PM do RJ promoveu policial condenado pelo assassinato de Amarildo

O PM Luiz Felipe Medeiros, condenado por envolvimento no assassinato de Amarildo, foi promovido para o Comando de Operações Especiais do RJ

atualizado

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ONDE ESTÁ AMARILDO
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A Polícia Militar do Rio de Janeiro promoveu, em maio deste ano, o tenente Luiz Felipe Medeiros para um cargo no Comando de Operações Especiais da corporação. Medeiros foi condenado em 2016 pela morte do ajudante de pedreiro Amarildo, na Rocinha. O caso completa 11 anos neste mês.

O tenente saiu da área administrativa do Centro de Abastecimento de Insumos de Saúde da Polícia Militar para o cargo de coordenador da equipe de Retirada de Barricadas em favelas. A promoção lhe deu uma gratificação de R$ 1,5 mil por mês em seu salário de R$ 15,6 mil, totalizando um novo vencimento de R$ 17,1 mil.

O Comando de Operações Especiais é responsável pela coordenação das unidades operacionais especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro. A instância tem como missão elaborar estratégias, planos e diretrizes para o emprego, distribuição e aplicação do policiamento especial e a função de apoiar, coordenar e fiscalizar o trabalho dos batalhões.

Por estar como coordenador da equipe de Retirada de Barricadas em favelas, Medeiros tem um cargo que o permite ir a campo. O tenente, entretanto, ainda responde um processo da Corregedoria da PM pela participação no assassinato de Amarildo.

Em julho de 2013, Amarildo foi morto, torturado e desaparecido por policiais militares da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). Na época, 12 PMs foram condenados pela Justiça do Rio de Janeiro. Hoje, seis deles ainda atuam na corporação e nenhum dos condenados está preso.

O tenente Luiz Felipe Medeiros foi subcomandante da UPP Rocinha na época do crime. Segundo a Justiça do Rio de Janeiro, ele “não só orquestrou todo o crime junto a Edson [Major e comandante da UPP da Rocinha], como participou pessoalmente da execução”. Ele foi condenado a dez anos e sete meses de prisão, mas foi solto em 2017, um ano após a condenação.

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Guilherme Amado

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