Armazenamentos
Publicidade
Por , para o TechTudo

O governo do Japão anunciou mudanças significativas nas leis que regem a submissão de documentos para o governo, algo que eliminou a necessidade de disquetes e CD-ROMs — finalmente. Esta decisão afeta uma variedade de procedimentos governamentais, incluindo os relacionados a negócios de álcool, mineração e regulação aérea.

O Ministro da Transformação Digital do Japão, Taro Kono, liderou a chamada "guerra aos disquetes", destacando a intenção de modernizar o armazenamento de dados governamentais para suportar submissões online e armazenamento em nuvem.

Pentágono e outros órgãos dos EUA ainda usam disquetes antigos — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons
Pentágono e outros órgãos dos EUA ainda usam disquetes antigos — Foto: Reprodução/Wikimedia Commons

📝 O que devo levar em conta quando for comprar TV? Saiba no Fórum do TechTudo

Anteriormente, cerca de 1.900 procedimentos governamentais exigiam o uso de disquetes e CD-ROMs. A alteração das leis, anunciada em janeiro de 2024 pelo Ministério da Economia, Comércio e Indústria (METI), visa a abolir estas exigências para aumentar a eficiência e a modernização da administração pública. A mudança reflete a urgência do Japão em superar desafios tecnológicos e burocráticos, apesar de algumas resistências internas, incluindo de governos locais e do Ministério da Justiça.

O uso de disquetes perdurou no Japão por muito mais tempo do que o esperado, uma vez que a tecnologia é considerada obsoleta para várias das necessidades tecnológicas atuais. Isto causou complicações no país, como, por exemplo, a perda de disquetes importantes pela polícia de Tóquio em 2021.

Disquetes eram os "pen drives" da sua época — Foto: Filipe Garrett/TechTudo
Disquetes eram os "pen drives" da sua época — Foto: Filipe Garrett/TechTudo

A decisão de se afastar dessas tecnologias reflete um esforço para melhorar a classificação digital do Japão, que atualmente ocupa a 32ª posição no Ranking Mundial de Competitividade Digital do IMD de 2023 — atrás de outros países asiáticos, como China, Coreia do Sul e Singapura. Para fins de curiosidade, o Brasil está na 57ª posição da lista.

Apesar da transição, o interesse pelos disquetes promete não desaparecer completamente, já que existem nichos específicos que continuam a utilizá-los. Empresas como a Floppydisk.com, por exemplo, não veem a mudança como uma ameaça ao seu negócio, uma vez sua clientela é composta principalmente de entusiastas e profissionais com equipamentos antigos.

Com informações de Ars Technica

🎥 Perigos dos lixos eletrônicos e como você pode evitá-los

Perigos dos lixos eletrônicos e como você pode evitá-los

Perigos dos lixos eletrônicos e como você pode evitá-los

Mais recente Próxima PC não reconhece SSD? Veja cinco dicas para resolver
Mais do TechTudo