Com o plano de emergência na saúde, o SNS corre o risco de ser “destruído”

Correia de Campos defende que o plano de emergência apresentado pelo Governo enferma da “consideração mítica de que o privado resolve tudo” e acaba por se revelar “um plano estratégico”.

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O ex-ministro da Saúde Correia de Campos Rui Gaudêncio
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O ex-ministro da Saúde António Correia de Campos diz que uma parte das medidas do plano de emergência para a saúde apresentado pelo Governo — e que esteve a ler à lupa — não é nova, mas "de pura continuidade". Contudo, considera que há "meia dúzia" que são "inovadoras" e "boas". Afirma que a criação dos centros de atendimento clínico representa "o regresso dos SAP [serviços de atendimento permanente] para pior" e defende que o aumento do recurso ao sectores social e privado preconizado no plano vai conduzir "inevitavelmente" a "uma diminuição do Serviço Nacional de Saúde". "Este plano é um pouco um gato escondido com o rabo de fora", avisa. Porquê? Porque "pretende ser um plano de emergência, não estratégico", mas, "com a consideração mítica de que o privado resolve tudo, acaba por ser estratégico nas consequências de destruição do SNS".

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