mais livre, de pequenas bandas locais a grandes nomes internacionais, passando por tudo o que se encontra no meio. E porque alguns concertos valem mais a pena do que o resto, ou porque uns são potenciais surpresas enquanto outros são valores mais ou menos seguros, toda a informação ajuda. Siga as nossas dicas e sugestões. Não se vai arrepender. Recomendado: Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa

Karol G e outros concertos em Lisboa em Julho

Karol G e outros concertos em Lisboa em Julho

Há muitos festivais a lutarem pela nossa atenção durante o mês de Julho – na cidade, mas não só. Os maiores trazem veteranos de peso e artistas emergentes a Lisboa e arredores, dos Pearl Jam ao rapper 21 Savage, passando pelos Air e Patti Smith. Mas também há grandes espectáculos em nome próprio, incluindo um par de datas de Karol G, uma das mais populares cantoras do reggaetón e da música urbana latina de agora, na MEO Arena. Para quem não gosta de confusões, há concertos mais pequenos, como a reunião de Cansei de Ser Sexy no Lisboa Ao Vivo. É só escolher.  Recomendado: Os concertos a não perder em Lisboa esta semana

Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa

Os concertos a não perder em 2024 em Lisboa

Há sempre música entre nós, como diz a canção. O que, neste caso, quer dizer que há sempre concertos em Lisboa que vale a pena ver e ouvir. É verdade que o melhor provavelmente já passou – como a estreia nacional de Taylor Swift ou o debute da reggaetonera Karol G –, mas o calendário continua carregado de grandes espectáculos na segunda metade do ano. E ainda não sabemos tudo o que nos espera. Das datas consecutivas de Travis Scott na MEO Arena às múltiplas visitas de Rodrigo Amarante ao B.Leza, eis alguns dos concertos a não perder em 2024 em Lisboa. Recomendado: Os melhores festivais deste Verão

Os melhores sports bars em Lisboa

Os melhores sports bars em Lisboa

Há restaurantes em Lisboa onde o futebol tem lugar cativo no menu e muitos outros sítios para ver a bola de copo na mão. No entanto, se é apreciador de modalidades diferentes, acompanha os campeonatos de tudo quanto é nação, e gosta de fazer maratonas desportivas acompanhado de uma imperial ou de um cocktail para brindar (ou afogar as mágoas) com os amigos, é melhor não fintar estas sugestões. Porque é nos sports bars (bares desportivos, em bom português) que deve apostar todas as fichas. Estes estão à sua espera, de televisão ligada e muita bola a rolar. Recomendado: Os novos bares em Lisboa que tem mesmo de conhecer

Os melhores festivais deste Verão

Os melhores festivais deste Verão

“Eu fui a um festival, comi tão pouco que fiquei mal”, começavam por cantar as Pega Monstro em “Paredes de Coura”, a evocativa canção que as apresentou aos mais atentos em 2011. “Quem nunca”, pensou quem as ouviu na altura. E mesmo assim continuamos a ir a festivais. Uns porque querem mesmo ver aquela artista ao vivo; outros porque gostam de experimentar coisas novas e ouvir um bocado de tudo, como quem vai a um buffet; muitos apenas pelo ambiente e a sede da festa. Independentemente da razão, a maioria acaba sempre por ir a algum. Até ao fim deste Verão, estão aqui os melhores argumentos para montar a tenda. Recomendado: Os melhores concertos em Lisboa esta semana

Capitão Fausto e outros concertos a não perder no Super Bock Super Rock

Capitão Fausto e outros concertos a não perder no Super Bock Super Rock

O histórico festival Super Bock Super Rock voltou finalmente ao Meco no ano passado. E por lá continuará entre quinta-feira, 18 de Julho, e sábado, 20. Com Måneskin, 21 Savage e Stormzy em destaque, respectivamente no primeiro, no segundo e no terceiro dia, o cartaz não tem a força de edições anteriores, mas há alguns concertos que despertam a nossa curiosidade, como a celebração dos dez anos do álbum Pesar o Sol (2014), dos Capitão Fausto, ou o regresso aos palcos dos Mind Da Gap, quase oito anos depois de terem anunciado a sua separação. Recomendado: Os melhores concertos em Lisboa esta semana

11 comédias sobre férias catastróficas

11 comédias sobre férias catastróficas

Todos já tivemos férias de Verão que não correram como esperávamos. Nestes filmes cómicos em que as famílias estão particular e naturalmente em foco, as férias estivais são arruinadas pelos mais diversos motivos, desde familiares e amigos metediços, trapalhões ou insuportáveis, até aos desastres mais variados e das mais diversas dimensões. Entre fitas americanas, inglesas e francesas, destacam-se títulos como o clássico As Férias do Sr. Hulot, de e com Jacques Tati, Que Paródia de Férias, de Harold Ramis, Com Jeito Vai... Campista, de Gerald Thomas, ou Com a Casa às Costas, de Barry Sonnenfeld. Recomendado: Oito comédias de Verão indispensáveis

Pearl Jam e outros concertos a não perder no NOS Alive

Pearl Jam e outros concertos a não perder no NOS Alive

É o maior festival de Verão do país. O que todos os anos monta mais palcos, recebe mais visitantes e traz mais artistas a Portugal. A edição deste ano tem os Pearl Jam destacadíssimos no topo do cartaz do último dia, 13 de Julho, mais Arcade Fire no primeiro, Dua Lipa no segundo, e muitos outros músicos e DJs, além de cómicos, espalhados pelos três dias do programa. O regresso dos Smashing Pumpkins ao Passeio Marítimo de Algés, em Oeiras, e a celebração dos 30 anos do clássico Last Splash, de The Breeders, são outros dos momentos mais aguardados. Recomendado: Guia para o NOS Alive: horários, bilhetes e transportes

Programa das festas para Julho em Lisboa

Programa das festas para Julho em Lisboa

O que não falta em Lisboa são sítios para dançar até o sol nascer. Antes disso pode sempre aquecer os ânimos num bonito bar lisboeta, explorar tudo o que é novidade ou quem sabe fazer um aquecimento caseiro com os vinis recentemente adquiridos. O programa das festas para este mês de Julho, como em todos os outros, encontra-se bem recheado. Há de tudo um pouco: festas que apelam aos amantes das electrónicas, das músicas latinas e africanas. Ninguém fica de fora. Seja qual for o excesso da sua preferência, o importante é sair e viver a noite na cidade. E lembre-se de beber água porque não queremos manhãs (nem tardes; e muito menos noites) difíceis.  Recomendado: 🎶 Patti Smith, Karol G e outros concertos em Lisboa em Julho

Rodrigo Leão e mais concertos a não perder no Porto esta semana

Rodrigo Leão e mais concertos a não perder no Porto esta semana

Todas as semanas, quase todos os dias, há música para ouvir nos bares e salas de espectáculos da cidade, da pop-rock mais orelhuda ao jazz mais livre, de pequenas bandas locais a grandes nomes internacionais, passando por tudo o que se encontra no meio. E porque alguns concertos valem mais a pena do que o resto, ou porque uns são potenciais surpresas enquanto outros são valores mais ou menos seguros, toda a informação ajuda. Siga as nossas dicas e sugestões para a agenda de concertos no Porto. Não se vai arrepender. Recomendado: As melhores peças de teatro para ver esta semana

Joanna Sternberg: “Faço música para as pessoas se sentirem melhor”

Joanna Sternberg: “Faço música para as pessoas se sentirem melhor”

Joanna Sternberg é especial. No seu primeiro álbum, Then I Try Some More, lançado em 2019, parecíamos ouvir Daniel Johnston. Só que mais novo, com as neuroses do nosso tempo a fermentarem as suas canções. No segundo, I've Got Me, a surpresa foi maior. A sua folk soava menos marginal e cândida, havia sido contaminada pelos blues e o jazz – que estudou desde cedo, tal como o gospel e a música clássica; Louis Armstrong “será sempre a maior influência”, garante. Apesar de escutarmos novos ritmos nas suas canções, continuava com os pés firmementes plantados na terra. Os versos ainda eram chapadas de verdade. Foi essa honestidade que nos compeliu a falar em Novembro do ano passado, quando vinha tocar ao festival Vale Perdido, em Lisboa. No entanto, uma doença obrigou a cancelar os concertos.  Este sábado, 8 de Junho, vamos finalmente ouvir as suas canções, no Primavera Sound Porto. Aproveitamos para publicar a conversa que tivemos há mais de meio ano. Um diálogo franco e revelador em que Joanna Sternberg, pessoa não binária – mantivemos os pronomes neutros da conversa original, em inglês, à revelia do livro de estilo da Time Out, porque era inconcebível reproduzir uma conversa destas de outra forma –, não se coibiu de falar dos seus traumas e problemas psicológicos. Sei que os teus pais e avôs eram artistas. E cresceste no meio de outros artistas, que viviam no mesmo prédio que tu. Até que ponto é que essa conjuntura te influenciou?Isso expôs-me a muita música incrível e fez-me s

DJ K: “Quis retratar o pânico que se estava vivendo. Que se vive”

DJ K: “Quis retratar o pânico que se estava vivendo. Que se vive”

Um pivot diz que “é o conflito mais mortal em Gaza em toda a história”. Ouvem-se sirenes, disparos e explosões. Muda a voz: “37 ônibus foram incendiados hoje no Rio de Janeiro”. O cenário evocado é caótico, a sonoplastia é psicótica. “São assaltantes de banco que participaram dos principais ataques contra instituições financeiras em vários estados do país”, anuncia outra voz, por cima do “ka-ching” de uma caixa registadora. O primeiro locutor está de volta; enumera os mortos israelitas do atentado de 7 Outubro e do genocídio palestiniano e repete que “é o conflito mais mortal em Gaza em toda a história”. Fecha-se o círculo. “DJ K não 'tá mais mais produzindo, 'tá fazendo bruxaria”. Este é o resumo possível nos primeiros 30 de segundos de “O Fim!”, faixa-título e abertura do novo disco de DJ K, nome de guerra de Kaique Alves Vieira, 23 anos de idade e um dos produtores mais vitais do underground brasileiro contemporâneo, que se estreia ao vivo em Portugal esta quinta-feira, 6 de Junho, no primeiro Círculo, “noite de celebração de música de dança de rua, local e planetária” no Musicbox – Gavi e Trafulha completam o cartaz. “Comecei muito cedo na música, com 16 ou 17 anos. Sempre fiz o que gostava, e o público aderiu automaticamente – e está a crescer cada vez mais”, reconhece. “Só que nunca imaginei sair para a Europa e para outros lugares fora do Brasil.” Percebe-se o espanto. Kaique começou a produzir ainda na década passada, sem expectativas excepto “fazer músicas que gostas

Listings and reviews (16)

Travis Scott

Travis Scott

Quem é Travis Scott? É uma das figuras mais mediáticas do hip-hop norte-americano. Nascido em Houston, no Texas, é rapper, cantor e produtor, mas não seria injusto pensar nele antes de mais como um curador. Desde a primeira mixtape, Owl Pharaoh (2013), que dezenas de outros artistas desfilam pelos seus discos. No último, Utopia, editado há um ano, são mais as faixas em que se escutam duas vozes além da sua – sete, ao todo – do que aquelas em que está sozinho – seis; tantas como aquelas em que há apenas um rapper ou cantor convidado. Não é raro encontrar tantos convidados num disco de hip-hop, mas poucos convocam nomes tão sonantes e díspares, de cantores indie ao cómico Dave Chapelle, passando pelos maiores figurões do trap, do r&b, até do reggaetón. Quem nunca ouviu a sua música conhece-o provavelmente pela relação com a ex-namorada Kylie Jenner, do clã Kardashian; ou pelo festival Astroworld, que organizou durante uns anos na sua cidade natal e acabou em tragédia, em Novembro de 2021, com uma dezena de mortos e milhares de feridos. É a primeira vez que vem a Portugal? Não. A estreia em Portugal aconteceu na MEO Arena, em 2018, durante o Super Bock Super Rock, pouco antes do lançamento de Astroworld. E voltou cá no ano passado, para um concerto no festival Rolling Loud, em Portimão. Pouco depois, lançou o álbum Utopia. Quando é que vamos voltar a vê-lo em Lisboa? Está quase. O rapper regressa à MEO Arena a 2 de Agosto, pelas 21.00. É o primeiro de três concertos consecutivos

Super Bock Super Rock

Super Bock Super Rock

O Super Bock Super Rock volta a instalar-se na Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, entre quinta-feira, 18 de Julho, e sábado, 20, com quase tanto hip-hop como rock na ementa. Måneskin, 21 Savage e Stormzy são os cabeças de cartaz do primeiro, do segundo e do terceiro dia, respectivamente. Destaca-se ainda a celebração dos dez anos do álbum Pesar o Sol, que os Capitão Fausto vão tocar de fio a pavio a 18 de Julho. E a reunião dos históricos Mind Da Gap, no último dia. A distribuição dos concertos 18 de Julho Palco Super BockMåneskinNina KravizTom MorelloRoyal BloodAlice Merton Palco Pull&BearCapitão FaustoWill Butler + Sister SquaresMarc Rebillet Palco SomersbyVictoriaAnna PriorNew Max 19 de Julho Palco Super Bock21 SavageBlack CoffeeSlow JMahalia Palco Pull&BearAminéMabelKenny Mason Palco SomersbyChromeoYen SungGryffin 20 de Julho Palco Super BockStormzyMind Da GapFisherVulfpeck Palco Pull&BearD4vdAnna CalviHause Plants Palco SomersbyPartiboi69Diana OliveraKneecap A que horas abrem as portas do recinto? Se precisa mesmo de saber, às 16.00. Mas, se chegar no pico do calor, hidrate-se. O recinto fecha às 04.00. Quanto custam os bilhetes? Ainda há? Há pois. E para todos os dias. Os bilhetes diários custam 72€. Ou 154€, se quiser ver os concertos no chamado golden circle. O acesso ao campismo tem um custo de 14€ por noite. Há ainda passes de três dias, com acesso ao campismo, à venda por 164€ (ou 174€ nos dias do festival). Quem não quiser acampar, poupa 10€. Por outro lado, es

Karol G

Karol G

Quem é Karol G? Basicamente, a primeira mulher a chegar ao primeiro lugar do top norte-americano com um álbum cantado em espanhol. Mañana Será Bonito, o tal disco, saiu em Fevereiro do ano passado e, desde então, lançou mais uma mixtape, ganhou três Grammy Latinos, incluindo o de Álbum do Ano, e foi nomeada para um Grammy.  Como é que convenceu os gringos a ouvi-la cantar em espanhol?  O mérito não é todo dela. A verdade é que cada vez mais pessoas falam espanhol nos Estados Unidos. E, de acordo com os últimos censos, nalguns dos mais populosos estados do país, a maior parte da população já se identifica como latina. É natural, por isso, que cada vez mais artistas cantem em espanhol – e tenham público.  Mas atenção: Mañana Será Bonito é mesmo especial. Ao longo das suas 17 canções, ouvimos a cantora colombiana a reunir os pedaços de um coração partido, enquanto reformula o reggaetón, colando-o a outros ritmos caribenhos e da América Latina. Com alguns dos mais requisitados produtores de música urbana ao seu lado – incluindo Tainy, habitual co-conspirador de Bad Bunny e um dos responsáveis pela reinvenção e reapreciação do reggaetón desde o final da década passada. E acompanhada pelas vozes de Shakira, Bad Gyal, Sean Paul e muitos outros. Quando é que se estreia em Lisboa, mesmo? No domingo, 7 de Julho, vamos ouvir as suas canções em Portugal pela primeira vez. A actuação começa às 19.30, as portas devem abrir uma hora antes, e não está anunciado nenhum nome para a

POSTMODERNIST GAMES: Dead Club

POSTMODERNIST GAMES: Dead Club

Primeira sessão dos Postmodernist Games da editora Russian Library no Desterro. O programa gira em torno de Glitterbug, derradeira obra completada por Derek Jarman, compilando filmes em Super 8 datados de 1971 a 1986 e capturados em jeito de diário visual. A sua exibição será acompanhada por uma instalação de vídeo de Marisa Tristão e Sebastião Bizarro, DJ sets de João Castro com Isabela Abate, e de Astrea, performances de Bruno Humberto e de Pedro Henrique, e um concerto dos Dead Club. O duo de Violeta Luz e João Silveira acaba de editar o single "I Need It", com uma versão da "Space Oddity" de David Bowie no lado B, e tem um novo EP na calha para o Outono. A sua música é um lânguido exorcismo synth-punk, com tanto de assombrado como de sedutor.

Lisboa Games Week

Lisboa Games Week

Três anos depois da última edição física, o Lisboa Games Week volta a ocupar os pavilhões da FIL, no Parque das Nações, entre 17 e 20 de Novembro. Ao longo destes quatro dias, no maior evento de videojogos do país, vai ser possível experimentar e conhecer novos títulos e plataformas de jogos, desde consolas e simuladores de realidade virtual a computadores e telemóveis; mas também experimentar máquinas de arcada vintage e consolas retro.  Os e-sports voltam a ser um dos principais focos da programação, com várias competições a disputarem-se no recinto. Continua também a haver espaço para o cosplay e a cultura pop, com espectáculos de wrestling, bancas de artistas independentes, merchandising e sessões de autógrafos. Há ainda conferências e uma aposta no serviço educativo, para levar os videojogos ao maior número de pessoas. E o maior número de pessoas à FIL.

Sortidos MIL

Sortidos MIL

Ainda falta mais de meio ano para a próxima edição do MIL. Mas, para assinalar o início das candidaturas de artistas para o festival de 2020, o Musicbox decidiu fazer uma espécie de MIL em ponto pequeno, com artistas emergentes do continente europeu. A primeira a subir ao palco, no sábado, será a harpista portuguesa Carolina Caramujo (na foto), que se encontra a gravar o primeiro álbum a solo, com lançamento previsto para Novembro. Segue-se a cantora e compositora indie catalã Núria Graham, que editou em 2017 o disco Does it Ring a Bell? por El Segell del Primavera. Depois é a vez de GENTS, duo dinamarquês de synthpop romântica e nostalgica, cujo novo álgum Humam Connection, deve sair a 11 de Outubro. O último concerto da noite é o de Kukla, cantora eslovena de turbo-pop. Depois há Dj sets de Dinamarca, que apesar do nome é chileno e vive na Suécia, e do português Progressivu.

Built To Spill

Built To Spill

Os Built to Spill ajudaram a definir e a expandir o som do indie rock americano nos anos 90. Liderados por Douglas G. Martsch, cantor, herói da guitarra, principal compositor e único membro permanente do grupo ao longo das décadas, gravaram temas que se tornaram clássicos da canção eléctrica americana e álbuns que mais parecem monumentos, cuja influência foi quase imediata e se continua a sentir. Discos como There’s Nothing Wrong With Love (1993) um disco de indie-pop de guitarras, áspero, conciso e com o coração na lapela, sem o qual os primeiros (e bons) trabalhos dos Death Cab For Cutie nunca teriam existido. Ou Perfect From Now On (1997), o terceiro álbum e o primeiro com o selo da multinacional Warner, com as suas canções paisagísticas e cordilheiras de guitarras que se confundiam com o mapa americano e nas quais escutávamos pontos de contacto com o que os contemporâneos Modest Mouse estavam a fazer. Ou Keep It Like A Secret (1999), o terceiro clássico consecutivo e combinação quase perfeita entre a abordagem mais directa do disco de 1993 com a epicidade do seu sucessor. É precisamente Keep It Like A Secret que ouviremos esta quarta-feira na Zé dos Bois, Um segredo mal guardado depois dos concertos de Oruã e Shaolin Soccer. Doug Martsch e companhia têm celebrado ao vivo os 20 anos do disco, e um dia antes de actuarem no NOS Primavera Sound trazem a Lisboa os segredos mal guardados que são as suas canções. Não faltará nenhuma. Desde clássicos indie efusivos como “The Plan

Ciclo Maternidade

Ciclo Maternidade

Vários artistas da Maternidade vão desfilar pelo palco do Auditório Municipal António Silva, no Cacém, entre sexta-feira e sábado: Filipe Sambado, Bejaflor, Catarina Branco, Aurora Pinho e Vaiapraia. O convite partiu do teatromosca, mas a promotora teve “carta branca” para fazer o que quisesse, garante o cantor e compositor Filipe Sambado. “Optámos por ter só concertos de bandas associadas à Maternidade porque nunca tocámos no Cacém. Nenhum de nós”, diz Rodrigo Araújo, vulgo Vaiapraia, outro dos mentores da agência. Desde finais de 2014 que a promotora Maternidade dá música a Lisboa e ao resto do país. Além de agenciar cantores como Luís Severo, Filipe Sambado e Vaiapraia, entre outros, teve durante muito tempo
uma mensalidade nas Damas, onde deu
a conhecer inúmeros e bons músicos independentes portugueses (chegou recentemente ao fim), e ao longo dos anos trouxe várias bandas estrangeiras a Portugal, em muitos casos pela primeira vez. No Ciclo Maternidade deste fim-de-semana, os concertos começam às quatro da tarde de sexta-feira, na estação ferroviária do Rossio, onde vai actuar a cantora/ compositora indie Catarina Branco, que editou o primeiro EP, ‘Tá Sol, este ano.
 O cantor e produtor de pop caseirinha e electrónica Bejaflor, que se estreou com um belo disco homónimo no ano passado, é o segundo a tocar, a partir das nove no Auditório Municipal António Silva. A noite termina com Filipe Sambado (na foto). “Naquele belo formato solo, muito comunicativo, de guitarra ao peito

Paião

Paião

João Pedro Coimbra, Nuno Figueiredo, Jorge Benvinda, Marlon e VIA são os Paião. E, como o nome sugere, interpretam canções escritas e cantadas por Carlos Paião, um dos maiores nomes da pop portuguesa da década de 80. Depois de um primeiro concerto, no ano passado, durante o Festival da Canção, e da edição de um CD, chamado apenas Paião, apresentam-se ao vivo no Capitólio.

José Pinhal Post-Mortem Experience/ Catarina Branco/ Sreya/ Japo

José Pinhal Post-Mortem Experience/ Catarina Branco/ Sreya/ Japo

Durante muito tempo, a Noite às Novas foi uma das bonitas noites (passe a redundância) da Zé dos Bois. Uma espécie de baile de debutantes em que artistas mais ou menos desconhecidos se davam a conhecer, e por onde ao longo dos anos passou uma legião de gente boa, de Norberto Lobo a Alek Rein ou a Sallim. Entretanto o nome caiu em desuso ali para os lados da rua da Barroca, apesar de a ZDB ter continuado a revelar novos valores e, ocasionalmente, até a juntá-los todos numa só sessão. É o que vai mais uma vez acontecer na sexta-feira. Porque, apesar de o velho nome não ser usado, a ideia é mais ou menos a mesma. Há a recriação do repertório de José Pinhal, nome mais ou menos desconhecido da música ligeira do Norte de Portugal, pela José Pinhal Post-Mortem Experience, que agrega músicos da Favela Discos e dos Equations, e recria o repertório do cantor com destreza e músculo, mas sem qualquer ironia. Pela primeira vez em Lisboa. Vai ouvir-se também a indie-pop caseirinha de Catarina Branco, que vai apresentar o EP de estreia acompanhada pela sua banda. E as canções pop fora do baralho e difíceis de compartimentar de Sreya, que já ouvimos em Lisboa em mais do que uma ocasião e cujo primeiro disco, Emocional, tem mão de Conan Osiris. Depois dos concertos, há um DJ set de JAPO, vulgo Menino da Mãe, vulgo Bernardo Bertrand, pronto para nos fazer dançar com a sua electrónica.

12 anos do Musicbox

12 anos do Musicbox

12 Anos. O número pode não ser redondo, mas não é por isso que o Musicbox não vai assinalar a data com a pompa do costume. As comemorações arrancam pelas 21.30 de quinta-feira, com a habitual entrega de presentes em forma de música gratuita. Neste caso, concertos de Pedro Mafama, cantor e produtor de uma música portuguesa difícil de delimitar, com tanto fado como hip-hop; do duo Môrus, de Alexandre Moniz e Jorge Barata; e dos Sunflowers (na foto), banda portuense de garage-punk com tensão psicadélica. Segue-se, à meia-noite e meia de quinta para sexta-feira, o ponto alto das festividades, a estreia em território nacional de Ms Nina, nome de proa do perreo espanhol, a trabalhar nos campos do trap e do reggaeton mais liberto e futurista. No país aqui ao lado, anda há uns anos a meter o público a dançar com a sua música sugestiva e abertamente sexualizada, mas positiva, questionando ideias heteronormativas de género e domínio. O regresso aos palcos dos Sensible Soccers, agora com uma nova formação, está marcado para sexta-feira. A banda portuguesa vai mostrar as novas composições a incluir num eventual sucessor de Villa Soledade, álbum de 2016 que sintetiza com mestria a vastidão electrónica, ensinamentos krautrock e a synthpop oitentista. Conhecendo o historial deles, o mais certo é vir aí coisa boa. Depois do concerto dos Sensible Soccers, na sexta-feira, a festa continua com Nuno Lopes, sem dúvida o melhor DJ português que também é um actor conhecido, e Dupplo, que é como que

Kiss/ Megadeth

Kiss/ Megadeth

Os Kiss são mais conhecidos do que a música que fazem. Gene Simmons, Paul Stanley e companhia – Tommy Thayer na guitarra e Eric Singer na bateria completam a actual formação, nos lugares e pinturas faciais dos históricos Ace Frehley e Peter Criss – andam nisto desde 1973 e são lendas do hard rock, todavia são mais as pessoas 
que reconhecem as suas caras maquilhadas, as vestes de cabedal e aquela língua do que as que conseguem trautear um par de canções deles. Parece estranho, mas é apenas o reflexo da maneira como a banda superou as limitações da sua música, de nicho, e se tornou uma instituição da cultura popular do Ocidente. Os autores de “I Was Made for Lovin’ You” (a mais conhecida canção dos Kiss, que nem sempre é tocada ao vivo) partilham o cartaz com os Megadeth, que garantiram ainda na década de 80 o seu lugar no pódio do thrash metal californiano e continuam aí para as curvas. Dystopia, de 2016, é o mais recente disco da banda de Dave Mustaine.

News (522)

Passados 40 anos, o Jazz em Agosto recusa acomodar-se

Passados 40 anos, o Jazz em Agosto recusa acomodar-se

Se não marcasse a cidade e as nossas vidas há 40 anos, diríamos que o Jazz em Agosto era uma miragem. Que um festival assim – singular e destemido, indiferente a pressões externas – não podia existir. Ou pelo menos continuar a existir na Lisboa neoliberal e turistificada de agora. Mas existe e resiste em pleno Verão, ano após ano, animado pelo sopro libertador do jazz, com música em carne viva, sem medos. E este ano – pela primeira vez desde a pandemia – começa mesmo em Agosto. Logo no primeiro dia do mês, quinta-feira, mantendo-se no anfiteatro ao ar livre do Jardim Gulbenkian até domingo, 11, com extensões para os auditórios nos fins-de-semana. “A 40.ª edição não será uma edição comemorativa”, no entanto. Pelo menos não é encarada dessa forma por José Pinto e Rui Neves, responsáveis pela direcção executiva e artística. “É mais uma parte que se vai juntar ao todo, reunindo no espaço do festival as escolhas musicais que consideramos ser as mais marcantes e desafiadoras no jazz e na música criativa menos acomodada do tempo presente.” Tudo isto é jazz – mas não só Na sessão de abertura, já esgotada, toca o saxofonista e compositor James Brandon Lewis, desta feita acompanhado pelo seu Red Lily Quintet, com Kirk Knuffke na corneta, Silvia Bolognesi (a substituir William Parker) no contrabaixo, Chad Taylor na bateria e Tomeka Reid (em vez de Chris Hoffman) no violoncelo. Na terceira passagem pelo Jazz em Agosto, o nova-iorquino recupera o repertório de For Ma

Prestes a fazer um ano, as Fylhas do Dragão ocupam o Authentic Bar

Prestes a fazer um ano, as Fylhas do Dragão ocupam o Authentic Bar

DJ Giovanna e Antonio Onio, também bailarino e coreógrafo, sempre amaram “o sentido de comunidade e a genuinidade das pessoas do Porto”. Sentiam, contudo, “que faltava encontrar espaço para as pessoas da comunidade LGBTQIA+. Daí surgiu o desejo de apropriar um elemento patriarcal heteronormativo [‘Os Filhos do Dragão’] e fazê-lo queer”, explicam as Fylhas do Dragão, que organizaram a primeira festa no Ferro em Setembro de 2023. E esta sexta-feira, 26, tomam conta do Authentic Bar. “Vai ser a primeira festa queer deles”, apontam. “A nossa ideia de fazer a festa nesse espaço é paralela ao nosso ethos: fazer queer algo que ainda não o foi. Por causa disso, temos andado há meses a falar com os donos, a explicar como o nosso público se sente segure, e teremos a nossa própria equipa de segurança e consciencialização para ter a certeza que existe cuidado nestas ‘invasões’”, continua a explicar a dupla. Kenny BergFylhas do Dragão Nesta primeira incursão no Authentic Bar, além de DJ Giovanna e Onio, actua também a DJ MJ, lisboeta que se juntou oficialmente ao colectivo em Junho, depois da estreia na capital, no Bailarico do Gay (Musicbox). E Sausha, colombiana radicada em Nova Iorque e presença habitual nas cabines da cidade que nunca dorme e nos cantos da internet mais atentos à cena local – como a Fact, onde largou um set de 51 minutos em Novembro. Vai do funk brasileiro ao hard techno, passa pela pop, o reggaetón e o dancehall, é festa rija. E as Fylhas do Dragão exploram as mesm

Camané, Carminho e António Zambujo encabeçam cartaz do Caixa Alfama

Camané, Carminho e António Zambujo encabeçam cartaz do Caixa Alfama

Depois de cinco edições como Santa Casa Alfama, entre 2018 e 2023, o festival de fados está prestes a recuperar o nome pelo qual foi conhecido durante cinco anos, entre 2013 e 2017: Caixa Alfama. A edição deste ano realiza-se entre sexta-feira, 27 de Setembro, e sábado, 28, e enche de fado as ruas e salas do histórico bairro. O programa inclui quatro dos mais conhecidos fadistas (e cantores portugueses) da actualidade. Camané é o cabeça de cartaz do primeiro dia. Já no segundo, Ricardo Ribeiro, Carminho e António Zambujo também passam pelo Caixa Alfama. Estes dois últimos são os convidados de uma recriação ao vivo do programa Em Casa d’Amália, da RTP1. O apresentador José Gonçalez vai estar em palco com ambos, mais André Dias, Flávio Cardoso Jr e Tiago Maia, entre fados e conversas. No Terminal de Cruzeiros de Lisboa, que volta a ser o epicentro do festival, vai ainda ser prestada homenagem a Fernando Maurício, com o compositor e fadista Jorge Fernando e outros convidados a cantarem, na sexta-feira, 27. Buba Espinho, no primeiro dia, e Marina Mota, no último, completam o elenco do palco principal. Outros destaques do primeiro dia são os concertos de António Pinto Basto, que celebra 50 anos de carreira no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima; Paulo Bragança, no Grupo Sportivo Adicense; e Ana Sofia Varela, na Igreja de São Miguel. Enquanto no sábado, 28, sobressaem dois nomes: Nuno Guerreiro canta no Centro Cultural Dr. Magalhães Lima; e Marco Rodrigues, no Rooftop do Terminal de

21 Savage cancela actuação no Super Bock Super Rock. Era o cabeça de cartaz

21 Savage cancela actuação no Super Bock Super Rock. Era o cabeça de cartaz

Más notícias: 21 Savage não vem ao Super Bock Super Rock. O rapper nascido em Londres mas criado em Atlanta, no estado norte-americano da Geórgia, era o cabeça de cartaz do segundo dia e o nome mais sonante desta edição do festival. Vinha apresentar o bem-sucedido álbum American Dream, lançado no início deste ano. O novo cabeça de cartaz é o português Slow J, um dos mais populares rappers do momento em Portugal, que ia actuar antes de 21 Savage. Continua a apresentar o seu ambicioso Afro Fado (2023), disco-síntese em que o hip-hop, o fado e as músicas africanas confluem, que este ano já lhe valeu um par de enchentes na MEO Arena. O slot das 20.45, no palco principal, é agora ocupado pelo português Papillon, a novidade de última hora no cartaz. Para compensar, "todos os bilhetes diários de 19 de Julho serão válidos também para sábado, dia 20, bastando guardar o bilhete e apresentá-lo à entrada" no último dia. Também de acordo com a organização, "os portadores de bilhete diário de 19 de Julho que, ainda assim, pretendam o reembolso do seu bilhete, podem solicitá-lo a partir da próxima segunda-feira 22 de Julho, até ao dia 18 de Agosto, no local onde o adquiriram e mediante apresentação do bilhete válido e não utilizado".  Uma postura muito diferente da adoptada há um mês e meio pelos promotores do Primavera Sound Porto que, depois do cancelamento da actuação dos co-cabeças de cartaz Justice e de todos os concertos do palco Vodafone se recusaram a reembolsar os lesados. A or

Entre o Cais do Sodré e o Beato, o MIL dá a conhecer mais de 50 bandas e artistas

Entre o Cais do Sodré e o Beato, o MIL dá a conhecer mais de 50 bandas e artistas

Durante o dia, o MIL é uma convenção que reúne músicos e outros profissionais do sector, portugueses e estrangeiros, no Beato. Mas à noite transforma-se num festival que é um convite à descoberta. Todos os anos o cartaz inclui um outro nome mais instituído, que serve de chamariz, mas o grosso do programa é ocupado por grupos e artistas que começam a despontar. Este ano, entre os dias 25 e 27 de Setembro, serão mais de 50 os que vão passar por sete salas do Cais do Sodré e arredores: Musicbox, B.Leza, Espaço Atmosferas (ETIC), Lisa, Lounge, Roterdão e Titanic Sur Mer. Os nomes que se destacam nesta edição são MДQUIИД. e Maria Reis. Os primeiros são o fenómeno do momento no circuito indie lisboeta, com ambições internacionais. Lançaram este ano o álbum PRATA, onde o krautrock vira uma música de dança industrial e feroz, mas é ao vivo que sobressaem. Já a cantora e guitarrista da Cafetra e das Pega Monstro é uma das mais brilhantes escritoras de canções do país e o seu mais recente Suspiro... é um dos melhores discos que ouvimos nos últimos meses. O contingente nacional inclui outras cantoras e compositoras, como A Sul, Capital da Bulgária ou Malva, e bandas rock como Humana Taranja, Them Flying Monkeys ou as Agressive Girls (Dakoi e Diana XL). Mas também o rapper Txaiiza Terapia, a vocalista de r&b Nayr Faquirá, e ainda artistas luso-cabo-verdianos como Fidju Kitxora, Ya Sin ou Cleidir e Zé Rasta. Ou o duo de Arianna Casellas y Kauê, ela venezuela, ele brasileiro, mas rad

Måneskin no Super Bock Super Rock: o que precisa de saber antes do concerto

Måneskin no Super Bock Super Rock: o que precisa de saber antes do concerto

Os Måneskin são conhecidos por terem vencido a Eurovisão em 2021. E por terem sido o alvo de uma das críticas mais virulentas que a Pitchfork publicou em anos e de um título igualmente duro, noutro artigo publicado pelo site de referência americano: “Os Måneskin são o acontece quando o rock corre mal”. Não obstante, e vá-se lá saber porquê, vão conseguindo ser cabeças de cartaz de uns quantos festivais. Incluindo o nosso Super Bock Super Rock, que encabeçam no dia 18 de Julho. De onde saíram estes Måneskin? De Itália. Mais concretamente, de Roma. Juntaram-se em 2016 e começaram a dar que falar depois de concorrerem à versão local do Factor X, em 2017. Quatro anos depois, em 2021, venceram o festival de Sanremo e foram os enviados italianos à Eurovisão, que acabariam por ganhar com "Zitti e buoni". E em 2023 editaram Rush! e foram achincalhados pela Pitchfork. De zero a dez, o disco recebeu apenas 2.0. Quando se estreiam em Portugal? Os romanos vão invadir a Herdade do Cabeço da Flauta, no Meco, logo na quinta-feira, 18 de Julho, o primeiro dia desta edição do Super Bock Super Rock. A sua actuação tem início marcado para as 22.45 e deve durar menos de uma hora e meia. E o alinhamento, sabe-se? Em princípio, sim. Os últimos concertos em festivais europeus têm sido todos iguais. Noite após noite, os Måneskin tocam nove canções de Rush! (2023), quatro do anterior Teatro d’ira, Vol. I (2021) e a sua versão de "Beggin'" dos norte-americanos The 4 Seasons. Há ainda um tema que tocam

AURORA brilhou no NOS Alive. E vai voltar a Lisboa em 2025

AURORA brilhou no NOS Alive. E vai voltar a Lisboa em 2025

O concerto de AURORA, no segundo dia do NOS Alive, foi um dos mais aclamados desta edição. Quando ainda ia a meio, a cantora confidenciou que ia voltar brevemente ao país. Hoje, ela e a promotora Everything Is New oficializaram o regresso. Está agendado para 9 de Maio de 2025, no Sagres Campo Pequeno. Pela segunda vez em Portugal em menos de um ano, a cantora e compositora norueguesa deve continuar a mostrar o que vale o seu quinto álbum de originais, What Happened to the Hear?. Editado em Junho, existe na intersecção da canção indie com a pop, mais uns pozinhos de ambientalismo folk e balanço electrónico.  Com preços marcados entre os 28€ e os 40€, os bilhetes vão ser postos à venda nesta quinta-feira, 18, pelas 10.00, online e nos locais habituais. Mas, 24 horas antes, os assinantes da newsletter da Everything Is New terão acesso à pré-venda. Siga o canal da Time Out Lisboa no Whatsapp + Com Pearl Jam e Dua Lipa ainda a ressoar, NOS Alive já tem datas para 2025

Manu Chao e Marcelo D2 dão concertos grátis no Seixal

Manu Chao e Marcelo D2 dão concertos grátis no Seixal

Desde 2019 que Luís Varatojo (Luta Livre, ex-Peste & Sida) programa o Festival do Maio, no mês homónimo, no Seixal. A mostra, de entrada livre, só não se realizou em 2020, por causa da pandemia. E parecia que este ano tinha voltado a não acontecer. Mas só se atrasou. Regressa a 19 e 20 de Julho, com Manu Chao no topo do cartaz. Segundo o director artístico, Luís Varatojo, o atraso deveu-se a complicações logísticas. A dada altura, ficaram "basicamente sem programa", conta. "Depois levantou-se a possibilidade de fazer em Julho e apareceu a hipótese do Manu Chao, que queríamos programar desde o primeiro ano… Juntou-se o útil ao agradável." Nascido em França há 63 anos, numa família de republicanos espanhóis, Manu Chao foi um nome inevitável na viragem do século e durante os anos zero. Chegou a estar indicado para os Grammys norte-americanos – e recebeu mesmo um Grammy Latino. No entanto, o ex-Mano Negra nunca pareceu completamente à vontade com a fama e o negócio da música. E acabou por afastar-se dos palcos e dos holofotes. De acordo com um perfil publicado por El País durante a pandemia, vive dos royalties, tocando apenas quando e como lhe apraz. Ainda no sábado, 13, deu um concerto no Festival Contrasta, em Valença. Agora, apeteceu-lhe conhecer o Parque Urbano do Seixal. O francês tem também um novo álbum na calha. Chama-se Viva Tu e foi precedido pelo single homónimo, no final de Maio, e por "São Paulo Motoboy", já e

‘Elden Ring: Shadow of the Erdtree’. O mundo cruel de Miyazaki

‘Elden Ring: Shadow of the Erdtree’. O mundo cruel de Miyazaki

No geral, os jogos de vídeo são hoje mais acessíveis e inclusivos do que eram há 15 anos. É o resultado de um trabalho continuado e louvável por parte da generalidade dos agentes do sector – dos grandes estúdios aos criadores independentes – que passaram as últimas duas décadas a esforçar-se para expandir a potencial audiência destes objectos culturais. Mas Hidetaka Miyazaki e a sua FromSoftware não parecem interessados nisso – antes pelo contrário. Desde o lançamento de Demon’s Souls, em 2009, que se dedicam a criar mundos virtuais progressivamente mais inóspitos, com histórias difíceis de decifrar e povoados por inimigos que não olham a meios para repelir o jogador. E a recém-editada expansão de Elden Ring, Shadow of the Erdtree, é capaz de ser a mais inacessível das suas criações. Talvez não seja menos acessível, apenas a que mais se esforça para alienar o seu público. Elden Ring, o último jogo de Miyazaki, foi um inesperado sucesso, tão aclamado pela crítica e pelo grande público, como bem-sucedido comercialmente, tornando-se um dos jogos mais vendidos de sempre – algo até então inconcebível para este autor de culto japonês. É difícil não correlacionar este êxito com a sua maior acessibilidade. O clássico de 2022 mantinha a dificuldade extrema, a arquitectura punitiva e os adversários aparentemente intransponíveis, mas a trasladação da acção para um mundo vasto e aberto – em oposição aos corredores estreitos do passado – tornava mais fácil evitar confrontos e dava uma mai

Há um Hulk Vermelho no trailer de ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’

Há um Hulk Vermelho no trailer de ‘Capitão América: Admirável Mundo Novo’

O Universo Cinematográfico da Marvel já não é o que era. Em 2019, Vingadores: Endgame colocou um ponto final numa história que se desenrolou durante 11 anos e múltiplos filmes, rendendo à Disney milhares de milhões de euros. Desde então, os Estúdios Marvel viraram-se para o streaming e perderam o foco – e algumas das suas caras mais conhecidas. Como Chris Evans, que durante anos fez de Steve Rogers, e que no final do último Avengers confiou o seu legado a Sam Wilson (Anthony Mackie). É este que agora carrega o escudo (e o título) de Capitão América, no quarto filme da franquia, Capitão América: Admirável Mundo Novo, com estreia marcada para 2025. No primeiro trailer do filme, realizado por Julius Onah e partilhado online na sexta-feira, 12 de JJulho, Mackie partilha o protagonismo com o veterano Harrison Ford, no papel de Thaddeus Ross, que até agora tinha sido desempenhado por William Hurt (1950-2022). Com menos de dois minutos de duração, o breve vídeo promocional deixa antever uma possível intriga internacional e sugere que a relação entre Wilson e o agora presidente dos Estados Unidos não vai ser fácil. Termina com o Hulk Vermelho, o alter-ego de Ross, a pegar no escudo do Capitão América e a atirá-lo ao chão. As primeiras imagens do filme foram reveladas duas semanas antes da estreia de Deadpool & Wolverine, de Shawn Levy, a única longa-metragem do Universo Cinematográfico Marvel que vamos ver este ano, uma vez que a Disney decidiu adiar a e

Cansei de Ser Sexy: “As nossas vidas cresceram para além da banda”

Cansei de Ser Sexy: “As nossas vidas cresceram para além da banda”

LoveFoxxx gosta de perguntar quem está a ver CSS pela primeira vez. “Tenho essa curiosidade. Por isso, peço a quem nos está a ver pela primeira vez para levantar as mãos. Normalmente, parece-me que mais de metade das pessoas nunca nos tinha visto”, conta. “Algumas porque eram muito novas quando nós tocávamos. Mas também há casos em que a mãe ouvia Cansei de Ser Sexy e a filha cresceu a ouvir-nos. E estão as duas no show, a filha na frente e a mãe assistindo no fundo da sala.” Não há maneira de saber quantas mães e filhas vão estar a ver os concertos – nem sequer a idade do público – de sábado, 6 de Julho, no Lisboa Ao Vivo, e de domingo, 7, no Hard Club (Porto), no entanto a resposta de Luísa Matsushita, a cantora que conhecemos como LoveFoxxx, tem pouco ou nada de surpreendente. Recentemente, a estética indie sleaze da segunda metade dos anos zero – quando a banda estava perfeitamente alinhada com o zeitgeist – tem sido recuperada; e a época revista com as lentes cor-de-rosa da nostalgia. Frequentemente, por quem não a viveu. Desde 2022 que publicações históricas como a Harper's Bazaar falam no regresso do indie sleaze e antes disso já a canadiana Olivia V. partilhava fotografias da altura na conta @indiesleaze, com quase 200 mil seguidores no Instagram – LoveFoxxx aparece em várias. Não obstante, nunca se escreveu tanto sobre o assunto como nos últimos meses, na Vice, na Vogue, na GQ, agora na Time Out, em todo o lado. Há qualquer coisa a acontecer aqui e sociólogos de banc

Cabe todo o tipo de música neste Vale Perdido. Outra vez

Cabe todo o tipo de música neste Vale Perdido. Outra vez

Concebido pelos programadores Joaquim Quadros e Sérgio Hydalgo, a quem mais tarde se juntou Gustavo Blanco, o Vale Perdido nunca quis ser só mais um festival. Antes pelo contrário, o objectivo era mesmo “[desvirtuar] a ideia per se de vários palcos, dezenas de artistas e muita informação”, garantia-nos Quadros há meio ano. Foi o que fizeram em 2023, nessa “aventura sonora cuidadosamente desenhada” que foi o primeiro Vale Perdido. E é o que vão voltar a fazer entre 13 e 16 de Novembro, na segunda edição, que pretende consolidar este “não festival”. O trio continua a alimentar “o sonho de partilha de música livre de constrangimentos formais, assumidamente ecléctica e aventureira”, levando onze artistas e grupos de geografias distantes, esteticamente díspares, a pontos separados no mapa lisboeta. O arco programático cobre quatro dias e cinco momentos, começando a 13 de Novembro, no Centro Ismaili de Lisboa, passando pelo B.Leza e pela Lisa no mesmo dia, 14, pelo Cosmos, a 15, e terminando no Armazém do Grilo, a 16. O concerto de abertura, perto de Laranjeiras, junta a vocalista e compositora Maya Al Khaldi com a produtora e artista sonora Sarouna, que trabalhou com ela no álbum Other World (2022) e a ajudou a actualizar o folclore palestiniano para o presente. E para o futuro. Ao vivo, em Lisboa, a música da dupla vai ser acompanhada pelas imagens trabalhadas e projectadas por Dina Mimi. Seguem-se mais duas mulheres, no B.Leza, a 14. Primeiro, a cantora portuguesa Le