Apresentação dos três adversários de Portugal no Grupo F

Convocados e onze-tipo da Turquia, Geórgia e República Checa
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:30
Convocados e onze-tipo da Turquia, Geórgia e República Checa
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:30

A República Checa tem sido uma constante em fases finais do Campeonato da Europa de futebol - ainda não falharam uma desde 1996. Apesar deste registo brilhante, os checos não lideraram o seu grupo durante a fase de qualificação. Ainda assim, terminaram com o mesmo número de pontos do que a Albânia (ambos com 15 e com apenas uma derrota). Chega esta fase final com uma sequência positiva de resultados, que certamente quererá manter. Contudo, pela frente terá seleções como Portugal, Turquia e Geórgia.

A República Checa tem muitos jogadores interessantes e que atuam nos principais campeonatos da Europa, como por exemplo a Premier League, a Serie A e a Bundesliga. Devido a essa grande competitividade dos seus jogadores, a República Checa consegue ser uma seleção muito intensa e forte fisicamente. Atua normalmente num 3-4-3, com Stanek na baliza, Zima (direita), Holes (centro) e Krejci (esquerda) na linha defensiva, Coufal (direita), Soucek (centro direita), Sadilek (centro esquerda) e Jurásek (esquerda) na linha média e Hlozek (direita), Patrik Schick (esquerda) e Barak (centro) na frente.

Guarda-redes: Jindrich Stanek (Slavia Praga), Matej Kovár (Bayer Leverkusen) e Vitezslav Jaros (Sturm Graz)

Defesas: Ladislav Krejcí (Ladislav Krejci), Martin Vitík (Sparta Praga), Robin Hranác (Viktoria Plzen), Tomás Vlcek (Slavia Praga), Vladimír Coufal (West Ham), David Doudera (Slavia Praga), David Jurásek (Hoffenheim), Tomás Holes (Sparta Praga) e David Zima (Sparta Praga)

Médios: Tomás Soucek (West Ham), Antonín Barák (Fiorentina), Lukás Provod (Slavia Praga), Pavel Sulc (Plzen), Matej Jurásek (Slavia Praga), Lukás Cerv (Plzen) e Ondrej Lingr (Feyenoord)

Avançados: Patrik Schick (Bayer Leverkusen), Tomás Chory (Viktoria Plzen), Adam Hlozek (Bayer Leverkusen), Mojmír Chytil (Slavia Praga), Václav Cerny (Wolfsburgo) e Jan Kuchta (Sparta Praga

Ivan Hasek assumiu apenas o comando técnico da seleção nacional da República Checa a 4 de janeiro deste ano, mas conseguiu cumprir com o que lhe foi pedido desde a sua chegada: o apuramento para a fase final do Campeonato da Europa. Depois de uma prestação francamente positiva na ronda anterior do torneio, Ivan Hasek terá agora de mostrar aquilo que conseguirá fazer com um grupo interessante de jogadores no seu primeiro Europeu enquanto selecionador... isto depois de já ter liderado a federação de futebol do país, em 2009.

Apesar de ter estado ausente da fase de qualificação devido a lesões, Patrik Schick é inquestionavelmente a prinicipal figura desta República Checa. Esta temporada, o avançado de 28 anos apontou 13 golos e duas assistências em 33 jogos pelo Bayer Leverkusen, equipa que só não venceu a Liga Europa e que quebrou recordes no futebol europeu. Esteve em altas no último Europeu de futebol. Espera-se o mesmo registo.

Pela primeira vez na sua história, a Geórgia marca presença numa fase final de um Campeonato da Europa. Por isso, será muito provavelmente uma das seleções que estará menos pressionada pelo resultado que eventualmente conseguir obter nesta sua participação histórica. Ainda assim, o grupo poderá acusar o nervosismo de participar pela primeira vez numa competição tão prestigiante como esta. É uma autêntica incógnita.

O talento dos jogadores da Geórgia levou-os a um apuramento histórico para o Euro'2024. Com um 3-5-2 como esquema tático base, os georgianos formam uma seleção muito combativa, sobretudo no meio-campo, com cinco unidades muito próximas, mas também mostram uma grande capacidade ofensiva, muito 'por culpa' de Khvicha Kvaratskhelia, a grande estrela deste conjunto e do futebol georgiano.

Guarda-redes
: Giorgi Mamardashvili (Valencia), Giorgi Loria (Dinamo Tbilissi) e Luka Gugeshashvili (Qarabag)

Defesas: Solomon Kverkvelia (Al Akhdoud), Giorgi Gvelesiani (Persepolis), Guram Kashia (Slovan Bratislava), Jemal Tabidze (Panetolikos), Lasha Dvali (APOEL), Luka Lochoshvili (Cremonese), Otar Kakabadze (Cracóvia) e Giorgi Gocholeishvili (Shakhtar)

Médios: Giorgi Chakvetadze (Watford), Anzor Mekvabishvili (Universitatea Craiova), Jaba Kankava (Slovan Brastislava), Otar Kiteishvili (Sturm Graz), Nika Kwekveskiri (Lech Poznan), Giorgi Kochorashvili (Levante), Sandro Altunashvili (Wolfsberger), Saba Lobzhanidze (Atlanta United), Gabriel Sigua (Basileia) e Levan Shengelia (Panetolikos);

Avançados: Giorgi Tsitaishvili (Dinamo Batumi), Giorgi Mikautadze (Metz), Budu Zivzivadze (Karlsruhe), Giorgi Kvilitaia (APOEL), Khvicha Kvaratskhelia (Nápoles) e Zuriko Davitashvili (Bordéus)

Na estreia como selecionador principal, o francês Willy Sagnol conseguiu a proeza de levar a Geórgia pela primeira vez a uma fase final de um Campeonato da Europa de futebol. Aproveitando o talento emergente no país, o técnico de 47 anos, que já passou pelas seleções jovens de França (sub-20 e sub-21) e pelo Bayern Munique, como adjunto de Carlo Ancelotti, já fez história e está determinado em continuar com o seu legado. Veremos o que a 'sua' Geórgia será capaz de fazer num grupo complicado.

Aos 23 anos, Khvicha Kvaratskhelia é, de caras, a grande figura da Geórgia e do futebol georgiano. O extremo, que normalmente atua pela esquerda, foi fundamental na caminhada histórica da seleção georgiana até à fase final do Europeu e, apesar da ainda tão tenra idade, está preparado para continuar a elevar a bandeira do seu país.

A Turquia foi uma das seleções que teve um desempenho acima do esperado durante a fase de qualificação. Num grupo com País de Gales e Croácia, os turcos acabaram por liderar a tabela classificativa (17/16 pontos em relação aos croatas) e forçar os galeses a tentarem o apuramento via playoff, o que não se concretizou. Em 8 jogos realizados na qualificação, a Turquia perdeu apenas uma vez, terminando com um saldo de 14 golos marcados e 7 sofridos. A caminhada até ao Europeu foi positiva, mas agora seguem-se adversários como Portugal, República Checa e Geórgia pela frente.

Com uma versatilidade tática acima da média (tanto atua em 4-2-3-1, em 4-1-4-1 como em 4-1-2-3), a Turquia é realmente uma seleção também ela repleta de jovens promessas. Damos os casos, por exemplo, de Arda Güler e Yildiz, os dois jogadores responsáveis pelas alas do ataque turco. Com Kökçü e Çalhanoglu com a batuta de pensar o jogo e levar a equipa a espaços onde possa ferir os adversários, a Turquia torna-se muito facilmente uma seleção muito perigosa que, apesar de todas estas qualidades, já enfrenta várias baixas de peso antes do início da competição: Soyüncü, Ozan Kabak e Enes Ünal, três habituais titulares. Remendada, sobretudo no setor mais recuado, perpetiva-se que a Turquia possa passar algumas dificuldades contra seleções com ataques móveis e velozes, como são os casos de Portugal e, por exemplo, Geórgia, que até cumpre a sua estreia numa fase final.

Guarda-redes
: Altay Bayindir (Manchester United), Mert Günok (Besiktas) e Ugurcan Cakir (Trabzonspor)

Defesas: Mert Müldür (Fenerbahçe), Zeki Çelik (AS Roma), Abdülkerim Bardakci (Galatasaray), Merih Demiral (Al-Ahli), Samet Akaydin (Panathinaikos) Ahmetcan Kaplan (Ajax) e Ferdi Kadioglu (Fenerbahçe)

Médios: Hakan Çalhanoglu (Inter Milão), Ismail Yüksek (Fenerbahçe), Okay Yokuslu (West Brom), Orkun Kökcü (Benfica), Salih Özcan (Borussia Dortmund) Kaan Ayhan (Galatasaray) e Arda Güler (Real Madrid)

Avançados: Irfan Kahveci (Fenerbahçe), Yunus Akgün (Leicester), Kerem Aktürkoglu (Galatasaray), Baris Yilmaz (Galatasaray), Bertug Yildirim (Rennes), Cenk Tosun (Besiktas), Semih Kiliçsoy (Besiktas), Kenan Yildiz (Juventus) e Yusuf Yazici (Lille)

Vincenzo Montella está no cargo de selecionador da Turquia desde 21 de setembro de 2023. Estreou-se com uma vitória sobre a Croácia e levou a seleção turca à fase final do Campeonato da Europa de futebol após uma goleada sobre a Letónia. Depois de uma qualificação convincente, o treinador italiano de 49 anos terá agora de mostrar os seus argumentos para tentar triunfar num grupo complicado, em que Portugal é o principal favorito a vencer.

Experiência ou talento? Entre estes dois parâmetros decidimos escolher um jogador que englobasse os dois na medida certa: Hakan Çalhanoglu. O capitão turco prepara-se para liderar a seleção do seu país em mais um Campeonato da Europa e irá fazê-lo depois de uma temporada brilhante pelo Inter Milão. Arda Güler, a grande jovem promessa da Turquia, também poderá assumir o papel de figura. Dependerá sempre da pressão que a jovem estrela do Real Madrid possa sentir.

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