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Valência: em busca do cálice sagrado

Valência: em busca do cálice sagrado
Ricardo Santos 23 de junho

Valência é a Capital Verde Europeia em 2024. A cidade espanhola tem paella, praias, arquitetura, ciência, sustentabilidade, séculos de história e voos diretos de Lisboa e do Porto. Não lhe falta sequer o Santo Graal.

Em meados de outubro de 1957, há quase 67 anos, mais de 80 habitantes de Valência perderam a vida numa inundação histórica. Pode não ser a melhor forma de começar um texto que convide a visitar um destino, mas não desista já porque a história merece ser contada e esta tragédia transformou a capital da Comunidade Valenciana numa das mais interessantes cidades da Europa. A 13 e 14 de outubro daquele ano, o nível de precipitação na zona de Valência ultrapassou os 300 mm, levando o rio Turia a subir mais de cinco metros em algumas áreas, impulsionado por uma enxurrada de água a cerca de quatro metros por segundo. As elevadas perdas humanas e os incalculáveis prejuízos materiais levaram a que fosse tomada a decisão de desviar o curso do rio do centro da cidade. Esse projeto, conhecido por Plano Sul, previa que os 120 hectares de leito seco fossem transformados num imenso jardim, mudando a cara de Valência e os hábitos dos seus habitantes e visitantes. As obras de grande envergadura terminaram em 1969 e os remates finais, como arborização, caminhos e estradas, ficaram prontos em 1973. E assim foram criados os Jardins do Turia, que se estendem por quase oito quilómetros.

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