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Varzim critica falta de diálogo do Sindicato e nega ter três meses de salários em atraso

Emblema poveiro reagiu em comunicado à garantia de ajuda financeira por parte do SJPF ao plantel

• Foto: José Reis/Movephoto
A Comissão Administrativa que preside o Varzim publicou, esta quinta-feira, um comunicado em que desaprova a falta de diálogo do presidente do Sindicato dos Jogadores, Joaquim Evangelista, com o clube. O emblema poveiro lamenta que "em momento algum o SJPF ou o seu presidente tentou estabelecer qualquer tipo de contato com a Comissão Administrativa" após Evangelista ter garantido que ajudaria o plantel através do Fundo de Garantia Salarial.

Na nota, o Varzim deixou claro que já não possui três meses de ordenados em atraso, até porque "parte do salário do relativo ao mês de dezembro foi já regularizado" e também pelo facto de "o mês de março não ter ainda vencido", sublinhando, de resto, que os jogadores da equipa principal não são os únicos afetados pela situação precária que a instituição vive, lembrando os colaboradores e funcionários.

Leia o comunicado na íntegra:

"Foi ontem notícia em vários órgãos de comunicação social a visita do Presidente do Sindicato dos jogadores de futebol ao Varzim SC SDUQ, visita essa que teve como ponto único a reunião com os atletas profissionais do Varzim SC – Futebol SDUQ, Lda. Como tal, e visto que o diálogo do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol tem sido mais feito com a comunicação social do que com a atual equipa que gere os destinos da sociedade desportiva, vimos por este meio reiterar que:

Em momento algum o SJPF ou o seu presidente tentou estabelecer qualquer tipo de contato com a Comissão Administrativa, sendo também estranho que se sinta a necessidade de fazer uma conferência de imprensa para anunciar as medidas tomadas, fragilizando ainda mais a situação dos atletas e do clube;

Mantemos, como sempre, o nosso incondicional apoio aos atletas e equipa técnica pela forma como se têm vindo a comportar e dedicar até ao momento. No entanto, a César o que é de César, e não podemos permitir que se diga que é devido 3 meses de salário, quando parte do salário do relativo ao mês de dezembro foi já regularizado e o mês de março não ter ainda vencido. Mais ainda, a Comissão Administrativa tem estado atenta a toda e qualquer situação de fragilidade e em constante contato com a equipa técnica e jogadores, tendo já liquidado salários (ou parte dele) a atletas que se manifestaram com dificuldades na gestão do seu dia-a-dia;

É também de salientar que, apesar dos jogadores serem considerados os artistas maiores, existe um grupo de trabalhadores igualmente frágil que garante que esses artistas tenham um clube onde possam por à prova toda a sua arte: Os colaboradores e funcionários do clube. A esses, que têm também sofrido, mas em silêncio, trabalhando diariamente em concertação com a direção atual, garantindo de forma incansável e abnegada o dia-a-dia do clube e a lutar mais do que ninguém para que a instituição consiga regularizar os seus compromissos; a eles, o nosso muito obrigado.

Tal como foi transmitido na Assembleia Geral, o clube foi entregue com saldo negativo nas contas, cheques sem cobertura, penhoras, incumprimentos à Autoridade Tributária e Segurança Social, com o crédito da venda do atleta José Carlos Natário Ferreira cedido a terceiros, entre outros. Piorando ainda mais a situação, o Clube não só foi entregue sem receitas, como parte das receitas que estavam previstas para os próximos meses foram antecipadas. Não obstante isso, foi delineado um plano para que, a curto prazo, o Varzim volte a ser capaz de honrar os seus compromissos laborais.

Como se compreende, o cenário é extremamente difícil, mas a Comissão Administrativa não desistirá, não se resignará, nem baixará os braços para resolver os problemas do Varzim.

A Comissão Administrativa."
Por João Baptista Seixas
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