Para escapar às rendas da capital, os novos deputados ficaram em alojamentos locais e hotéis, dividiram casa ou fugiram para a Margem Sul - e até se socorreram do Exército e de uma residência de frades.
Deputados com dificuldade em arranjar casa em Lisboa
Depois de um longo dia de plenário, o deputado Mário Amorim Lopes decidiu ir jantar ao Honest Greens, na Av. da Liberdade. Mas antes, para descomprimir, foi beber uma cerveja artesanal ali ao lado. Era naquela zona que morava, temporariamente, o parlamentar, que vivia as primeiras semanas desde que tomara posse de hostel em hostel, levando atrás de si a mala, o computador e o guarda-fatos pelo metropolitano fora. "Eu estive durante mês e meio a viver em alojamentos locais, quarto só, num esforço para poupar dinheiro", conta à SÁBADO. Por ter sido eleito pelo círculo eleitoral de Aveiro, o liberal mudou-se para a capital, mas não conseguiu arranjar uma solução que lhe agradasse de um dia para o outro. Primeiro, procurou quartos, "mas estavam todos com valores incomportáveis, de 800, 950 euros para cima", conta; depois, consultou a disponibilidade na casa dos Missionários do Espírito Santo, um poiso habitual de vários parlamentares, mas também não aconteceu. Ainda surgiu a possibilidade de viver no Hotel São Bento, que tem acordo com os grupos parlamentares, mas o deputado prefere alojamentos locais - e assim ficou.
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Comecei a bater os primeiros textos à máquina com 9 ou 10 anos. Lamentos. Pensamentos. Até argumentos. Sem falar das reportagens de jogos de futebol imaginários. Agora que penso nisso, criei um herói, que dava pelo nome de Xavier, e que era o maior jogador português de todos os tempos, depois do Eusébio.
Durante hora e meia, ouvi advogados relatar episódios da mais brutal violência policial e civil contra jornalistas que ousam ser isentos. Contaram cenas recorrentes de agressões físicas em público e em privado, que chegam a ameaçar a vida dos repórteres.
O sector mais politizado da nossa comunicação social, o grupo Observador, era o principal alimentador do “indignómetro” e hoje, como o Governo é dos “seus”, não se levanta em armas para inflamar de manhã à noite as hostes.