Apresentação das 4 seleções do grupo D

Convocados e onze-tipo da Polónia, Holanda, Áustria e França
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:20
Convocados e onze-tipo da Polónia, Holanda, Áustria e França
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:20

Inevitavelmente, França chega a esta fase final como uma das principais favoritas (se não a principal) a conquistar o Euro'2024. À procura de um título que lhe escapa desde 2000, os franceses estiveram muito perto de voltar a vencer em 2016, quando foram anfitriões do torneio, mas acabaram por perder na final com Portugal. Oito anos mais tarde, com um título mundial (2018) e 'outro' de vice-campeã mundial pelo meio (2022), França procura ultrapassar os fantasmas do passado e voltar a triunfar. Pela frente, os gauleses terão Holanda, Polónia e Áustria.

França joga num esquema tático de 4-3-3 padrão, com uma linha de quatro defesa, três médios (um defensivo e dois de construção) e três atacantes (dois extremos puros e um avançado mais fixo). Maignan encarrega-se de manter a baliza a zeros, enquanto que Koundé e Theo Hernández dão velocidade nos corredores. Pavard e Upamecano são os dois pêndulos da defesa. No meio-campo, Camavinga é o homem responsável pelas recuperações de bola e pelo início de construção, com Griezmann e Rabiot a desempenharem funções de criadores de oportunidades para os desequilibradores Mbappé e Dembélé. O primeiro, que recentemente viu ficar oficializada a sua transferência para o Real Madrid, também pode jogar como ponta-de-lança, permitindo a Griezmann subir no terreno e acrescentar um outro médio de construção/criação, mas habitualmente a frente de ataque fica reservada a Thuram. Ou seja, há muito talento, é preciso saber aproveitá-lo.


Guarda-redes
: Alphonse Aréola (West Ham), Mike Maignan (AC Milan) e Brice Samba (Lens)

Defesas: Jules Koundé (Barcelona), Jonathan Clauss (Marselha), Benjamin Pavard (Inter Milão), Ibrahima Konaté (Liverpool), Dayot Upamecano (Bayern Munique), William Saliba (Arsenal), Théo Hernández (AC Milan) e Ferland Mendy (Real Madrid)

Médios: Eduardo Camavinga (Real Madrid), Youssouf Fofana (Monaco), N'Golo Kanté (Al Ittihad), Adrien Rabiot (Juventus), Warren Zaïre-Emery (PSG) e Aurélien Tchouaméni (Real Madrid)

Avançados: Ousmane Dembélé (PSG), Olivier Giroud (AC Milan/LA FC), Randal Kolo Muani (PSG), Kylian Mbappé (PSG/Real Madrid), Marcus Thuram (Inter Milão), Kingsley Coman (Bayern Munique), Bradley Barcola (PSG) e Antoine Griezmann (Atlético Madrid)
 


Didier Deschamps é, dos 24 selecionadores que marcarão presença na fase final deste Europeu, aquele que está há mais tempo à frente de uma única seleção. O treinador francês, de 55 anos, está no comando da equipa nacional gaulesa desde 2012, altura em que rendeu Laurent Blanc. Desde então, levou a França a uma final do Europeu (perdeu frente a Portugal na final de 2016, em Paris), a duas finais do Mundial (venceu a de 2018 e saiu derrotado na de 2022) e ainda a uma final da Liga das Nações, que também venceu. Curiosamente, o título europeu é aquele que continua a fugir aos franceses. Será que é desta?

Este é daqueles nomes que está na ponta da língua de qualquer um. Kylian Mbappé é, claramente, a grande figura desta seleção francesa. O jovem avançado, que não renovou contrato com o PSG para realizar o sonho de jogar pelo Real Madrid, é, com 25 anos, capitão da seleção gaulesa e já um dos melhores marcadores da história do país. Do grupo de jogadores que foi pré-convocado por Didier Deschamps para o estágio de preparação para o Euro'2024, Kylian Mbappé é o segundo melhor marcador de França, com 47 golos (menos 10 do que Olivier Giroud). Antoine Griezmann, que dá-se particularmente bem em Europeus, surge no 3.º lugar deste 'ranking' de goleadores franceses, com 44 golos.

Depois de uma fase de qualificação praticamente imaculada, em que apenas perdeu os dois jogos contra a França, a Holanda chega a esta fase final não como clara favorita, mas sim como uma das seleções que tem potencial para poder ir longe na competição. Para tal, terá de primeiro de ultrapassar a fase de grupos, tal como fez na última edição do Europeu. Pela frente, os holandeses terão França, Polónia e Áustria, um grupo nada fácil.

A seleção holandesa normalmente utiliza um esquema tático que dá primazia à posse de bola, com três centrais, quatro médios e três avançados. Verbruggen será provavelmente o dono da baliza da Holanda. À sua frente, o guardião terá um trio de defesas de classe mundial: De Ligt (direita), Van Dijk (centro) e Nathan Aké (esquerda). O meio-campo será composto por dois alas: Denzel Dumfries (direita) e Daley Blind (esquerda), com Joey Veerman a ter um papel de médio mais combativo e de contenção, enquanto De Jong estará encarregue de criar jogadas de perigo para os três da frente: Memphis Depay-Xavi Simons-Donyell Malen. Os três dispensam apresentações.

Guarda-redes
: Justin Bijlow (Feyenoord), Mark Flekken (Brentford) e Bart Verbruggen (Brighton)

Defesas: Nathan Aké (Manchester City), Daley Blind (Girona), Virgil van Dijk (Liverpool), Denzel Dumfries (Inter Milão), Jeremie Frimpong (Bayer Leverkusen), Matthijs de Ligt (Bayern Munique), Micky van de Ven (Tottenham), Stefan de Vrij (Inter Milão) e Lutsharel Geertruida (Feyenoord)

Médios: Joey Veerman (PSV), Ryan Gravenberch (Liverpool), Ian Maatsen (Borussia Dortmund), Tijjani Reijnders (AC Milan), Jerdy Schouten (PSV), Georginio Wijnaldum (Al Ettifaq) e Xavi Simons (RB Leipzig)

Avançados: Steven Bergwijn (Ajax), Brian Brobbey (Ajax), Memphis Depay (Atlético Madrid), Cody Gakpo (Liverpool), Donyell Malen (Borussia Dortmund), Wout Weghorst (Hoffenheim) e Joshua Zirkzee (Bolonha)
 

Ronald Koeman é um treinador que dispensa apresentações. Regressou em abril de 2022 ao comando técnico da seleção holandesa depois de uma curta passagem pelo Barcelona, para render a Louis Van Gaal. Fez a estreia na fase de qualificação com uma dura derrota frente à França (4-0), seleção contra a qual viria a perder novamente no segundo duelo entre ambas. Na fase de grupos terá mais uma oportunidade para derrotar os franceses, os principais candidatos a terminar no 1.º lugar.

Por tudo o que já deu à seleção, mas também pelo bom final de temporada que conseguiu fazer no Atlético Madrid, Memphis Depay é claramente a grande figura da Holanda no Euro'2024. O extremo, que já não é propriamente um jovem (30 anos), continua a ser preponderante na sua seleção, onde, mais do que um desequilibrador, tem o papel de finalizador. Mas também existem outros jogadores que poderão assumir o protagonismo, como são os casos de Frenkie de Jong ou Xavi Simons, o rosto da nova geração da 'laranja mecânica'.

Pela quarta vez nas últimas cinco edições, a Áustria chega a uma fase final de um Campeonato da Europa de futebol, sendo que apenas em 2020/2021 conseguiu ultrapassar a fase de grupos do torneio. Pela frente, os austríacos não terão uma tarefa nada fácil, uma vez que estão num grupo juntamente com a França, a Holanda e a Polónia que, apesar de não ser a mesma de há uns tempos, é sempre uma seleção 'chata' de defrontar.
 

Feita de nomes talvez um pouco desconhecidos para a maioria dos adeptos, a Áustria tem mostrado ser uma seleção muito vertical, que dá primazia à posse de bola. Schlager será muito provavelmente o dono das redes da baliza. À sua frente, o guarda-redes austríaco terá uma linha de quatro: Posch (direita), Danso (centro-direita), Lienhart (centro-esquerda)e Wobert (esquerda). No meio-campo, Seiwald e Sabitzer são os médios mais físicos, com maior capacidade de transporte de bola e de correr vários quilómetros durante um jogo. Servirão de suporte aos três homens que se seguem no terreno: Laimer (direita, Baumgartner (centro) e Schmid (direita). Estes têm o dever de servir Gregoritsch, a grande figura do ataque da Áustria.

Guarda-redes
: Niklas Hedl (Rapid Viena), Heinz Lindner (Saint-Gilloise) e Patrick Pentz (Brondby)

Defesas: Flavius Daniliuc (RB Salzburgo), Leopold Querfeld (Rapiv Viena), Kevin Danso (Lens), Philipp Lienhart (Friburgo), Phillipp Mwene (Mainz), Stefan Posch (Bolonha), Gernot Trauner (Feyenoord) e Maximilian Wöber (RB Salzburgo);

Médios: Florian Grillitsch (Hoffenheim), Florian Kainz (Colónia), Konrad Laimer (Bayern Munique), Alexander Prass (Sturm Graz), Marcel Sabitzer (Borussia Dortmund), Romano Schmid (Werder Bremen), Nicolas Seiwald (RB Leipzig), Christoph Baumgartner (RB Leipzig), Matthias Seidl (Rapid Viena), Patrick Wimmer (Wolfsburgo) e Marco Grüll (Rapid Viena)

Avançados: Marco Arnautovic (Inter Milão), Maximilian Entrup (Hartberg), Andreas Weimann (West Brom) e Michael Gregoritsch (Friburgo)

Foi recentemente muito cobiçado pelo Bayern Munique para suceder a Thomas Tüchel no comando técnico dos bávaros, mas deu uma nega ao clube de Munique e mostrou total compromisso com a seleção austríaca. O treinador alemão, de 65 anos, viu o seu contrato com a federação austríaca de futebol prolongar por mais dois anos (até ao Mundial'2026) após a qualificação para este Europeu. Resta saber o que terá guardado nas mangas para tentar levar a Áustria, pela segunda vez consecutiva, a uns oitavos de final.

Marcel Sabitzer é o verdadeiro motor desta equipa. Depois do desempenho que teve na última temporada ao serviço do Borussia Dortmund, pelo qual disputou a final da Liga dos Campeões - que acabaria de perder para o Real Madrid -, o médio chega numa boa forma física a esta fase final do Campeonato da Europa e promete ser uma das figuras da Áustria. Gregoritsch e Arnautovic também poderão desempenhar esse papel.

A Polónia é uma verdadeira incógnita. Depois de não ter conseguido bons resultados nos últimos Mundiais (não ultrapassou a fase de grupos em 2018, na Rússia, e não foi além dos oitavos de final em 2022, no Qatar), a seleção polaca chega a esta fase final do Euro'2024 via playoff, onde conseguiu superar a Estónia e País de Gales. Tem figuras importantes no seu plantel, mas está muito dependente do que Robert Lewandowski possa dar à equipa.

A Polónia atua normalmente num 3-5-2 que dá primazia à posse de bola, mas também poderá mudar este esquema tático para um 5-4-1, tal como aconteceu em alguns jogos da seleção durante a fase de qualificação para este Europeu de futebol. Com Szczesny na baliza, os polacos deverão apresentar o seu onze-base com uma linha de três defesas: Bednarek (direita), Pawel Dawidowicz (centro) e Kiwior (direita). No 'miolo', as alas estarão entregues a Frankowski (direita) e Zalewski (esquerda), enquanto que Bartosz Slisz será o médio mais recuado para dar uma maior liberdade aos dois interiores: Grzegorz Krychowiak e Zielinski. Na frente, a Polónia poderá apresentar Swiderski ou até mesmo Milik no apoio a Robert Lewandowski. O avançado do Barcelona também poderá atuar sozinho no ataque.

Guarda-redes: Wojciech Szczesny (Juventus), Marcin Bulka (Nice) e Lukasz Skorupski (Bolonha)

Defesas: Jan Bednarek (Southampton), Bartosz Bereszynski (Empoli), Pawel Dawidowicz (Verona), Jakub Kiwior (Arsenal), Tymoteusz Puchacz (Kaiserslautern), Bartosz Salamon (Lech Poznan) e Sebastian Walukiewicz (Empoli)

Médios: Przemyslaw Frankowski (Lens), Kamil Grosicki (Pogon Szczecin), Jakub Moder (Brighton), Jakub Piotrowski (Ludogorets), Taras Romanczuk (Jagiellonia), Bartosz Sliz (Atalanta), Damian Szymanski (AEK), Sebastian Szymanski (Fenerbahçe), Michal Skóras (Club Brugge), Kacper Urbanski (Bolonha), Nicola Zalewski (Roma) e Piotr Zielinski (Nápoles)

Avançados: Adam Buksa (Antalyaspor), Robert Lewandowski (Barcelona), Krzysztof Piatek (Istanbul Basaksehir) e Karol Swiderski (Verona)
 

Michal Probierz foi o nome escolhido pela federação polaca de futebol para suceder ao português Fernando Santos no comando técnico da seleção da Polónia. O treinador, de 51 anos, liderava a seleção de sub-21 da Polónia na altura em que foi 'chamado' a dirigir a equipa principal masculina do país. Depois de conseguir o apuramento para a fase final já nos playoffs, deixando Estónia e País de Gales pelo caminho, Michal Probierz terá de arregaçar as mangas para mostrar o que esta equipa é capaz de fazer num grupo em que ainda constam França, Holanda e Áustria. Não será uma tarefa nada fácil.
 

Aqui, não há como falhar. Robert Lewandowski é claramente a principal figura da Polónia. Apesar dos seus 35 anos, o avançado do Barcelona continua com a corda toda e pronto para aumentar os seus números ao serviço da seleção do seu país (82 golos em 148 internacionalizações). Terá o apoio de outros jogadores que poderão ser importantíssimos para o seu desempenho, como são os casos de Zalewski, Zielinski, Swiderski ou até mesmo Milik, isto caso sejam todos convocados.

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