Apresentação das 4 seleções do grupo A

Convocados e onze-tipo de Alemanha, Escócia, Hungria e Suíça
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:46
Convocados e onze-tipo de Alemanha, Escócia, Hungria e Suíça
Sérgio Magalhães 13 junho 2024 - 20:46

A
jogar no seu país e num grupo juntamente com Escócia, Hungria e Suíça, podemos muito bem considerar a Alemanha uma das principais favoritas a avançar para os oitavos de final. Depois do fracasso no último Europeu, em que foi eliminada precisamente 'oitavos', a Alemanha procura usar o fator casa para regressar aos resultados de outros tempos.

Mats Hummels, Julian Brandt, Karim Adeyemi, Leon Goretzka e Serge Gnabry (os três primeiros disputaram a final da Liga dos Campeões) são as grandes ausências da Alemanha, que procurará juntar a experiência de jogadores como Manuel Neuer, Antonio Rüdiger ou Toni Kroos à irreverência de Florian Wirtz e Jamal Musiala, dois dos maiores talentos do futebol alemão, para ter um bom equilíbrio do grupo.

Guarda-redes
: Manuel Neuer (Bayern Munique), Ter Stegen (Barcelona) e Oliver Baumann (Hoffenheim)

Defesas: Waldemar Anton (Estugarda), Benjamin Henrichs (RB Leipzig), Robin Koch (Eintracht Frankfurt), Joshua Kimmich (Bayern Munique), Maximilian Mittelstädt (Estugarda), David Raum (RB Leipzig), Antonio Rüdiger (Real Madrid), Nico Schlotterbeck (Borussia Dortmund) e Jonathan Tah (Bayer Leverkusen)

Médios: Robert Andrich (Bayer Leverkusen), Chris Führich (Estugarda), Pascal Gross (Brighton), Ilkay Gündogan (Barcelona), Toni Kroos (Real Madrid), Jamal Musiala (Bayern Munique), Aleksandar Pavlovic (Bayern Munique), Leroy Sané (Bayern Munique), Florian Wirtz (Bayer Leverkusen), Emre Can (Borussia Dortmund)

Avançados: Maximilian Beier (Hoffenheim), Niclas Füllkrug (Borussia Dortmund), Kai Havertz (Arsenal), Thomas Müller (Bayern Munique) e Deniz Undav (Estugarda).

Aos 36 anos, Julian Nagelsmann tem a difícil tarefa de levar a Alemanha à conquista de um Europeu como anfitriã do torneio. Há pouco menos de um ano no comando técnico da Mannschaft, Julian Nagelsmann tem neste momento um saldo de três vitórias, dois empates e duas derrotas. Está na mira dos adeptos após deixar vários jogadores talentosos de fora da convocatória.

Por tudo o que poderá simbolizar este torneio, Toni Kroos é claramente a grande figura da Alemanha no Euro'2024. Afinal, será com a camisola da 'Mannschaft' vestida que o génio alemão dirá adeus ao futebol, depois de já tê-lo feito ao serviço do Real Madrid, onde terminou com chave d'ouro após a conquista da Liga dos Campeões.

Num grupo em que a Alemanha é a única clara favorita, a Escócia certamente que tentará fazer uma surpresa e lutar, lado a lado com Hungria e Suíça, pelo 2.º lugar, que dará acesso aos oitavos de final, fase essa que esta seleção nunca conseguiu alcançar num Europeu.

Estamos perante uma nova fase da seleção escocesa. Se antes olhávamos para a lista de convocados da Escócia para qualquer grande competição e só constavam jogadores que competiam no campeonato escocês, hoje em dia o mesmo não acontece. Andy Robertson (Liverpool), Kieran Tierney (Real Sociedad), Scott McTominay (Manchester United) ou John McGinn (Aston Villa) são alguns desses exemplos.


Guarda-redes
: Angus Gunn (Norwich City), Zander Clark (Hearts) e Liam Kelly (Motherwell)

Defesas: Andrew Robertson (Liverpool), Kieran Tierney (Real Sociedad), Jack Hendry (Al Ettifaq), Ryan Porteous (Watford), Liam Cooper (Leeds United), Scott McKenna (Copenhaga), Grant Hanley (Norwich City), Greg Taylor (Celtic), John Souttar (Rangers), Anthony Ralston (Celtic), Ross McCrorie (Bristol City)

Médios: Callum McGregor (Celtic), Ryan Christie (Bournemouth), Billy Gilmour (Brighton), John McGinn (Aston Villa), Kenny McLean (Norwich City), Scott McTominay (Manchester United), Stuart Armstrong (Southampton), Ryan Jack (Rangers)

Avançados: Ché Adams (Southampton), Lawrence Shankland (Hearts), James Forrest (Celtic), Lewis Morgan (NY Red Bulls), Tommy Conway (Bristol City); 


Pela segunda vez na sua história, a Escócia conseguiu dois apuramentos consecutivos (tinha-o alcançado apenas em 1992 e 1996) para um Campeonato da Europa e muito se deve a um nome: Steve Clarke. O selecionador escocês, de 60 anos, assumiu o comando técnico da seleção em 2019 e desde então conseguiu 25 vitórias em 54 jogos (46.30% de triunfos). Um trabalho fantástico!

John McGinn é, a par de Andy Robertson e de Scott McTominay, uma das principais figuras da seleção escocesa. Para além da fácil relação que tem com o golo (18 em 65 internacionalizações), o criativo de 29 anos do Aston Villa aporta muito mais à equipa em termos ofensivos, com diagonais e dribles fantásticos. Apesar da idade, é um jogador a observar neste Europeu.

Apesar de se ter apurado de forma direta para a fase final do Euro'2024, a verdade é que a Suíça não convenceu nos últimos jogos que realizou na fase de apuramento, tendo concluído a qualificação com quatro partidas consecutivas sem vencer. Ainda assim, chega a este Europeu com dois jogadores em grande forma após uma temporada inesquecível. Falamos de Granit Xhaka, que ao serviço do Bayer Leverkusen só não venceu a Liga Europa, e de Manuel Akanji, que voltou a levantar troféus no Manchester City. Muita expectativa para ver o que poderá fazer o conjunto suíço como um todo.

Coletivamente, a Suíça é uma seleção com uma grande facilidade em marcar golos, mas também em sofrê-los, como nos revelam os últimos jogos disputados por este conjunto. Apesar das fragilidades defensivas, a Suíça tem um onze-tipo muito equilibrado, com jogadores experientes e talentosos em quase todos os setores, como é o caso de Yan Sommer (guarda-redes), Manuel Akanji (defesa-central), Granit Xhaka (médio) ou Xherdan Shaqiri (ala/extremo) e Breel Embolo (avançado).


Guarda-redes
: Yann Sommer (Inter Milão), Yvon Mvogo (Lorient) e Gregor Kobel (Borussia Dortmund)

Defesas: Leonidas Stergiou (Estugarda), Silvan Widmer (Mainz), Nico Elvedi (Borussia Mönchengladbach), Manuel Akanji (Manchester City), Ricardo Rodriguez (Torino), Cédric Zesigner (Wolfsburgo) e Fabian Schär (Newcastle United)

Médios: Denis Zakaria (Monaco), Remo Freuler (Bolonha), Granit Xhaka (Bayer Leverkusen), Vincent Sierro (Toulouse), Michel Aebischer (Bolonha), Xherdan Shaqiri (Chicago Fire), Ardon Jashari (Luzern) e Fabian Rieder (Rennes)

Avançados: Breel Embolo (Monaco), Noah Okafor (AC Milan), Renato Steffen (Lugano), Steven Zuber (AEK Atenas), Ruben Vargas (Augsburgo), Kwadwo Duah (Ludogorets), Dan Ndoye (Bolonha) e Zeki Amdouni (Burnley);
 


Murat Yakin chegou ao comando técnico da Suíça em 2021 e, apesar de não ter conseguido resultados propriamente brilhantes, a verdade é que ajudou a seleção a manter-se na Divisão A da Liga das Nações e levou-a aos oitavos de final do Mundial de 2022. Entre as poucas derrotas que tem como selecionador suíço (5 em jogos oficiais), duas saltam à vista pelos números (4-0 e 6-1) e pelo oponente em causa: Portugal. Veremos do que será capaz de fazer neste Europeu.

A Suíça tem quatro grandes figuras no seu balneário: Yann Sommer, o guarda-redes, Ricardo Rodriguez, o lateral-esquerdo, Granit Xhaka, o capitão e o jogador com mais internacionalizações do grupo, e o inevitável Xherdan Shaqiri, a principal arma ofensiva da equipa. Apesar de estar já numa fase mais descendente da carreira - e sem a presença na Alemanha ainda assegurada -, o criativo de 32 anos dos Chicago Fire (MLS) é o vice-capitão, o segundo mais internacional deste núcleo e o que soma mais golos ao serviço da seleção (30). É sempre um jogador a ter em atenção, especialmente quando joga pelo seu país. Faz lembrar Diego Forlán, assim como outros, quando jogava pelo 'seu' Uruguai.

Apesar de Escócia e Suíça não serem propriamente dois colossos do futebol europeu, a verdade é que a Hungria chega ao Euro'2024 na pele de 'underdog' do Grupo A. Depois de ter feito história nas duas últimas edições do Europeu (em 2016 alcançou pela primeira vez os oitavos de final e em 2020 estreou-se em qualificações consecutivas para a fase final do torneio), a seleção húngara procura voltar a escrever o seu nome nas mais bonitas páginas do futebol do país.

O estatuto de uma das menos favoritas a avançar para os oitavos de final poderá ser vantajoso para a Hungria, uma seleção que chega a esta fase final a atravessar um momento muito positivo (não perde há 14 jogos, há quase dois anos). Terminou a fase de qualificação no 1.º lugar do Grupo G, que contava ainda com a Sérvia, uma seleção muito complicada e experiente nos grandes palcos europeus. Será interessante acompanhar o que esta Hungria poderá fazer neste Europeu da Alemanha.


Guarda-redes
: Dénes Dibusz (Ferencvaros), Péter Gulácsi (RB Leipzig), Péter Szappanos (Paks);

Defesas: Botond Balogh (Parma), Endre Botka (Ferencvaros), Martón Dárdai (Hertha Berlim), Attila Fiola (Fehérvár), Ádám Lang (Omonia Nicosia), Willi Orbán (RB Leipzig), Attila Szalai (Friburgo), Zsolt Nagy (Puskas Akademia) e Bendegúz Bolla (Servette) e Milos Kerkez (Bournemouth)

Médios: Mihály Kata (MTK Budapest), Dominik Szoboszlai (Liverpool), László Kleinheisler (Hajduk Split), Ádám Nagy (Spezia), Loïc Négo (Le Havre), András Schäfer (Union Berlim), Callum Styles (Sunderland);

Avançados: Martin Ádám (Ulsan Hyundai), Kevin Csoboth (Ujpest), Dániel Gazdag (Philadelphia Union), Krisztofer Horváth (Kecskeméti), Roland Sallai (Friburgo), Barnabás Varga (Ferencváros).
 


Depois de uma curta passagem pelo FC DAC 1904 da Eslováquia, entre 2017 e 2019, o italiano Marco Rossi regressou, após terminar a sua ligação ao clube, à Hungria com um convite da federação húngara para assumir o comando da seleção de futebol e de lá não voltou a sair desde então. Liderou a Hungria na última edição do Europeu (não foi além da fase de grupos) e esteve muito perto de levar a seleção às meias-finais da Liga das Nações. Além disso, tem neste momento uma série impressionante de jogos sem perder. O futuro da Hungria parece ser auspicioso.

É inevitável falar da Hungria sem falar de Dominik Szoboszlai. O avançado do Liverpool é o verdadeiro craque desta seleção e uma das grandes armas que a Hungria tem constantemente apontadas às balizas adversárias. É veloz, tecnicista e finalizador. Um craque nato. Divide protagonismo com o guarda-redes Péter Gulácsi, outra das grandes figuras deste grupo, que junta um misto de qualidade e de experiência.

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