Não há cantina italiana que se preze que não receba seus fregueses com uma cumbuquinha de sardella pronta para ser espalmada em pães e focaccias, e ainda regada com um delicioso fio de azeite extravirgem de oliva.
De cor vermelho-alaranjado, sabor forte e deliciosamente picante, a sardella nasce em tempos imemoriais na região da Calábria, o bico da Bota, onde ficou apelidada de “caviar dos pobres” porque era consumida por populações que viviam longes do mar, sem acesso ao peixe fresco.
É elaborada com anchova temperada com sementes de erva-doce e curada no sal e bastante pimenta calabresa, o que não podia ser diferentes, já que os calabreses são notórios apreciadores de comidas muito apimentadas. Depois do processo de cura, a mistura vira uma conserva espalmável.
Além de antepasto, pode ser usada para temperar massas, pizzas, omeletes e ovos mexidos, ou pode ser espalmada no pão com azeite, cebola roxa fatiada fina e azeitonas. Basta adicionar um tico para dar muito sabor aos pratos.
No Brasil é comercializada a Sardella Paganini, uma pasta produzida na Itália à base de pimentão vermelho, polpa de tomate, anchova curada no sal, azeite de oliva extravirgem, alho e pimenta.
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