Você já deve ter ouvido falar dos antioxidantes, bem como de seus benefícios para a saúde. Presentes em vários alimentos, esses componentes são fundamentais para o bom funcionamento do organismo, ajudando na prevenção de doenças e no combate ao envelhecimento. Mas você já parou para pensar sobre que os antioxidantes são, de fato?

Em conversa com a coluna Claudia Meireles, a nutricionista Juliana Andrade esclarece que os antioxidantes são substâncias que ajudam a proteger as células do corpo contra os danos causados pelos radicais livres.

“Os radicais livres são moléculas instáveis que podem danificar células, proteínas e até o DNA, influenciando no processo de envelhecimento e no surgimento de várias doenças”, conta.

Ingrid Albuquerque, também nutricionista, explica que esses radicais livres são substâncias produzidas pelo corpo em resposta a fatores como poluição, radiação, tabagismo e até mesmo processos naturais do próprio organismo. Entre as doenças que podem se desenvolver a partir desses danos, podemos falar em câncer, bem como doenças cardiovasculares e neurodegenerativas.

De uma forma mais resumida, os antioxidantes são os “defensores” das células do corpo contra os danos causados por moléculas nocivas, contribuindo para um organismo mais saudável, mais jovem e mais funcional. De acordo com Juliana, alguns exemplos comuns são as vitaminas C e E, além dos chamados compostos bioativos, como o licopeno, o betacaroteno e o resveratrol.

Onde encontrar

Frutas e vegetais são ricos em antioxidantes. “E quanto mais pigmentados, maior é o seu teor nesses alimentos”, compartilha a especialista.

Segundo ela, a forte coloração de um alimento é um bom indicativo nesse sentido. “Foque no açaí, na mirtilo, na cenoura, no cacau, no morango, nos pimentões vermelho e amarelo, na jabuticaba, no espinafre, no tomate, nas uvas e até mesmo o café, a bebida mais queridinha dos brasileiros”, recomenda.

Ingrid acrescenta que a quantidade de antioxidantes é ainda maior em alimentos orgânicos.

A vitamina C, por exemplo, está presente, geralmente, em frutas cítricas, como laranja, limão, acerola, morango e kiwi. A profissional afirma, também, que a vitamina E, por sua vez, é encontrada em nozes, sementes e óleos vegetais, como o azeite de oliva.

Enquanto os vegetais amarelos e laranjas, como cenoura e abóbora, são fontes de betacaroteno, os vermelhos, como tomates, melancia e goiaba, são ricos em licopeno.

Por fim, Ingrid Albuquerque destaca que os polifenóis estão presentes no chá verde, nas uvas, no vinho tinto, no chocolate amargo e em algumas frutas vermelhas, como mirtilos e amoras.

O que os antioxidantes podem fazer pela nossa saúde?

Juliana Andrade assegura que os antioxidantes trazem benefícios para o corpo como um todo. “Eles atuam no combate ao envelhecimento precoce das células, mantendo a pele saudável e reduzindo os sinais de envelhecimento, como rugas e manchas”, diz.

A nutricionista ainda complementa:

“Eles reduzem o dano muscular induzido pelo exercício e aceleram a sua recuperação, melhorando o desempenho esportivo. Também, ajudam a proteger o cérebro, o coração e órgãos fundamentais contra o estresse oxidativo, que está associado a doenças como Alzheimer, Parkinson, catarata, câncer e infartos”.

Diante de todos esses benefícios, Ingrid Albuquerque ainda acrescenta mais alguns, como a redução do risco de doenças inflamatórias e o fortalecimento do sistema imunológico.

Com que frequência se deve ingerir alimentos ricos em antioxidantes?

Para ambas as nutricionistas, eles devem ser consumidos diariamente, por meio de uma dieta balanceada e variada em vegetais. “Cada refeição é uma oportunidade de incluí-los. Lembre-se sempre de pensar na variedade das fontes. A dica prática é colocar o máximo de diversidade de cores no prato”, aconselha Juliana.

“Essa variedade é fundamental, pois diferentes antioxidantes têm diferentes benefícios e funções no organismo. Quanto mais colorido o prato, maior o número de antioxidantes. A recomendação geral é incluir pelo menos cinco porções de frutas e vegetais coloridos ao longo do dia”, sugere Ingrid.

A profissional ainda faz uma recomendação: “Uma porção de fruta no café da manhã, lanche da tarde e ceia (uma fruta diferente em cada uma das 3 refeições) + salada crua ou cozida no almoço e jantar (pelo menos três opções de cores diferentes)”.

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