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“Trabalhem o autoconhecimento e encontrem respostas"

Anabela Possidónio, fundadora da Shape Your Future, aconselha o candidato a procurar respostas dentro de si. Ao realizar o processo abrem-se opções que provavelmente nem estavam no radar, diz

14 Junho 2024 17:14

Anabela Possidónio é coach executiva e de equipas, formadora e coach em várias universidades, incluindo a Universidade de Liubliana, a Nova SBE Executive Education e o The Lisbon MBA Católica|Nova, que liderou anteriormente. Em 2021, fundou a Shape Your Future | SYF, que tem como missão ajudar os jovens a encontrarem a sua vocação, fazendo a ponte entre a educação e o mundo do trabalho. Usa metodologias inovadoras desenvolvidas por si e pela sua equipa e desde o seu lançamento ajudou cerca de duas centenas de jovens.


Ir atrás daquilo que se sonha ser no futuro ou olhar para as saídas profissionais do curso? Qual é a melhor opção quando as duas coisas não coincidem?

No processo de decisão sobre o que estudar, é importante que os jovens trabalhem o seu autoconhecimento e encontrem respostas para perguntas como: quais são os meus talentos, o que é que me apaixona, onde é que tenho mais sucesso, o que me faz perder a noção do tempo, o que é que gosto de estudar, como é que os outros me veem, que marca gostaria de deixar no mundo. Ao realizar este processo começam a abrir-se opções que provavelmente nem estavam no radar no início. Simultaneamente, há que olhar para fora e perceber como é que se pode ganhar dinheiro. Isso implica olhar para as profissões que existem hoje, mas também para as mudanças que estão a ocorrer no mercado de trabalho e como é que a tecnologia está a alterar as profissões. Este facto em si mesmo condiciona também as saídas profissionais do próprio curso. Não só estão a emergir novas profissões, como o próprio mercado está a contratar de forma diferente. No caso das empresas, já não contratam somente de cursos tradicionais de áreas ligadas à Gestão. Vão buscar pessoas das Artes, da Tecnologia e das Humanidades. É entendido que a diversidade nas equipas é fundamental num mundo em constante mudança.


Sintetizando.

Há muitos estudos que provam que estudar o que se gosta traz maior sucesso e realização. Escolher um curso apenas pelas saídas profissionais pode ser desmotivador e não há garantia que conduza os jovens aonde eles querem. Na verdade, há muitas pessoas que acabam a trabalhar fora da sua área de estudo, com muito sucesso.


Que fatores deve o candidato ter em conta na escolha do curso?

Na hora da escolha de um curso, o candidato deve ter em consideração os fatores que resultam do seu processo de autorreflexão, e que lhe dão indicações de que áreas gosta mais de estudar, bem como potenciais profissões que possa vir a exercer. Tal como disse, também é importante que olhem para fora e para como é que o mercado de trabalho está a evoluir.


Universidade ou instituto politécnico, qual é melhor?

Depende sempre do perfil do candidato e onde poderá ter mais sucesso. O ensino politécnico é mais virado para a prática e para a aplicação, enquanto o universitário oferece uma formação mais abrangente, com uma combinação de teoria e prática.


Quais são as áreas mais valorizadas pelo mercado de trabalho? Essas áreas são as que pagam melhores salários?

Em vez de falar de áreas, penso que é mais importante falar de competências. Competências ligadas à criatividade e inovação, assim como capacidade de liderança e desenvolvimento de relações interpessoais, são fundamentais hoje, e amanhã num mundo em constante mudança. Em paralelo, o desenvolvimento de competências digitais é também crucial. Áreas como Tecnologias de Informação, Engenharia, Gestão, Medicina e Direito são das que melhor pagam atualmente, mas novas áreas poderão emergir ligadas não só à tecnologia, mas como consequência de alterações demográficas e climáticas.


Fora o curso, que outras competências enriquecem o currículo do recém-licenciado?

Reforçando o que mencionei anteriormente, as competências interpessoais são fundamentais. Os jovens devem conseguir mostrar que investiram no seu desenvolvimento pessoal. Atividades desportivas, voluntariado, estágios e experiências internacionais são muito valorizadas. Estas atividades ajudam a desenvolver competências como a resiliência, a liderança, a capacidade de trabalho em equipa, a comunicação, a gestão da mudança e o respeito pelas diferenças.

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