Os planos para o futuro e as negas que Bruno Lage já deu nos últimos meses

Aguarda por novo projeto

• Foto: Paulo Calado

Bruno Lage está no desemprego desde que deixou o Botafogo, em outubro do último ano, mas já recebeu convites para regressar ao Brasil e outras propostas. Por enquanto, ainda não aceitou voltar ao ativo, mas tem bem definido o que pretende para o futuro.

Record - Como foi trabalhar com John Textor?

Bruno Lage - Eu gostei de o conhecer. E também faço mea culpa, pois sinto que poderia ter sido mais interventivo com ele, partilhar de uma forma mais veemente e diretamente com ele aquilo que ia vivendo e analisando diariamente. Mas também nunca quis saltar hierarquias e percebi, claramente, que naquela altura, o foco estava mais nas outras equipas da empresa, a atravessar momentos muitos difíceis, do que propriamente no Botafogo que era líder do campeonato. Ainda assim, deixei, após a rescisão, um relatório sobre estes e outros assuntos ao John Textor. O John Textor acabou por ter um acto de coragem quando veio, recentemente, a público lamentar a minha saída, agora com um conhecimento mais aprofundado sobre a situação do Botafogo. Lamento, o facto de ter trabalhado pouco tempo com ele. Uma relação mais próxima tinha dado mais frutos e tinha sido mais duradora.

R -  Há a hipótese de o seu próximo projeto ser o Lyon?

BL - Até ao dia de hoje não recebi nenhuma proposta do Lyon.

R - Mas não há fumo sem fogo?

BL - Desde a minha ida para o Botafogo, surgiram em vários meios de comunicação social essa hipótese. Mas até ao dia de hoje, não surgiu nenhuma proposta.

R - Consegue explicar o motivo que leva a que tantos treinadores portugueses sejam bem sucedidos no Brasil?

BL - Não é só no Brasil, tem sido algo transversal a vários campeonatos e quando olhamos para a quantidade de portugueses que estão fora – e não é só na primeira linha, mas mesmo em campeonatos secundários ou a treinar camadas jovens -, penso que é carimbo da qualidade do trabalho do treinador português. A minha primeira viagem para fora foi um pouco à boleia do sucesso de vários treinadores fora de portas, em particular o José Mourinho que teve um sucesso e um impacto muito grande em Inglaterra, itália e Espanha. Assim, em 2012, acabei por ir para os Emirados Árabes Unidos, para o Al Ahli para treinar os Sub-19 e no ano seguinte a equipa B.

R - Chegou-lhe essa experiência no Brasil ou ficou com o bichinho para voltar?

BL - Fizemos um contrato curto com o Botafogo por dois motivos, ajudar o clube atingir objetivos e perceber também como decorreria a minha adaptação ao país e ao clube. Posso dizer que adaptei-me perfeitamente, gostei muto de lá estar. E se as coisas corressem dentro da normalidade, ponderia, prolongar o contrato, se o convite viesse a ser feito. Foi um clube que me recebeu muito bem e é um clube que tem todas as condições para crescer. Entretanto já recebi duas abordagens para voltar ao brasil, mas decidi aguardar e avaliar o melhor projecto.

R - Esteve nos Emirados Árabes Unidos muito novo. Está disponivel para voltar a trabalhar nesses mercados emergentes?

BL - Neste último ano recusei propostas interessantes financeiramente, mas naquela altura, entendi mais olhar para um projeto na Europa que fosse ao encontro do que acabei de referir. Neste momento vamos analisar todas as propostas. Conheço bem a cultura dos Emirados. Conheço o crescimento e o investimento que tem sido feito no médio-oriente, quer no futebol profissional, assim como no futebol de formação, como fiz parte em 2012. O projeto certo será aquele onde possa trabalhar na minha plenitude e dar o melhor de mim.
Bruno Lage está no desemprego desde que deixou o Botafogo, em outubro do último ano, mas já recebeu convites para regressar ao Brasil e outras propostas. Por enquanto, ainda não aceitou voltar ao ativo, mas tem bem definido ...

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Por Sérgio Krithinas e Valter Marques
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