«A noite em que a transpiração eclipsou a inspiração»: imprensa internacional analisa adeus de Portugal ao Euro

Seleção Nacional caiu nos penáltis diante da França e ruma a casa mais cedo

• Foto: Reuters

A despedida de Portugal do Europeu e o consequente apuramento da França para as meias-finais mereceu amplo destaque na imprensa internacional, com muitos jornais a enfatisarem o facto de o esperado duelo entre Cristiano Ronaldo e Kylian Mbappé não ter produzido aquilo que se esperava.

"Noite negra para Portugal e para João Félix" (...) Portugal propôs mais, teve melhores opções, mas faltou-lhe acerto na área. Cristiano Ronaldo saiu do Euro, o seu sexto e provavelmente último, sem marcar e sem ser substituído."
Marca

"Nas duas horas disputadas houve mais brilho ao nível defensivo do que ofensivo: pouco da parte de Mbappé e pouco da parte de Cristiano. O primeiro foi substituído no intervalo do prolongamento depois de sofrer uma pancada na cara, protegida pela máscara. O segundo marcou o primeiro penálti, mas pouco mais deixou sobre o campo."
As

"Ronaldo mal tocou na bola e Portugal quis ganhar superioridade fechando Bernardo Silva, mas as jogadas morreram por falta de 'tropas' (...) A França dispôs dos seus momentos, mas teve muito cuidado para conseguir contra-atacar com Mbappé, tão contido quanto CR7. Mais destaque para Griezmann, muito mais participativo por dentro, mas sem marcar diferenças."
Mundo Deportivo

"Mbappé não fez Cristiano Ronaldo chorar e foi João Félix a cometer o único erro dos lusos na decisiva marcação dos penáltis, ao chutar ao poste. (...) Foram Dembélé (eleito MVP), Fofana, Koundé, Barcola e Theo quem garantiu o acesso à meia-final e oficializaram a despedida de Cristiano Ronaldo, em outro péssimo jogo, bem como a de Pepe, muito mais digna e heróica, tendo sido colossal em dois lances, sem sinais dos seus 41 anos."
Sport

"A França está de volta a uma meia-final de um Europeu. Após empate, 0-0, no tempo regulamentar e no prolongamento em Hamburgo, a equipa de Mbappé e companhia bateu Portugal nos penáltis e avançou, para defrontar a Espanha. João Félix 'parou' na trave e foi o único a desperdiçar um penálti. Coube a Theo Hernández marcar o golo que decretou o apuramento dos franceses. Cristiano Ronaldo, por sua vez, despede-se do seu último Euro sem golos. E sem a taça."
Globo Esporte

"A seleção de Portugal foi derrotada nos penáltis pela França e acabou eliminada nos quartos de final do Europeu. Cristiano Ronaldo, por sua vez, encerrou o seu ciclo na competição com a pior marca da carreira na defesa do seu país. (...) Pela primeira vez o astro português terminou um torneio de seleções - Euro ou Mundial - sem balançar as redes por Portugal. Foram 5 jogos neste Euro e nenhum com golos do camisola 7."
ESPN Brasil

"Último Europeu de Cristiano Ronaldo acaba com penáltis dolorosos, enquanto 'flop' do Chelsea falha remate na decisão."
The Sun

"Depois do sangue derramado por Kylian Mbappe e as lágrimas de Cristiano, esta foi a noite em que a transpiração eclipsou a inspiração. O Mbappé não parecia o mesmo, escondido atrás da sua máscara, acabando substituído ao intervalo do prolongamento. Ronaldo nunca pareceu que ia ser substituído, apesar de ter estado invisível durante longos períodos do jogo."
Daily Mail

"Não houve lágrimas desta vez por parte de Cristiano Ronaldo (...) No final consolou o grandioso Pepe, de 41 anos."
Sky

Mesmo depois de mais um jogo em que a França foi "pobre na eficácia ofensiva", a imprensa gaulesa diz que o "essencial" foi cumprido. Pelo caminho ficou a maldição dos penáltis, já que todos os jogadores chamados a marcar converteram. "A única falha foi de João Félix".
L'Équipe

"João Félix erra, Theo não". Em Itália o momento foi colocado no momento dos penáltis, onde foi destacada a eficácia total dos franceses e o desperdício de Félix. "Foi decisivo."
Gazzetta dello Sport

Na Holanda, um dos países que ainda segue em prova, a imprensa viu um jogo com altos e baixos, que foi de uma primeira parte muito "dececionante" a um ritmo mais elétrico daí em diante. No fim, fez a diferença "a falha de João Félix", que acertou no poste.
De Telegraaf