Não tem papas na língua – mal estaríamos se a editora de Comer & Beber da Time Out Lisboa tivesse. Como poderia, então, provar o melhor que se cozinha por esta cidade fora? Dos pratos tradicionais ao fine dining, de junk food a entranhas, ela papa tudo menos grupos. Papa festivais, papa concertos, papa peças de teatro e tudo o que mexe com a cidade. Conhece Lisboa inteira, periferia incluída, dando-lhe espaço, dando-lhe voz, batendo o pé contra muros e falsas fronteiras. 

Cláudia Lima Carvalho

Cláudia Lima Carvalho

Articles (209)

O melhor do Algarve

O melhor do Algarve

Podemos desdenhar, criticar o rumo e apontar o dedo às enchentes, mas todos acabamos por lá ir parar. Não há uma razão para isso, mas várias. São as praias que são das mais bonitas, a comida que sabe melhor, e a vida que se leva mais leve. Seja para uma fugida rápida, ou para umas férias, descubra o melhor do Algarve e tire o máximo partido da costa algarvia. Dos restaurantes às esplanadas de pé na areia, dos hotéis onde tudo acontece àqueles onde nada se ouve, das praias paradisíacas (mesmo no Verão) até aos planos longe do mar. Longa vida ao Algarve! Recomendado: Este Verão, a Time Out Lisboa vai para o Algarve

As melhores tascas de Lisboa

As melhores tascas de Lisboa

São uma instituição da cidade, por vezes ameaçada pela especulação imobiliária ou simplesmente pelo cansaço de famílias que depois de tantos anos dedicadas a fazer-nos felizes optam pela reforma, sem que tenham que lhes siga as pisadas. Felizmente, ainda temos boas tascas em Lisboa que resistem – daquelas onde nos decoram o nome e os hábitos, onde as doses são sempre fartas e a comida sabe a casa. Nestas tascas, nunca faltam os pratos do dia (cabidela, cozido à portuguesa, mão de vaca, massada de peixe...), nem os doces da casa para acabar. No final, poucas serão as contas tão em conta. Recomendado: Crónica – conversa de tasca em três lições

Os melhores restaurantes italianos em Lisboa

Os melhores restaurantes italianos em Lisboa

A viagem é longa. Do norte ao sul, de costa a costa, Roma, Nápoles, Milão, Génova, a gastronomia italiana em Lisboa chega de todos os pontos, sem que precise de apanhar aviões para a degustar. E desengane-se quem pensa que Itália é sinónimo apenas de pizza – aliás, propositamente, deixámos as pizzarias de fora (até porque temos aqui essa lista). Pastas, risotos, polentas, ossobucos, lasanhas, tudo tem espaço nas cartas, sem esquecer as burratas, focaccias e os preceitos associados. Nos últimos anos há cada vez mais – e melhores – espaços que nos trazem o melhor da cozinha do país em forma de bota e nós agradecemos. A lista abaixo dá-lhe alguns dos melhores sítios da cidade para treinar o sotaque italiano enquanto gesticula de prazer a cada garfada. São os melhores restaurantes italianos em Lisboa. Mamma Mia! Recomendado: As melhores pizzarias em Lisboa

11 novos restaurantes no Algarve perfeitos para o Verão

11 novos restaurantes no Algarve perfeitos para o Verão

Não há Verão que não traga novidade ao Algarve e este ano não é diferente, embora nesta lista não nos foquemos apenas nestes últimos meses, mas sim nos últimos dois anos, já que o pós-pandemia foi fértil e nem sempre houve o tempo para acompanhar tudo. De fine dining a restaurantes contemporâneos, focados essencialmente no produto, a cozinhas do mundo e a portugueses com dedo de chef, são várias as mesas que valerá a pena reservar – e muito em breve também Noélia Jerónimo terá o seu segundo restaurante, agora na Marina de Olhão. Eis os novos restaurantes no Algarve perfeitos para o Verão. Recomendado: 18 grandes restaurantes clássicos no Algarve

Algarve: nove ideias para fugir da praia este Verão

Algarve: nove ideias para fugir da praia este Verão

É a praia que nos leva para sul e é por lá que somos sempre felizes – seja porque a temperatura do mar é, habitualmente mais quente, seja porque as praias são das mais bonitas –, mas a verdade é que nem sempre apetece ir a banhos. E é para isso que estamos cá também, para o ajudar a descobrir planos alternativos no Algarve. Pode ser um passeio por umas ruínas ou uma visita com direito a provas a quintas de vinhos algarvios, passeios de barco à medida de qualquer necessidade ou até, se quiser continuar a meter água, ir a banhos em cascatas escondidas na serra. Recomendado: 18 grandes restaurantes clássicos no Algarve

18 grandes restaurantes clássicos no Algarve

18 grandes restaurantes clássicos no Algarve

Um clássico para ser um clássico não tem apenas de resistir à difícil prova do tempo: precisa de garantir a consistência, ou seja, que nada muda de ano para ano (ou se muda, é para afinar o que já é bom). É o caso destas mesas, algumas mais conhecidas do que outras – e faltarão ainda mais, com certeza. Rodízio de peixe grelhado, bom atum apanhado na costa, pratos de tacho e da serra – porque também é disso que se faz o Algarve –, e marisco em barda (que nunca nos faltem as ostras, os camarões, as amêijoas ou os carabineiros!). Eis 18 grandes restaurantes clássicos no Algarve. Recomendado: Restaurantes com estrela Michelin no Algarve

Restaurantes com estrela Michelin no Algarve

Restaurantes com estrela Michelin no Algarve

Poucas são as experiências gastronómicas que se assemelham a um almoço ou jantar num restaurante com estrela Michelin, ou semelhante. Da atenção ao produto às mil e uma técnicas usadas na cozinha, provam-se pratos verdadeiramente surpreendentes. São os menus que contam uma história, são as pessoas que ora na cozinha, ora na sala, tudo fazem para que o momento seja especial. Só no Algarve existem sete restaurantes com estrelas Michelin, dois deles com duas estrelas. E se é verdade que o Algarve é sinónimo tantas vezes de férias no Verão, também é verdade que pode ser uma bela escapadinha gastronómica. Recomendado: 18 grandes restaurantes clássicos no Algarve  

Quatro brunches com direito a mergulhos na piscina

Quatro brunches com direito a mergulhos na piscina

Nem só de mar se fazem os melhores sonhos de Verão. Teremos sempre as praias, onde nos pomos em menos de nada, da linha de Cascais a Sintra, sem esquecer, claro está, os areais da Costa da Caparica, mas nem sempre são esses os mergulhos que nos apetece dar. Felizmente, temos hotéis que, assim que chega o Verão, abrem as portas até àqueles que não fazem check-in, partilhando as suas comodidades também com quem vive na cidade. Quase sabe a férias: o lobby de hotel, o lufa-lufa das entradas e saídas, o serviço cuidado e as atenções viradas para quem chega, independentemente de se ter feito check-in ou de se ter chegado apenas para passar o dia. Eis quatro brunches onde os mergulhos também estão incluídos. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa  

As melhores esplanadas em Lisboa

As melhores esplanadas em Lisboa

Numa cidade que se faz maioritariamente de sol, é normal que não faltem esplanadas. Olhemos à volta e apreciemos a quantidade de lugares sentados ao ar livre onde podemos beber um copo ou petiscar. Ainda assim, apontamos-lhe as melhores esplanadas em Lisboa para os dias de calor – ou até para os dias mais frios, afinal não há quiosque, restaurante ou bar que não se saiba precaver. Mais escondidas ou com mais animação, para refeições completas em família ou uns copos depois do trabalho, é nestas esplanadas que gostamos de estar. Recomendado: As melhores esplanadas e restaurantes na Costa da Caparica

Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

Sendo a Time Out afamada pelas suas listas, esta que aponta os melhores restaurantes em Lisboa (e aqui mesmo ao lado) é, provavelmente, a mais discutida – e também a mais procurada. Levamos tempo a chegar ao número final, sabendo sempre que a unanimidade à mesa não existe. Vamos a um teste? Qual é o melhor croissant? E a melhor bifana? E onde é que se come o melhor cozido à portuguesa ou o melhor bacalhau? Nunca haverá uma só resposta. Certo é o esforço feito para demonstrar a diversidade de uma cidade que não pára de crescer. Um esforço que é também fruto de muitas visitas a restaurantes – e nunca é demais lembrar que a Time Out não escreve sobre restaurantes onde não foi, assim como os críticos da Time Out visitam os restaurantes anonimamente e pagam pelas suas refeições.  Aqui acreditamos estar os 130 melhores restaurantes em Lisboa (apresentados por ordem alfabética), aqueles onde confiamos que não se arrependerá de marcar mesa. Recomendado: Os melhores novos restaurantes em Lisboa

Os melhores restaurantes mexicanos em Lisboa

Os melhores restaurantes mexicanos em Lisboa

No país dos tacos, aguachiles ou tequilas, tudo sabe melhor quando acompanhado por uma margarita (ou um cocktail com mezcal), até por causa do nível de picante (não aconselhado a bocas mais sensíveis) – atenção às malaguetas assinaladas nas cartas, que não estão lá para enganar ninguém. As maiores influências desta cozinha vêm dos povos pré-colombianos e dos costumes dos colonizadores espanhóis, mas os pratos típicos variam consoante a zona (a partir da cozinha mexicana surgiu, entretanto, a tex-mex, que reúne os sabores do estado do Texas, nos Estados Unidos, com o México). A base da cozinha mexicana tradicional é o milho – daí que não seja fácil fugir às tortilhas, que acompanham quase todas as refeições –, o feijão e a pimenta. Prove os tacos, o chili com carne ou as enchiladas nestes restaurantes mexicanos em Lisboa.  Recomendado: 🌍 Os melhores restaurantes do mundo em Lisboa

Estes restaurantes de cozinha de autor não precisam de estrela Michelin para merecer a reserva

Estes restaurantes de cozinha de autor não precisam de estrela Michelin para merecer a reserva

Houve uns anos em que se muito se falava de cozinha de autor, também graças à crescente mediatização da figura do chef. Hoje o termo parece estar em desuso, mas não a cozinha de autor (ou de assinatura) – que mais não é do que uma cozinha criativa que não abdica da técnica. São sempre apontados como maior exemplo disto os restaurantes com estrela Michelin (e em Lisboa já são 17). Mas vá por nós, há outros pratos capazes de o pôr a ver estrelas – são igualmente bonitos e, mais do que isso, saborosos. Afinal, sem sabor não há cozinha de autor que se aguente.  Recomendado: Os 130 melhores restaurantes em Lisboa

News (707)

Izcalli não resiste à falta de clientes e fecha em Agosto

Izcalli não resiste à falta de clientes e fecha em Agosto

Se é verdade que quase todos os dias abre um restaurante, é também verdade que manter um projecto de qualidade aberto é um esforço hercúleo, por vezes inatingível. Foi o que aconteceu agora com o Izcalli. Depois de ter reaberto junto à Estrela, Ivo Tavares vê-se novamente obrigado a fechar o restaurante mexicano. Em causa, “uma combinação de desafios financeiros”, entre os quais a pouca procura.  Quando abriu, em 2018, o Izcalli tornou-se um sucesso imediato. Em menos de nada, o espaço em Alcântara onde cabiam menos de dez pessoas revelou-se pequeno para a procura, mas a história acabaria por ter um desfecho inesperado e o restaurante não duraria tanto tempo quanto a clientela desejaria. Em 2023, porém, Ivo Tavares voltou, desta vez na Avenida Infante Santo. A procura, essa, é que parece não ter acompanhado, tornando o restaurante inviável. Francisco Romão Pereira “Após seis anos incríveis a trazer os sabores autênticos do México a Lisboa e um ano neste local, tomei a decisão difícil de fecharmos as nossas portas”, revela o chef e anfitrião do Izcalli num curto vídeo partilhado no YouTube. “Infelizmente, devido a uma combinação de desafios financeiros, falta de procura, investimento insuficiente em comunicação e um difícil clima macroeconómico, já não é possível manter o sonho vivo”, acrescenta.  À Time Out, Ivo Tavares confirmou que o fecho acontece em Agosto, lamentando a falta de clientes. “É uma realidade dura com qual tenho de saber lidar.” O último serviço está aponta

Nos cinco anos d’O Velho Eurico, a festa faz-se na aldeia minhota de Covas

Nos cinco anos d’O Velho Eurico, a festa faz-se na aldeia minhota de Covas

Da Mouraria para Covas. Durante três dias, de 9 a 11 de Agosto, a taberna fenómeno de Lisboa, de Zé Paulo Rocha e Fábio Algarvio, muda–se para o campo, mais propriamente para Covas, em Vila Nova de Cerveira, para servir jantares “à lá Eurico” nas festas da aldeia. “Vamos fazer cinco anos e achei que era um pretexto excelente para ir cozinhar à terra dos meus pais, que é também a minha, porque nunca cozinhei lá”, conta à Time Out Zé Paulo Rocha, revelando que conforme O Velho Eurico foi ganhando notoriedade cresceu também a curiosidade no Alto Minho. “As pessoas começaram a conhecer e a perceber o que eu estava a fazer em Lisboa, usando sempre o nome da terra por trás porque isso é algo que importa para mim”, aponta. “Comecei a sentir muito carinho, especialmente daquelas senhoras que cozinham na festa, na parte do restaurante. Lembro-me de estar a comer com os meus pais e a minha família e trazerem-me belouras e pratos pequenos para provar.” Francisco Romão Pereira E é por isso que, este ano, o restaurante das festas de Covas fica entregue a Zé Paulo e companhia. “O restaurante está montado no recinto, tem 120 lugares sentados e fica muito perto do palco. Vamos fazer um serviço muito à la Eurico”, promete, antecipando “doses para partilhar” com alguns dos pratos que mais têm dado que falar n’O Velho Eurico. “Vamos fazer pastéis de leitão, moelas, sandocha de pernil e queijo, caldo verde, sopa de entulho, saladinha de choco grelhado, punheta de bacalhau”, enumera o chef, anu

No LeBleu, o chef Kiko mostra-se como ainda não se tinha mostrado

No LeBleu, o chef Kiko mostra-se como ainda não se tinha mostrado

Há uma nova fase a iniciar-se na carreira de Kiko Martins e o restaurante que acaba de abrir em Campo de Ourique é disso prova. No LeBleu, o chef mostra-se de forma mais depurada. A carne não entra e não há um prato que seja óbvio, nem mesmo para quem tenha seguido as pisadas de Kiko.  “Isto não é um restaurante democrático nem consensual, não tens aqui uma arrozada de camarão, um peixe grelhado ou um bife com batatas fritas, mas eu acho que vai conseguir conquistar muita gente”, antecipa. “É um projecto que é consequência da versão 2.0 do Kiko, falando à jogador de futebol”, brinca Kiko Martins. E que versão é essa? “É uma tentativa de não adormecer, de não cruzar os braços e de não me agarrar às bengalas do passado. [Quero] tentar mostrar outra vez que ainda tenho muito para dar ao mercado em Portugal”, atira, com a certeza de que “as pessoas que vierem aqui vão sentir a mesma paixão pela cozinha, mas vão sentir uma evolução gastronómica”. “Evolução a nível de técnica e um desejo de querer surpreender as pessoas com coisas diferentes”, elabora.  Francisco Romão PereiraNiguiri de lírio e marshmallow Focada no Atlântico, e no que de melhor este tem para nos dar, a carta divide-se entre entradas e principais, e são poucos os pratos que não brincam com os sentidos de quem se senta à mesa. Nunca a vontade de arriscar foi tão notória da parte de Kiko, bem como o desejo de arriscar. O niguiri de lírio (7,60€/dois) onde o habitual arroz é substituído por um marshmallow feito com

Há festa em Idanha-a-Nova com mais de 50 chefs ao longo de dez dias

Há festa em Idanha-a-Nova com mais de 50 chefs ao longo de dez dias

É caso para dizer: Arrebita, Idanha-a-Nova, que nos próximos dias não vai faltar comida (nem festa). A celebrar os cinco anos do festival gastronómico que tem levado vários chefs a diferentes zonas do país, habitualmente longe das atenções mediáticas, o Arrebita Idanha Bio acontece este ano com mais de 50 chefs a cozinhar ao longo de dez dias, entre os quais os estão os estrelados Ljubomir Stanisic (100 Maneiras), André Cruz (Feitoria), Gil Fernandes (Fortaleza do Guincho), Pedro Pena Bastos (Cura), Arnaldo Azevedo (Vila Foz), João Sá (Sála) e Vincent Farges (Epur).  Integrado na Feira Raiana, que acontece há já quase 30 anos para promover a região, os seus produtos e as suas gentes, o Arrebita Idanha Bio, organizado pela Amuse Bouche, promete “uma gastronomia biológica a preços perfeitamente acessíveis”, como se lê na nota de imprensa que divulga o cartaz completo. Este ano, a feira tem como foco a sustentabilidade, sob o mote “Uma saúde, um planeta”.  Goncalo Villaverde Entre 26 de Julho e 4 de Agosto, há chefs que até se podem repetir no cartaz, mas é garantindo que todos os dias os pratos serão diferentes e o evento começa logo em força com Joaquim Saragga Leal (Os Papagaios), Fábio Alves (Suba), David Proença (Volta do Mar), Rui Rebelo (Terraço Editorial), Filipe Manhita (Fortaleza do Guincho) e Filipe Rodrigues (Taberna do Mar). No dia seguinte, mantém-se em acção Joaquim Saragga Leal e a si juntam-se José Júlio Vintém (Tombalobos), Pedro Teles (150 gr), Fábio Gomes (

Do RUA para o Addiction, também há lugar para o brunch na street food

Do RUA para o Addiction, também há lugar para o brunch na street food

Estávamos em 2017 quando o casal Yasmine Van-Dúnem e Ricardo Manita, chegados a Portugal não há muito tempo, apostavam num pequeno restaurante no Príncipe Real que decidiram baptizar de RUA. Chamaram Manuel André Fernandes, vencedor do MasterChef dois anos antes, para tomar conta da cozinha e em pouco tempo a casa conquistou o seu espaço. Sete anos depois, tudo mudou. O RUA fechou, já depois do chef ter saído do projecto, e Yasmine e Ricardo abriram agora o Addiction, junto à Avenida da Liberdade. Do passado – é dizer do restaurante do Príncipe Real –, mantêm-se alguns dos pratos estrela, mas são mais as novidades, a começar desde logo com o brunch. DR “Fechámos o RUA justamente porque vínhamos para este projecto. O Ricardo sempre esteve à frente do RUA e acreditamos que um de nós tem de estar sempre presente para dar realmente certo e não tínhamos como estar lá e cá, então resolvemos que fazia mais sentido fechar e focarmo-nos a 100% aqui, até porque tem uma dimensão muito maior do que estávamos habituados”, conta Yasmine Van-Dúnem num jantar de apresentação do Addiction à imprensa. “O RUA era pequeno, mas teve um grande sucesso, correu super bem. Foram cinco anos e resolvemos que estava na hora de expandir”, continua, garantindo que, apesar da mudança de nome, o RUA não morreu. “Vendemos o espaço, não vendemos a marca. Queremos, quem sabe, ainda trabalhá-la”, revela. O Addiction é, então, outro negócio. Nas costas da Avenida da Liberdade, o espaço é grande e cheio de onda

Noélia abre restaurante em Olhão para “dar asas à imaginação”

Noélia abre restaurante em Olhão para “dar asas à imaginação”

A festa de inauguração só está marcada para Setembro, mas o restaurante de Noélia Jerónimo, no Real Marina Hotel & Spa, em plena Marina de Olhão, já está a receber comensais em regime de soft-opening. Chama-se Marina com Noélia e terá uma carta diferente do badalado restaurante de Cabanas de Tavira.  “O Noélia vai continuar a ser o mesmo de sempre: a ter a minha presença. Em Olhão há outra pessoa, o Bruno Sousa, que fazia parte do grupo Cafeína [no Porto] e que já trabalhou aqui comigo e que vai levar um bocadinho da minha essência. Ou seja, eu chego lá, preparo todos os pratos, preparo tudo e deixo-o a ele a supervisionar. Nunca esquecendo a ria, o mar e a serra”, revelou a chef à Time Out há cerca de um mês, quando a carta do novo restaurante não estava ainda fechada.  Quando em Junho, nos sentámos à conversa com a chef, Noélia revelava que era a proximidade do novo projecto que mais a atraía, depois de tantos convites negados para abrir restaurantes. “Já tive projectos para ir para o Porto, para a Comporta, para Lisboa, para Braga, para muitos sítios, mas era longe. E aqui acabou por ser perto e acaba por fazer com que eu consiga dar asas à minha imaginação. Tenho outra capacidade e se calhar consigo fazer outras coisas”, contou, apontando algumas limitações de espaço no restaurante onde se deu a conhecer e que ao longo do tempo se tornou motivo de romaria a sul.  E é esse motivo que Noélia não quer que se perca, até porque os dois restaurantes serão bem diferentes, garant

Depois da Bica, Campo de Ourique: há um novo Água pela Barba

Depois da Bica, Campo de Ourique: há um novo Água pela Barba

Numa rua meio escondida na Bica, o Água Pela Barba tornou-se local de romaria desde o início, revelando-se pequeno para a procura, especialmente para aqueles que habitualmente deixam as reservas para o próprio dia. Cansado de dar negas, João Alves fez crescer o restaurante com uma nova casa, num novo bairro. O Água Pela Barba abriu em Campo de Ourique sem grandes invenções: a carta é praticamente a mesma e o espaço mantém o ar rústico, embora mais sofisticado, e as referências à pesca e aos pescadores. Francisco Romão Pereira “Eu já tinha andado há alguns anos à procura de um espaço aqui em Campo de Ourique, só que não surgia. Ou a loja não se adaptava àquilo que queríamos ou os valores estavam completamente extrapolados. E, do nada, no ano passado, através de uma pessoa amiga, apareceu este sítio. Vim cá e adorei”, começa por contar João Alves. Francisco Romão PereiraCeviche de pampo e salmão O restaurante, aberto há um mês, nasceu no lugar do antigo LouQura e manteve grande parte da funcionalidade do espaço, apesar de lhe ter dado uma renovação, assinada pela arquitecta Inês Moura, responsável por projectos como o Provincia, nas Avenidas Novas, ou o Teimar, não muito longe deste Água pela Barba. “Mudámos a decoração toda, mudámos as cores. Não partimos paredes, não dava para mudar muito, mas está diferente. Quem conheceu o LouQura notará que está bastante diferente e nota-se que a nossa marca também está aqui um bocadinho estampada”, explica o empresário, que chegou a

Das Bahamas para Lisboa: o fine dining de Mattia Stanchieri é uma viagem

Das Bahamas para Lisboa: o fine dining de Mattia Stanchieri é uma viagem

Se o algoritmo do Instagram funcionou a favor de Mattia Stanchieri, é muito provável que já se tenha cruzado com algum vídeo do chef italiano a contar a história de como chegou a Lisboa para abrir o Vibe, o restaurante de fine dining e ambiente casual que nasceu no espaço do antigo Nómada Chiado. “Depois de passar dois anos de confinamento numa ilha mesmo pequena nas Bahamas por causa da covid, tive uma crise existencial. Estava farto de cozinhar hambúrgueres para celebridades e pessoas ricas que não apreciam boa comida”, relata Mattia num dos reels, admitindo ter feito “uma batota” para dar o salto das Caraíbas. “Mandei um email a todos os chefs que têm restaurantes na lista do 50 Best e a todos disse que eram o meu ídolo.” Das muitas respostas, foi a possibilidade de rumar a Copenhaga para trabalhar no Geranium de Rasmus Kofoed, então considerado o melhor restaurante do mundo e com três estrelas Michelin, que se destacou. Seguiu-se o Belcanto, o duas estrelas de José Avillez em Lisboa, e o Vibe é agora a súmula dessa experiência. Francisco Romão Pereira “Nas Bahamas, o clima é sempre muito bom e quando nos mudámos para a Europa, mudámo-nos para Copenhaga. Tive uma experiência incrível no Geranium, mas eu estava a sofrer um pouco com o frio”, conta-nos Mattia Stanchieri. “Decidimos que deveríamos ter um destino na Europa onde fosse possível conciliar o meu trabalho, o trabalho da minha mulher e o bom tempo.” E é assim que Lisboa surge no mapa do chef italiano, que tinha já

Morreu um dos fundadores do Califa, histórica pastelaria de Benfica

Morreu um dos fundadores do Califa, histórica pastelaria de Benfica

Morreu António Marques de Sousa, co-fundador, sócio e gerente do Califa, um clássico na Estrada de Benfica. A notícia foi avançada esta quarta-feira, dia em que aconteceu o funeral, pela Junta de Freguesia de São Domingos de Benfica nas redes sociais.  “Figura ímpar na nossa comunidade, o Sr. António fez do Califa um ponto de encontro emblemático para gerações de residentes e visitantes, ao longo de mais de cinco décadas”, lê-se na nota da junta. “O seu sorriso acolhedor, a sua presença constante e o seu espírito empreendedor serão eternamente lembrados por todos que tiveram o privilégio de o conhecer”, acrescenta ainda a nota, com a certeza de que “o seu legado permanecerá vivo para sempre na freguesia”.  Aberto em 1968, o Califa foi o primeiro café do bairro com projecção no resto da cidade. Tem três pisos: no primeiro andar fica o restaurante (um upgrade com 45 anos), café no R/C e a magia acontece toda na cave – é daqui que saem as iguarias que há tanto tempo dão que falar e que se tornaram também motivo de romaria à Estrada de Benfica, ali bem perto do Fonte Nova.  Além dos croquetes, comummente apontados como dos melhores de Lisboa, foi no Califa que nasceu o Pastel de São Domingos de Benfica, após um desafio lançado pela junta de freguesia às suas pastelarias de fabrico próprio. Siga o canal da Time Out Lisboa no Whatsapp + No próximo sábado, o arroz é rei na Praça

O furacão Olivier passou pelo Anfíbio e transformou-o no ÀCosta

O furacão Olivier passou pelo Anfíbio e transformou-o no ÀCosta

Do passado, resta a história, sem grandes marcas visíveis no espaço. A sombra de Miguel Rocha Vieira, chef que acabou afastado do Anfíbio no final do ano passado, já não parece pairar por ali. Junto ao Tejo, na Doca da Marinha vende-se uma vida nova – e não é mentira. Olivier da Costa entrou no negócio do restaurante e revolucionou-o. Não foi só uma mudança de nome ou conceito, mas também de aspecto. No ÀCosta, que ganhou ainda um parque de estacionamento privativo, a aposta está agora no peixe e no marisco.  “Normalmente, tudo o que abre é muito básico, ninguém arrisca, ninguém faz uma coisa uau. São pequenas coisas que fazem a diferença”, diz-nos Olivier, enquanto apresenta o restaurante que o obrigou a criar um novo conceito. “Eu entrei neste restaurante numa festa em Junho do ano passado e disse: o restaurante é meu”, conta o empresário, sem grandes rodeios, como já lhe é tão característico. “Imaginei logo isto. Imaginei logo o bar, imaginei logo como é que ia fazer a coisa. Quando entro num espaço e imagino como é que vai ser, já não há maneira nenhuma de voltar atrás”, garante.   Francisco Romão Pereira Foi em Novembro do ano passado que se soube que o Anfíbio, como foi apresentado à cidade, teria os dias contados. O chef Miguel Rocha Vieira estava de saída, depois dos resultados terem ficado aquém dos desejados e previstos pelo grupo Lean Man, liderado por Bernardo Delgado (também proprietário dos quiosques Banana Café), que optou por procurar um parceiro para o negó

Quatro meses após a estrela Michelin, 2Monkeys perdeu toda a equipa da cozinha

Quatro meses após a estrela Michelin, 2Monkeys perdeu toda a equipa da cozinha

Aberto há pouco mais de um ano, e com a proeza de ter conseguido conquistar a estrela Michelin em dez meses, o 2Monkeys, restaurante de fine dining no hotel Torel Palace Lisbon, sofre uma mudança inesperada, mas que o chef Vítor Matos encara com naturalidade. Este mês, a equipa de cozinha, liderada por Francisco Quintas, saiu e foi substituída por uma nova, agora chefiada por Guilherme Spalk, que no último ano assumia a chefia executiva do grupo Mainside, responsável, por exemplo, pela Pensão Amor ou o Paraíso, ambos no Cais do Sodré. Antes disso, o chef esteve no Via Graça. O novo menu a quatro mãos deverá ser apresentado em Julho.  “O chef [Francisco Quintas] sai para abraçar um projecto novo, não me vou meter na vida dele, e nós, entretanto, metemos pessoal novo. No fundo, é o ciclo da vida, as pessoas querem fazer coisas novas, querem ir para sítios novos, é tão fácil como isso”, começa por desdramatizar Vítor Matos, ao telefone com a Time Out, sobre as mudanças recentes ocorridas no seu restaurante de Lisboa. “O que muda na prática? A única coisa que muda é que temos um chef novo. O 2Monkeys vai continuar no mesmo estilo: dois chefs, uma única experiência. Não vou mudar nem uma vírgula naquilo que criei”, acrescenta de seguida. Na página de Instagram do restaurante, a referência a Francisco já desapareceu e Guilherme Spalk já foi acrescentado, depois da Time Out ter questionado o hotel. Em Fevereiro, o 2Monkeys foi uma das grandes surpresas da primeira gala do guia Miche

Belcanto é o 31.º melhor restaurante do mundo e Disfrutar, de Barcelona, o primeiro

Belcanto é o 31.º melhor restaurante do mundo e Disfrutar, de Barcelona, o primeiro

A gastronomia portuguesa tem vindo a ganhar destaque a nível internacional, mas José Avillez continua a ser o único representante de Portugal na ambicionada lista dos World’s 50 Best Restaurants, cuja cerimónia de entrega de prémios aconteceu esta quarta-feira em Las Vegas. O Belcanto, que no ano passado tinha tido uma subida impressionante de 21 lugares (de 46 para 25), está agora em 31.º. Os grandes vencedores da noite foram Oriol Castro, Eduard Xatruch e Mateu Casañas com o seu Disfrutar, restaurante em Barcelona com três estrelas Michelin.  ©DR “A primeira aventura culinária do admirado chef José Avillez leva os comensais por uma viagem pela cozinha contemporânea portuguesa”, lê-se na apresentação do Belcanto no site dos 50 Best, grandes concorrentes do Guia Michelin, que destaca ainda pratos como a “Horta da Galinha dos Ovos de Ouro”, criado em 2008 e hoje um clássico do restaurante no Chiado.   O Belcanto é, talvez, o mais icónico dos restaurantes com estrela Michelin no país e tudo se deve a José Avillez e à sua equipa de luxo perfeitamente alinhada. Com duas estrelas Michelin, é uma experiência desde o momento em que se passa a porta. Num ambiente requintado, mas ainda assim descontraído para que todos se sintam à vontade e aproveitem a experiência como esta deve ser aproveitada, o chef propõe dois menus de degustação. Se no menu dos clássicos (235€) se apresentam os pratos mais emblemáticos do restaurante, no menu paisagens (250€) conta-se a história de um Belcanto