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A história de superação de Brisa Hennessy é tão incrível que só lhe falta caminhar sobre as águas. A surfista costa-riquenha de 24 anos vai desafiando as ondas enquanto aponta à medalha de ouro nos Jogos Olímpicos deste ano depois de ter terminado em 5.º posto em Tóquio, há quatro anos. Mas antes de Paris, Brisa enfrentou um verdadeiro tsunami ao nível da saúde. Como grande campeã que é, a atual n.º 3 do ranking Women’s Surf League, saiu por cima, mas enfrentou – e continua a enfrentar – várias batalhas num inspirador exemplo de vida.
"Eu tenho água salgada nas veias", confessou Brisa em longa entrevista ao 'Telegraph'. É assim que a atleta se apresenta quase sempre, ou não fosse uma verdadeira filha das águas. A costa-riquenha nasceu na Península de Osa, onde os pais geriam uma escola de surf. Predestinada, Brisa (o nome diz tudo...) cresceu praticamente em cima de uma prancha. Aos 3 anos surfou a primeira onda e a vida nómada dos pais levou-a a não ter raízes em parte alguma até hoje, fruto também das exigências do circuito em que compete, muito embora continue a ter Fiji como base.
Aos 18 anos, Brisa qualificou-se para o World Surf League Championship Tour e passou a vencer etapas atrás de etapas, até tornar-se surfista de topo mundial.
Mas o caminho até aqui tem-se revelado pedregoso para a surfista, que se viu perante provações imensas para uma jovem atleta. Um dos primeiros problemas de Brisa relacionou-se com a bulimia, desordem de natureza alimentar que causa danos psicológicos severos e mal-estar físico. Até que surgiu outro inimigo da costa-riquenha enquanto esta procurava um lugar de destaque no plano mundial do surf: a dismorfia corporal, uma condição que leva a que a pessoa tenha uma imagem da sua própria imagem negativa e desfasada da realidade, o que tem influência direta na auto-estima. "Como mulher, esta é para mim uma batalha diária", confessou Brisa, que, contudo, ainda tinha um obstáculo maior pela frente.
A maior dor
Numa manhã como qualquer outra, Brisa acordou com sensações estranhas: a memória tornou-se-lhe nubelosa, sentiu fadiga aguda, cansaço muscular e surgiram-lhe várias inflamações. Exames subsequentes detetaram-lhe um tumor cerebral que, embora benigno, lhe provocava alterações psicológicas. A costa-riquenha recusou uma operação, pousou a prancha e submeteu-se a tratamento para diminuir o tumor.
Embora bem-sucedida, a terapia quase roubou a Brisa o amor ao mar e ao surf, o qual só lhe voltou aos poucos. Foi reencontrando a paz no mar, a fazer o que melhor sabe e voltou revigorada à competição, onde não tem parado de crescer. Além dos sonhos dourados nos Jogos Olímpicos, em setembro Brisa irá competir nas World Tour Finals, na Califórnia.
Enquanto isso, Brisa Hennessy conta a sua história de superação. Ela respira... e inspira.
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