Fogão: tudo o que você precisa saber antes de comprar um

Seja para comprar um novo ou o seu primeiro modelo, consumidores devem avaliar com calma os diferentes modelos da Electrolux, Brastemp, Consul, Atlas, Dako e outras. Para ajudar você a descobrir qual fogão é melhor, o TechTudo preparou um guia com as principais orientações. Veja, a seguir, tudo o que você precisa saber antes de comprar fogão.

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Saber qual fogão comprar não é algo fácil, além de ser preciso ter cautela. Pensando nisso, o TechTudo preparou um guia com os pontos a serem considerados na hora de escolher um. Veja no índice os tópicos que serão abordados ao longo desta matéria:

1. Tamanho e capacidade
2. Consumo de energia
3. Tipos de fogão
4. Quantidade de bocas do fogão
5. Tipos de funcionamento de fogão
6. Acendimento de fogão
7. Acabamento do fogão
8. Recursos Adicionais
9. Instalação
10. Preço

Para escolher o melhor fogão para sua casa, é preciso considerar o tamanho da cozinha e definir um espaço para a instalação sem impedir o fluxo de pessoas ou o acesso a outros aparelhos. O ideal é que ele fique em uma posição que facilite o acesso à mangueira de gás, ou à tomada no caso de modelos elétricos. Assim, evitam-se emendas ou dobras na mangueira, que podem causar vazamentos.

Outro ponto importante é a capacidade do forno, medida em litros. Os modelos com até 50 litros são adequados para preparar refeições para 4 a 5 pessoas, enquanto os de maior capacidade, com mais de 80 litros, são ideais para receitas volumosas. Um diferencial nesse aspecto é a possibilidade de ajustar as prateleiras, o que facilita quando se precisa assar peças maiores, como um peru de Natal.

Existem vários modelos de fogão para atender diferentes tipos de espaços e preferências de uso. Os modelos tradicionais, com forno integrado, são os mais comuns e servem para uma variedade de receitas. Já os fogões por indução, também conhecidos como cooktop, são uma boa opção para quem tem pouco espaço, pois podem ser instalados em bancadas. Veja abaixo os diferentes tipos de fogões disponíveis:

• Fogão de piso

Os fogões de piso são aparelhos autônomos, ou seja, não precisam ser embutidos na cozinha. Eles possuem diversas opções de cores e capacidades, sendo, em geral, mais acessíveis em comparação a outros modelos. Dessa forma, é possível mudar de lugar e arrastar sempre que preciso. Para começar a usar, basta posicionar o eletrodoméstico no local e conectá-lo à tomada e à saída de gás.

Entre as desvantagens desse tipo de fogão, está o fato de ele não se integrar tão bem ao visual da cozinha, especialmente quando os móveis são planejados. Além disso, o espaço livre ao redor pode aumentar o acúmulo de sujeira, o que exige mais esforço na limpeza.

• Fogão de embutir

Já os fogões de embutir são a escolha ideal para cozinhas planejadas, pois podem ser encaixados em nichos ou gabinetes. Nesse caso, é importante verificar as medidas disponíveis e adquirir um aparelho que se ajuste ao espaço, sem deixar frestas. Isso facilita a limpeza e aumenta a segurança, já que o produto fica fixo no lugar.

Por outro lado, os fogões de embutir podem ser mais caros, não apenas pelo aparelho em si, mas também pela instalação. Outro ponto a considerar é a limitação em relação às mudanças no layout do ambiente, pois o nicho é feito sob medida para o eletrodoméstico. Assim, ao se mudar, nem sempre é possível instalar o aparelho no novo imóvel.

• Fogão Cooktop

O cooktop é uma opção mais moderna, instalada diretamente sobre a bancada e sem forno integrado. Existem modelos que utilizam gás, elétricos ou indução, oferecendo uma variedade no número de queimadores. Dessa forma, é possível escolher a potência e capacidade que melhor atendem aos hábitos de uso.

O modelo oferece praticidade na limpeza, pois a mesa tem uma superfície plana geralmente feita de vidro, que não acumula muita sujeira. No entanto, o custo do produto, especialmente pela necessidade de adquirir um forno separado, é um dos pontos negativos. Além disso, pode ser necessário o auxílio de mão de obra especializada para a instalação.

• Fogão de mesa

Também conhecidos como fogareiros ou cooktops portáteis, os fogões de mesa são uma opção prática, com instalação descomplicada. Pelo tamanho compacto, são ideais para cozinhas pequenas, apartamentos ou áreas externas. Inclusive, podem servir como complemento ao fogão tradicional em certas ocasiões, como ao receber convidados.

O modelo pode ter a mesa em metal, com preço mais acessível, ou em vidro, que oferece um visual elegante e é fácil de limpar. Apesar da praticidade de uso, a ausência de uma base fixa pode deixá-lo instável, sendo necessário fazer a instalação em uma superfície plana e ter cuidado com a presença de crianças.

O número de queimadores ou bocas do fogão influencia diretamente na capacidade de pratos que ele consegue produzir ao mesmo tempo. Para fazer a escolha certa, um bom ponto de partida é considerar a quantidade de pessoas que vivem na casa e a frequência com que as refeições são preparadas. Além disso, é importante verificar o espaço disponível na cozinha.

• Fogão 2 bocas: estão disponíveis em cooktops e fogões de mesa. Servem para quem não cozinha com frequência, uma vez que a área de cocção é limitada. Vale destacar que o aparelho não tem forno integrado, o que impede o preparo de receitas assadas ou grelhadas;
• Fogão 4 bocas: opção presente em fogões tradicionais ou cooktops. Em alguns modelos, os queimadores têm potências diferentes, de forma que o usuário pode usar os maiores para cozinhar alimentos mais densos. Essa é a melhor opção para famílias de 3 a 5 pessoas, que cozinham com frequência;

• Fogão 5 bocas: inclui uma boca adicional que, costuma ficar centralizada. Em alguns modelos, o queimador tem uma área maior para acomodar panelas grandes. Nesse caso, também há opções com combustão a gás, elétrico ou a indução. O valor, por sua vez, tende a ser mais alto que os de 4 bocas;
• Fogão 6 bocas: tem capacidade de produção maior, sendo ideal para famílias grandes ou para quem gosta de receber convidados. Muitos deles vêm com queimadores de diferentes tamanhos, que são úteis para manusear panelas e frigideiras variadas.

Os fogões tem diferentes mecanismos de combustão: a gás, elétrico ou de indução. Cada um tem suas vantagens em relação ao consumo de energia, eficiência e segurança. Por isso, antes de fazer a compra é importante entender como eles funcionam e os casos em que são indicados.

• Fogão a gás

Esse é o modelo mais comum, que usa gás natural ou gás liquefeito de petróleo (GLP) para gerar calor na hora de cozinhar. É uma opção prática devido à facilidade de instalação, adequando-se tanto a casas quanto a apartamentos. Esses fogões podem ser fabricados em diversos materiais, como porcelana, aço inoxidável e ferro fundido, variando em durabilidade. Além disso, podem incluir forno integrado e queimadores com diferentes potências para preparos mais rápidos.

Uma das desvantagens desse tipo de fogão é o risco de vazamento de gás. Por isso, é preciso ter cuidado extra na manutenção da mangueira, além de fechar bem os botões. Os queimadores também precisam de limpeza e manutenção regularmente, para garantir o bom fluxo do gás. Outro ponto é o consumo do bujão, em algumas regiões, pode ser superior ao da eletricidade.

• Fogão elétrico

O fogão elétrico funciona com pequenas resistências elétricas, que geram uma corrente e geram o calor que passa para a superfície. Dessa forma, não há chama, o que torna o uso mais seguro em relação aos modelos a gás. Em alguns modelos, as resistências ficam aparentes, enquanto em outros, há uma mesa de vidro cerâmico, com uma superfície plana que aquece as panelas.

Entre as vantagens desse modelo está a facilidade de uso e limpeza e o controle preciso da temperatura. Além disso, a instalação é mais simples porque não exige encanamento de gás, basta ligar na tomada. Mas, a depender da residência, é indicado ter um disjuntor dedicado para evitar sobrecarga na rede. Vale destacar também que, em casos de que queda de energia, não é possível usar o aparelho.

• Fogão de indução

Por fim, o fogão de indução possui bobinas que ficam sob a superfície e, quando ligado, cria um campo magnético que interage com a panela sobre a mesa. Para que funcione corretamente, é necessário usar panelas feitas de materiais magnéticos, como ferro fundido ou inox. Com isso, a superfície permanece na temperatura ambiente, o que aumenta a segurança e evita queimaduras.

Essa opção apresenta maior eficiência energética, pois não há perda de calor para o ambiente. Além disso, proporciona controle preciso da temperatura e é fácil de limpar. Por outro lado, a necessidade de utilizar panelas específicas e o alto custo inicial podem ser desvantagens.

Os modelos a gás consomem pouca energia elétrica, já que utilizam o gás para o cozimento, enquanto a eletricidade é usada apenas para funções como o acendimento automático ou a iluminação do forno. O consumo do aparelho depende do tipo de gás utilizado, seja GLP (gás liquefeito de petróleo) ou gás natural, pois cada um possui um rendimento diferente.

Um fogão de 5 bocas, por exemplo, consome entre 1,75 a 2,5 kg/h de GLP ou aproximadamente 1,5 a 2 m³/h de gás natural, dependendo do uso. Esses valores podem variar de acordo com o modelo, devido às diferentes potências dos queimadores. Já no caso do gás encanado, o custo por metro cúbico pode variar de uma região para outra. Um metro cúbico de gás natural equivale a cerca de 0,75 kg, enquanto o GLP tem uma densidade aproximada de 2,3 kg por metro cúbico.

Para os fogões elétricos, o consumo é medido em kWh (quilowatts/hora) e varia conforme a potência do aparelho. Para saber o valor, basta multiplicar a potência pelo tempo de uso, tendo em mente que um mesmo aparelho pode ter potências diferentes em cada queimador.

Assim, ao considerar um modelo com uma boca de 1.200 watts, se utilizada por 1 hora, terá um consumo de 1,2 kWh. Ao longo de 30 dias, isso resultaria em um consumo de 36 kWh. Para calcular o custo no final do mês, esse valor deve ser multiplicado pela tarifa de energia elétrica local

Os fogões a gás podem apresentar diferentes tipos de acendimento: manual, automático e superautomático. A principal diferença está na necessidade de usar ou não algum dispositivo para iniciar a combustão, como fósforos ou acendedores. Além disso, alguns modelos podem incluir sistemas de segurança que desligam o fluxo de gás se a chama apagar. Confira os detalhes:

• Acendimento manual: presente nos modelos mais antigos, requer o uso de dispositivos para acender a chama, como fósforos, isqueiros ou acendedores. A desvantagem é o custo extra na compra desses itens, além do risco de vazamentos de gás;
• Acendimento automático: nesse caso, o fogão possui um acendedor integrado que emite uma faísca para iniciar a combustão do gás. Para isso, basta girar o botão correspondente ao queimador e pressionar o acendedor. No entanto, esse recurso utiliza energia elétrica e, em caso de falta de luz, o fogão volta ao modo manual;
• Acendimento superautomático: integra a função de acendimento em um único botão, de modo que ao girar o botão de liberação do gás, a chama se acende automaticamente. É importante lembrar que esse sistema depende do uso de energia elétrica

A escolha do acabamento do fogão é importante para que ele se integre ao estilo da cozinha e dos demais eletrodomésticos. No entanto, isso vai além do aspecto estético, pois pode influenciar também na facilidade de limpeza e durabilidade do produto. Os acabamentos mais comuns incluem inox, branco e preto, podendo ser pintados ou esmaltados.

• Fogão inox: se destacam pela durabilidade, resistência a manchas e fácil limpeza. Em geral, têm uma aparência moderna e se integram bem em cozinhas contemporâneas;
• Fogão branco: é uma opção clássica, mas exige limpeza constante, pois manchas e respingos são mais visíveis. O acabamento pode ser pintado, aplicando tinta sobre o metal, ou em inox e esmaltado, que dura mais devido ao revestimento cerâmico. Com o tempo, esse tipo de fogão pode apresentar áreas desbotadas ou descascadas;
• Fogão preto: confere um aspecto elegante e moderno à cozinha, ideal para ambientes com estilo industrial. É possível optar por modelos com acabamento brilhante, que são mais fáceis de limpar, ou fosco, que é mais discreto, mas pode reter mais sujeira.

Os recursos extras nos fogões podem ser um diferencial na hora de decidir qual o melhor modelo para usar. Entre as funcionalidades mais comuns estão sensores de segurança contra vazamentos de gás, forno duplo e timer. Além disso, algumas características como botões e vidro removíveis facilitam a limpeza. Veja alguns dos principais extras encontrados em fogões:

• Sensor corta gás: interrompe o fluxo de gás para o queimador quando a chama se apaga ou detecta uma alta concentração de gás no ambiente;
• Display digital: inclui visores com indicação de temperatura do forno e timer, por exemplo. Alguns modelos de fogões elétricos e cooktops por indução, por exemplo, incluem um painel de controle digital, com controle de temperatura por deslizamento;
• Timer: função que permite controlar o tempo de preparo das receitas, sem risco de passar do ponto ou queimar alimentos. Pode vir integrada no forno ou em cooktops;
• Bocas Seladas: traz um design diferenciado nos queimadores, que podem ser de vidro ou metal esmaltado. Isso torna mais fácil a limpeza, uma vez que acumulam menos sujeira;
• Botões removíveis: os botões do painel do fogão podem ser retirados, o que facilita a limpeza de resíduos retidos atrás dos objetos;
• Indicador de superfície quente: recurso que indica a temperatura da superfície do fogão após o uso. Em alguns modelos, o local fica iluminado em cor vermelha ou aparece uma luz indicativa no painel;
• Forno duplo: permite assar ou gratinar dois pratos de forma simultânea;
• Vidro duplo: tem função de isolamento, ou seja, mantém o calor concentrado na parte de dentro do forno, o que aumenta a eficiência e permite a economia de energia;
• Vidro removível: ao remover o vidro do forno, a limpeza fica mais fácil, pois é possível acessar sujeiras retidas entre o vidro e a porta e na parte interna;
• Revestimento antiaderente: função que impede que sujeiras e resíduos de alimentos grudem nas paredes, o que facilita a limpeza após o uso;
• Função grill: consiste em uma resistência adicional na parte superior do fogão. Os modelos que têm convecção integrada usam ventiladores para distribuir o ar e assar de modo uniforme;
• Luz interna: permite visualizar os alimentos durante o preparo, sem precisar abrir a porta. Com isso, é possível manter a temperatura interna estável e não prejudicar o processo de cozimento.

Ao instalar o fogão, escolha um local adequado e bem arejado para evitar o acúmulo de gases. No caso de modelos que utilizam combustão a gás, meça os espaços para garantir a compatibilidade entre o tamanho do aparelho e a distância para a saída da mangueira. Verifique também se a potência da instalação está de acordo com o modelo escolhido. Para a conexão a gás, certifique-se de usar uma mangueira de boa qualidade, com o selo do Inmetro e boa vedação, para evitar vazamentos.

No caso de fogões por indução ou cooktops, meça o tamanho da bancada e marque o espaço necessário para instalar o aparelho antes de cortar. Além disso, é importante vedar bem as laterais para fixá-los adequadamente e evitar que resíduos caiam na parte interna da bancada. Nesse contexto, é recomendável chamar um técnico especializado para evitar problemas.

Após a instalação, teste todas as bocas do fogão para verificar se o funcionamento está correto. Observe se não há queimadores com acendimento parcial e se não há sinais de vazamento de gás.

Os preços dos fogões variam significativamente, com modelos mais simples a partir de R$ 499 e modelos mais avançados podendo ultrapassar R$ 3.999. Os valores dependem de fatores como capacidade do forno, número de bocas, tipo de combustão e recursos adicionais. Para escolher o melhor modelo, é preciso analisar o custo-benefício e apostar em marcas com boa reputação no mercado, tais como Electrolux, Dako, Consul, Arno, entre outras.

Um dos modelos que vale destacar em razão dos recursos que oferece é o Electrolux Efficient FE4GS. O aparelho é a gás, com 4 bocas e mesa de vidro temperado, com acabamento elegante e fácil de limpar. O forno tem capacidade de 72 litros e conta com a tecnologia Perfect Cook, que confere melhor isolamento térmico.

No quesito cooktop, o Philco PCT55VC é uma opção bastante completa, com 5 queimadores. Além disso, ele oferece 9 níveis de temperatura, ajustáveis por meio de um painel touch, e um timer com programação de até 99 minutos.

Com informações de Philco, Electrolux, Reviewed, Consumer Reports.

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