Rui Alves, atual presidente do Nacional e candidato nas próximas eleições que estão marcadas para 17 de junho, antevê muitas dificuldades para o seu clube conseguir manter-se no principal escalão do futebol português. Para conseguir a manutenção, o líder alvinegro aponta para uma verba de cerca de 10 milhões, dos quais, os nacionalistas terão de ter apoio governamental, cerca de três milhões, valor que era atribuído aos nacionalistas no ano em que subiu ao principal escalão português em 2002.
"Pela primeira vez, estou a ver alguma sensibilidade por parte do governo regional em relação ao desporto, nomeadamente, a esta causa do futebol profissional, tentando encontrar soluções", disse o responsável máximo dos nacionalistas, num programa da RTP Madeira. Para o líder alvinegro, "há um mini estudo feito em conjunto com o Marítimo, com uma empresa especializada económica, que para ficar na 1ª Liga, entre o 8º e 12º lugar, terá de haver esse reforço de verba, que para começar, já seria bom os antigos três milhões de euros. Com o atual valor, uma subvenção de 1.750.000 (um milhões e setecentos e cinquenta mil euros), o Nacional está condenado a descer". Assim, acredita que "sem penalizar a saúde, a educação, ou outros sectores, é possível reforçar o apoio aos clubes que estão no futebol profissional".
Rui Alves mostra-se convencido, que com diálogo, "vamos chegar a um bom porto". Para já, o presidente nacionalista terá de encontrar forma de financiamento, pois " a provação do orçamento regional até 19 de julho, a primeira verba a cair em termos de subvenção, só deverá acontecer em novembro. Teremos de encontrar outras formas de financiamento". Assim, está convencido que o seu clube terá "muitas dificuldades na próxima época", mas mostra-se esperançado, uma vez mais, que com a equipa técnica liderada por Tiago Margarido, "consiga ajudar a encontrar soluções dentro da nossa realidade financeira".
Sobre a continuidade de Chucho Ramírez, Rui Alves foi claro: "Temos opção sobre o jogador. Mas é claro que o Guimarães mostrando interesse, tem outras condições financeiras e o jogador mesmo gostando muito do clube e do treinador, poderá querer mudar-se".
Resolver Danilovic até dia 21
Danilovic está em final de contrato, mas mostrou abertura para permanecer na Choupana. "Espero poder fechar essa situação até dia 21 deste mês. Mas ainda agora, surgiu mais um problema, em relação à continuidade de Paulo Vítor. Tudo tem a ver com o euro", revelou Rui Alves.
Quanto a Tiago Margarido, o presidente do Nacional, está confiante que o técnico, "vai entender a 1º Liga de uma forma diferente e encontrar as melhores soluções de abordagem aos jogos, pois por certo não estaremos sempre em cima dos adversários como aconteceu esta temporada".
Por último, o responsável máximo dos madeirenses, está triste pelo facto de ainda não ter uma resposta do TAD (Tribunal Arbitral do Desporto), relativamente ao recurso apresentado no jogo com o Leixões. "Causa-me algum incómodo essa situação de ainda não termos uma decisão. Felizmente, essa decisão não terá efeitos desportivos", finalizou Rui Alves.
