Beleza

Influencer portuguesa fica em terceiro lugar no primeiro concurso Miss IA

Olívia C. encerrou o pódio na primeira edição do Miss. A vencedora da competição foi a concorrente marroquina Kenza Layli.
Olívia já tem mais de 10 mil seguidores.

Dois séculos após a realização do primeiro concurso de beleza, em 1880, o conceito deu um novo salto. A vencedora do Miss IA, uma competição com modelos geradas através de inteligência artificial IA), organizada pelos World AI Creator Awards (WAICA), foi eleita esta quinta-feira, 11 de julho.

Kenza Layli, uma influencer de lifestyle marroquina, ficou em primeiro lugar. Com quase 200 mil seguidores no Instagram e 45 mil no TikTok, levou “diversidade e inclusão” tal como acontece nas legendas das suas imagens.

“Ser Miss IA motiva-me ainda mais a continuar o meu trabalho de avançar com a tecnologia de IA”, disse a vencedora num vídeo com o discurso. ” IA não é apenas uma ferramenta; é uma força transformadora que pode romper as indústrias, desafiar as normas e criar oportunidades onde antes não existiam.”

A concorrente de Marrocos.

Layli foi criada por Myriam Bessa, fundadora da agência Phoenix AI, que vai receber cerca de 5 mil euros. Todas as participantes, criadas por artistas de todo o mundo, vão ser avaliadas por um painel de jurados composto por integrantes humanos e figuras criadas digitalmente como a influente Aitana.

As vice-campeãs foram Lalina Valina, de França, em segundo lugar, e Olivia C, de Portugal, em terceiro. O pódio foi escolhido de um total de 1500 candidaturas de programadores em todo o mundo.

“O evento foi pensado para reconhecer os génios por trás dos melhores falsos influenciadores das redes sociais”, avançou o WAICA. E foi a Fanvue, uma plataforma de criação de conteúdo, que teve a ideia ao notar um enorme crescimento no número de criadores de conteúdos “falsos” desde o final de 2023.

Quem é Olívia C?

Com mais de 10 mil seguidores no Instagram, a influencer é uma “viajante artificial”, criada com recurso à IA pelo estúdio português Falamusa, nas Caldas da Rainha. Nas redes sociais, partilha conteúdos sobre as principais paixões — das viagens à arte, passando pela moda, gastronomia, poesia e música.

Embora Olívia represente uma mulher adulta, nasceu em abril de 2014. “Tudo começou como um desafio às nossas competências técnicas e criativas para construir uma personagem digital verosímil com uma história cativante”, explica Rita Lança à NiT, fundadora da Falamusa.

Não tem apelido completo, nem idade. Apenas sabemos que é filha de pais portugueses, lê escritores como Miguel Torga e adora explorar recantos escondidos no Porto, onde reside. As descrições são enigmáticas e todas elas em inglês, mas é exatamente esse mistério que tem despertado interesse.

Desde o princípio, o Instagram pareceu a escolha óbvia para avaliar o impacto desta criação. A grande exposição a um público “facilmente acessível” permite agora apresentar uma contadora de histórias, que “acaba por ser um reflexo ou extensão da personalidade” da equipa por trás da influencer.

Antes mesmo de pensarem nos traços físicos, os criadores do avatar focaram-se na personalidade. “Queríamos explorar uma narrativa ligada a viagens, ao estilo de uma verdadeira influencier do Instagram”, realça Rita.

Olívia C. é “curiosa, prática, aventureira e um tanto hedonista”, algo que é explorado recorrendo a imagens “andrógenas e subtis, por vezes provocadoras e orgulhosas” de alguém que passa mais tempo em aeroportos do que em casa.

Leia também esteja artigo da NiT para conhecer a história completa da influencer.

Carregue na galeria para ver mais imagens de Olívia C. e descobrir um pouco mais sobre esta “viajante artificial”.

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