Entrevista
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Lídia Franco: “Fui despedida por não ir ao ‘castigo’ com um chefe”

Lídia Franco: “Fui despedida por não ir ao ‘castigo’ com um chefe”
Sónia Bento 28 de fevereiro
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Começou como bailarina e saiu de Portugal antes do 25 de Abril porque lhe “faltava o ar”. Quando voltou, mentiu ao senhorio para conseguir casa, foi vítima de assédio, tornou-se atriz e despiu-se para uma revista. Está a fazer 80 anos e diz que plásticas nem pensar.

Começou a representar aos 8 anos, nas peças do Externato Feminino Francês e ainda hoje se lembra das falas da sua personagem em As tias de Paio Pires. Lídia Franco aprendeu ballet contra a vontade do pai e teve de sair de casa aos 18 anos. Foi para Bruxelas, casou-se, foi mãe, e quando voltou para Portugal, ainda antes do 25 de Abril, passou por “imensas dificuldades”. Impedida de continuar a dançar, fez de tudo um pouco para sobreviver até abraçar o teatro. Entrou em muitas peças, novelas e fez cinema, tanto cá como no estrangeiro, e recorda com saudade os tempos em que trabalhou com Herman José, na rádio e na televisão. A atriz – que tem um mural com o seu rosto na Estrada de Benfica, em Lisboa, em frente à rua onde mora há mais de cinco décadas – está em digressão com a peça Requiem por Isabel e dá aulas de representação. Vai comemorar 80 anos, no próximo dia 23, só não sabe como: “É surpresa.”

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