Apresentação das 4 seleções do grupo C

Convocados e onze-tipo de Eslovénia, Dinamarca, Sérvia e Inglaterra
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:10
Convocados e onze-tipo de Eslovénia, Dinamarca, Sérvia e Inglaterra
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:10

A Eslovénia é uma daquelas seleções que nunca se sabe muito bem o que se pode esperar. Os eslovenos tiveram um bom desempenho durante a fase de qualificação para o Euro'2024, terminando no 2.º lugar do Grupo H, com os mesmos pontos do que a Dinamarca (22), e espera-se que possam voltar a surpreender na fase de grupos do torneio. Pela frente terão uma das principais favoritas ao troféu, a Inglaterra, mas também a Dinamarca, que defrontaram na fase de qualificação, e ainda a Eslováquia. Será, ao que tudo indica, uma luta equilibrada pelo 2.º lugar, assumindo que o 1.º ficará reservado para os ingleses.

Ao contrário de outras seleções, a Eslovénia não tem um onze-tipo com vários jogadores conhecidos ou muito talentosos. Contudo, tem dois setores em que não há falta de qualidade. Falamos naturalmente da baliza que, caso nada de anormal aconteça, ficará reservada a Jan Oblak, o 'gigante' do Atlético Madrid que já passou por Portugal e cuja qualidade é-lhe reconhecida a nível mundial, e no ataque, onde a dupla Sesko e Sporar promete dar muitas dores de cabeça aos adversários. Que o diga Portugal, que foi perante esta mesma seleção que sofreu a sua primeira derrota da 'era' Roberto Martínez, apesar de ter sido num jogo de preparação.

Guarda-redes
: Jan Oblak (Atlético Madrid), Vid Belec (APOEL) e Igor Vekic (Vejle)

Defesas: Jure Balkovec (Alanyaspor), Jaka Bijol (Udinese), Miha Blazic (Lech Poznan), David Brekalo (Orlando City), Vanja Drkusic (Sochi), Erik Janza (Gornik Zabrze), Zan Karnicnik (Celje) e Petar Stojanovic (Sampdoria)

Médios: Jon Gorenc Stankovic (Sturm Graz), Benjamin Verbic (Panathinaikos), Sandi Lovric (Udinese), Timi Maks Elsnik (Olimpija Ljubljana), Jasmin Kurtic (Südtirol), Tomi Horvat (Sturm Graz), Adam Gnezda-Cerin (Panathinaikos), Nino Zugelj (Bodo/Glimt) e Adrian Zeljkovic (Spartak Trnava)

Avançados: Zan Celar (Lugano), Josip Ilicic (Maribor), Jan Mlakar (Pisa), Benjamin Sesko (RB Leipzig), Andraz Sporar (Panathinaikos) e Zan Vipotnik (Girondins Burdeos)
 

Na sua segunda passagem pela seleção nacional da Eslovénia, Matjaz Kek procura dar seguimento ao bom trabalho que desempenhou quando foi contratado pela federação de futebol do país para orientar os trabalhos da equipa nacional (garantiu o apuramento para o Mundial de 2010). Para já, igualou o melhor resultado de sempre da Eslovénia num Europeu de futebol ao garantir a presença na fase de grupos... mas a história está ao virar da esquina e sonhar é sempre permitido.

Se Oblak poderá dar toda a segurança atrás, o poder de fogo na frente estará reservado a Sesko. O avançado do RB Leipzig é a principal arma desta Eslovénia no ataque, onde atuará lado a lado com Sporar, antigo avançado do Sporting que hoje atua no Panathinaikos. Os holofotes estarão apontados a Sesko, que terá montra para mostrar toda a sua qualidade.

A Dinamarca chegou à fase final do Euro'2024 fruto de uma qualificação muito tranquila, em que terminou no 1.º lugar do Grupo H, embora com os mesmos pontos que a Eslovénia (2.º), curiosamente um dos três adversários que os dinamarqueses terão pela frente, juntando ainda a Eslováquia e a Inglaterra, na fase de grupos. Depois de ter alcançado a meia-final no último Europeu, a Dinamarca procura na Alemanha repetir - ou até melhorar - esse feito.

O onze-tipo da Dinamarca é composto por quatro figuras centrais que representam os três setores da equipa. Na baliza, com 100 internacionalizações, Kasper Schmeichel é dono e senhor. Apesar dos seus 37 anos, não existe ninguém melhor do que o guardião do Anderlecht para a posição. É também uma figura importante do balneário. Na defesa, Simon Kjaer, o mais internacional deste grupo e também o capitão, é a voz de comando dentro de campo, juntamente com o médio Christian Eriksen, o segundo mais internacional (128) e Hojbjerg. Já no ataque, Hojlund, a jovem promessa dinamarquesa do Manchester United, prepara-se para assumir o papel de figura central. Aos 21 anos, leva sete golos em 12 jogos pela seleção. Um prodígio.


Guarda-redes
: Frederik Ronnow (Union Berlim), Kasper Schmeichel (Anderlecht) e Mads Hermansen (Leicester City)

Defesas: Alexander Bah (Benfica), Andreas Christensen (Barcelona), Jannik Vestergaard (Leicester City), Joachim Andersen (Crystal Palace), Joakim Maehle (Wolfsburgo), Mathias Jorgensen (Brentford), Rasmus Nissen Kristensen (AS Roma), Simon Kjaer (AC Milan) e Victor Kristiansen (Bolonha)

Médios: Christian Eriksen (Manchester United), Andreas Skov Olsen (Club Brugge), Christian Norgaard (Brentford), Mathias Jensen (Brentford), Mikkel Damsgaard (Brentford), Morten Hjulmand (Sporting), Pierre Emile-Hojbjerg (Tottenham) e Thomas Delaney (Anderlecht)

Avançados: Anders Dreyer (Anderlecht), Jacob Bruun Larsen (Burnley), Jonas Wind (Wolfsburgo), Kasper Dolberg (Anderlecht), Rasmus Holjund (Manchester United), Yussuf Poulsen (RB Leipzig).
 


Kasper Hjulmand levou a seleção dinamarquesa a igualar o seu segundo melhor resultado de sempre num Campeonato da Europa de futebol no seu ano de estreia à frente da equipa técnica de uma equipa nacional. O técnico, de 52 anos, assumiu o comando da Dinamarca em 2020 e desde então já conseguiu 31 vitórias em 49 jogos. Um número absolutamente incrível para uma seleção como a Dinamarca. Será interessante acompanhar esta seleção durante o Europeu na Alemanha.

Kasper Schmeichel, Simon Kjaer e Christian Eriksen serão sempre os grandes rostos da Dinamarca, mas a verdade é que para o torneio deste ano há uma jovem estrela que tem tudo para cintilar. Rasmus Hojlund, o jovem prodígio de apenas 21 anos, promete dar que falar no futuro e será a grande figura do ataque dinamarquês. Expectativa para ver o nível que o avançado do Manchester United irá mostrar num grande palco como este.

A Sérvia a esta fase final depois de uma qualificação algo atribulada e aquém das expectativas e da qualidade do seu grupo de jogadores. Os sérvios terminaram o Grupo G no 2.º lugar, com 14 pontos, atrás da Hungria, que terminou com 18, fruto de quatro vitórias, dois empates e duas derrotas e com um saldo de 15 golos marcados e nove sofridos. São números que espelham muito bem o quão irregular consegue ser esta seleção, que tem um poderio ofensivo muito interessante.

Apesar de ter grandes talentos no seu conjunto, a Sérvia vai estrear-se este ano numa fase final de um Europeu de futebol e este dado talvez seja, para muitos, uma surpresa. Com uma base tática sustentada pela robustez defensiva de um 5-3-2, com muito jogo vertical e de poucos passes até chegar à área adversária, a seleção sérvia depende muito da inspiração de alguns dos seus jogadores, como é o caso de Milinkovic-Savic e dos avançados Dusan Tadic e Aleksandar Mitrovic. Pode variar este sistema tático e jogar com uma linha de quatro defesas com a inclusão de Vlahovic ou de Luka Jovic no ataque. Pontas-de-lança não faltam nesta equipa!


Guarda-redes
: Vanja Milinkovic Savic (Torino), Predrag Rajkovic (Maiorca) e Djordje Petrovic (Chelsea)

Defesas: Strahinja Pavlovic (RB Salzburgo), Nikola Milenkovic (Fiorentina), Milos Veljkovic (Werder Bremen), Srdjan Babic (Spartak Moscovo), Uros Spajic (Estrela Vermelha), Nemanja Gudelj (Sevilha), Filip Mladenovic (Panathinaikos) e Nemanja Stojic (Backa Topola)

Médios: Sasa Lukic (Fulham), Nemanja Maksimovic (Getafe), Ivan Ilic (Torino), Srdjan Mijailovic (Estrela Vermelha), Sergej Milinkovic-Savic (Al Hilal), Dusan Tadic (Fenerbahçe), Lazar Samardzic (Udinese), Veljko Birmancevic (Sparta Praga), Filip Kostic (Juventus), Andrija Zivkovic (PAOK) e Mijat Gacinovic (AEK)

Avançados: Aleksandar Mitrovic (Al Hilal), Dusan Vlahovic (Juventus), Luka Jovic (AC Milan) e Petar Ratkov (RB Salzburgo)
 


Independentemente do resultado que conseguir alcançar na fase de grupos do Euro'2024, Dragan Stojkovic já entrou para a história do futebol sérvio ao colocar o país (que desde se tornou independente desde a dissolução da antiga Jugoslávia, em 2006) pela primeira vez numa fase final de um Europeu de futebol. Tudo o que vier é bónus.

Depois da excelente temporada que fez no ano de estreia ao serviço do Al Hilal (Arábia Saudita), Aleksandar Mitrovic, que há muito já vinha a dar cartas no futebol europeu, é claramente a grande figura desta Sérvia e do ataque desta seleção. Aliás, pontas-de-lança é algo que certamente não faltará nesta equipa, que conta com vários talentos para esta posição: Luka Jovic, Dusan Vlahovic, Dusan Tadic...

A Inglaterra continua à procura de conquistar o seu primeiro Europeu de futebol, troféu esse que esteve muito perto de levantar na última edição, mas acabaria por perder nos penáltis frente a Itália na final disputada em Wembley. Os ingleses, deixam várias figuras de fora da lista final, têm um grupo de jogadores absolutamente fantástico, muitos deles atuam nos melhores clubes do mundo. São, sem sombra de dúvidas, uns dos principais favoritos à conquista do título. Será que é desta que os ingleses levarão o troféu para casa?

Inglaterra atua normalmente num esquema tático com quatro defesas, dois médios mais combativos - mas com uma enorme qualidade e segurança na saída de bola -, três criativos à solta e à espreita para criar mossa na defesa adversária e um ponta-de-lança que é uma clara ameaça para qualquer guarda-redes. Pickford é o dono das redes, Walker e Chilwell garantem os corredores, enquanto Stones e Maguire são os dois patrões da defesa. No meio-campo, Rice e Gallagher formam a dupla que suporta o trio Phil Foden-Jude Bellingham-Jack Grealish. Lá na frente, Harry Kane trata de tudo sozinho se o resto não estiver num dia inspirado. São muito poucas as lacunas que esta Inglaterra tem no seu onze-tipo. Sem esquecer que, de fora, ficaram ainda jogadores como Alexander-Arnold, James Maddison ou Bukayo Saka.


Guarda-redes
: Dean Henderson (Crystal Palace), Jordan Pickford (Everton) e Aaron Ramsdale (Arsenal)

Defesas: Lewis Dunk (Brighton), Joe Gomez (Liverpool), Marc Guéhi (Crystal Palace), Ezri Konsa (Aston Villa), Luke Shaw (Manchester United), John Stones (Manchester City), Kieran Trippier (Newcastle) e Kyle Walker (Manchester City)

Médios: Trent Alexander-Arnold (Liverpool), Conor Gallagher (Chelsea), Kobbie Mainoo (Manchester United), Declan Rice (Arsenal), Adam Wharton (Crystal Palace), Cole Palmer (Chelsea) e Jude Bellingham (Real Madrid)

Avançados: Jarrod Bowen (West Ham), Eberechi Eze (Crystal Palace), Phil Foden (Manchester City), Anthony Gordon (Everton), Harry Kane (Bayern Munique), Bukayo Saka (Arsenal), Ivan Toney (Sheffield United) e Ollie Watkins (Aston Villa)
 


Gareth Southgate prepara-se para liderar Inglaterra pelo segundo Europeu consecutivo, depois de ter levado a seleção à final da última edição. O selecionador, que não é salvo de críticas no seu país, tem a tarefa de aproveitar uma das gerações mais talentosas de sempre e levá-la à conquista do primeiro Europeu de futebol. Seria absolutamente histórico, mas também nada surpreendente se acontecesse. Novo 'fracasso' poderá originar uma mudança na equipa técnica nacional. Ao deixar jogadores como Jack Grealish, Harry Maguire, Curtis Jones e James Maddison de fora... está a arriscar um pouco o seu lugar.

A qualidade em todas as posições é tanta que é verdadeiramente difícil destacar apenas um jogador. Contudo, se existe alguém que merece esse destaque é Harry Kane. O goleador-mor de Inglaterra aparece uma vez mais em bom plano, depois da sua época de estreia no Bayern Munique, e está com a corda toda para continuar a ajudar o seu país a chegar ao tão desejado título europeu. Existem outros jogadores que poderão assumir um papel preponderante, como são os casos de Phil Foden ou Jude Bellingham, os mais óbvios.

Ultimas de Internacional

Notícias

Notícias Mais Vistas