Leonardo Lelo: «Tenho o sonho de jogar num dos grandes»

Lateral esquerdo do Casa Pia em entrevista a Record

Leonardo Lelo: «Foi uma época complicada, não vale a pena esconder nada»
Leonardo Lelo: «Foi uma época complicada, não vale a pena esconder nada»

Após três temporadas no Casa Pia, com uma subida à 1ª Liga, o lateral esquerdo de 24 anos prepara-se para abandonar os gansos. Tem mais um ano de contrato, mas deixa o destino em aberto, depois de ter sido apontado ao Benfica.

RECORD - O Casa Pia manteve-se na 1ª Liga e foi o elemento do plantel com mais jogos (38) em todas as provas. Como avalia a época?
LEONARDO LELO – No geral, complicada. Não vale a pena esconder nada, todos sabem o que o clube passou, as mudanças de treinador e a saída do capitão. Tudo isso mexe, mas conseguimos a estabilidade alguns jogos antes de acabar a época e garantir o principal objetivo, por isso temos que estar orgulhosos.

E esta foi a última temporada do Lelo ao serviço do Casa Pia?
Não consigo responder neste momento. Tenho mais um ano de contrato, mas vamos ver o que o mercado pode trazer.

No verão passado esteve perto de sair. Era um momento mais apropriado do que agora?
Não escondo que tive abordagens, mas identifico-me com o clube e quis dar continuidade ao projeto, ficar mais um ano na 1ª Liga ao mais alto nível, estabilizar-me e acho que consegui. Acima de tudo, fiz 3 épocas bastante boas no Casa Pia e agora vamos ver o que o futuro me reserva.

Foi apontado ao Benfica. Seria um sonho ou também admite jogar num dos outros grandes?
Qualquer jogador tem o sonho de jogar num dos grandes e eu também. É um objetivo que espero alcançar um dia.

Mas há alguma preferência?
Não quero entrar muito por esses caminhos. Chegar a um deles já será um percurso fantástico.

Se as portas dos grandes não se abrirem, considera uma experiência no estrangeiro ?
Não depende só de mim, mas temos que analisar tudo, não é? Não só se um clube é grande ou não, mas aquilo que a proposta nos traz, condições, tudo... Enquanto não tiver algo, não posso falar. Estou muito contente no Casa Pia e é preciso reforçar isso. O que vier, vou analisar com mais calma. Agora quero desfrutar das férias com a família e os amigos, que também é importante.

Qual foi o impacto das duas mudanças de treinador?
Para mim era a 3ª época com o mister Filipe Martins. Quando há alterações, as rotinas mudam e a adaptação é a parte mais complicada. Temos que estar preparados, porque pode acontecer a qualquer momento, mas soubemos dar a volta às dificuldades.

O caso da saída do Vasco Fernandes marcou a vossa época. De que forma afetou o plantel?
Temos a sorte de ter um grupo muito forte, não só os jogadores, mas todos os que trabalham no clube. Claro que falamos de alguém que era capitão, já tinha alguns anos de casa e de quem sou muito amigo, mas foi o melhor para ele. Se a decisão foi acertada e se era o melhor para ele, tínhamos de estar de consciência tranquila, pois ele também merecia o melhor. É algo que não nos pode afetar, porque o trabalho continua. O Vasco é uma pessoa marcante neste clube, sentimos e estranhámos a falta dele, mas depois é como tudo na vida, torna-se um hábito. Aprendemos a lidar e superámos as dificuldades juntos, graças ao coletivo.

O Casa Pia foi uma das piores equipas como visitado? Jogar em Rio Maior foi um obstáculo?
Os dados estão lá, mas não teve nada a ver. Entrámos sempre para ganhar e tivemos sempre os adeptos connosco. Infelizmente não lhes demos mais vitórias em casa, mas cumprimos o objetivo e eles estão felizes pelo facto de o clube ficar na 1ª Liga. 

Estavam no 16.º lugar quando Gonçalo Santos assumiu o comando e acabaram em 9.º, superando o 10.º de 2022/23. O que é que ele deu de especial à equipa?
Acima de tudo deu liberdade e confiança para sermos mais fortes. Quando entrou, estávamos um pouco desconfiados de tudo, pelos resultados e pela posição que ocupávamos, mas transmitiu-nos sempre a mensagem de confiarmos em nós. O grupo encarou e assimilou bastante bem essa ideia. Faltava confiança, pois qualidade nós tínhamos e sabíamos, mas estávamos algo receosos de entrar em jogo e não saber o que ia acontecer, pois não estávamos tão confiantes e jogar sem confiança é sempre mais complicado. Mas quando ele nos transmitiu essa confiança, começámos a soltar-nos mais e ganhámos estabilidade, o que foi bastante importante.
Após três temporadas no Casa Pia, com uma subida à 1ª Liga, o lateral esquerdo de 24 anos prepara-se para abandonar os gansos. Tem mais um ano de contrato, mas deixa o destino em aberto, depois de ter sido apontado ao Benfica....

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Por André Antunes Pereira
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