Antes de dentro da indústria de Alimentos e Bebidas, agora como cliente. Antes em marketing de gastronomia, hoje em marketing de consultoria. Independente da área ou setor, o desafio segue o mesmo e é claro: como garantir não só Diversidade, seja em uma equipe de bar ou um time ágil, mas também Inclusão? E se engana quem acha que são sinônimos ou semelhantes.
Diversidade está no discurso das principais marcas e empresas na atualidade. Inclusive, considera-se que empresas diversas promovem um ambiente de trabalho mais saudável, menor turnover e maior faturamento. Mas quais delas são efetivamente inclusivas?
Monica Berg é uma bartender norueguesa de ascendência coreana, hoje residente em Londres. Ela é uma das figuras mais relevantes da alta coquetelaria mundial da atualidade e para mim, uma das mais inspiradoras e provocadoras figuras em temas como assédio, discriminação, diversidade, inclusão e saúde mental na indústria de bebidas. Não à toa co-criou o Back of House, plataforma digital de denúncia anônima de assédio e discriminação para profissionais de hospitalidade.
Como Monica coloca em sua publicação na CLASS Bar Mag: “(…) para promover inclusão, é necessário não só comprometimento - precisa também de consideração, compreensão e intenção. Mais importante, se baseia em empatia (…)”.
Vale muito a pena a leitura.
Contexto:
Com uma veia altamente empreendedora, Monica também co-fundou o (P)our Project, simpósio educacional que promove o crescimento colaborativo da indústria, a Muyu Liqueurs, marca de licores naturais, e co-fundou o Tayēr + Elementary em Londres, com seu parceiro Alex Kratena. O bar - um dos meus favoritos no mundo e com o conceito e branding geniais - foi new entry no The World's 50 Best Bars 2019 já na 52ª posição, ano em que o SubAstor atingiu sua mais alta posição, logo acima em 51º lugar.
Monica foi a primeira mulher a receber o prêmio Altos Bartenders’ Bartender Award no The World's 50 Best Bars 2019. Antes disso recebeu o Linie Honorary Award 2015 pela sua contribuição ao setor de A&B da Noruega e depois, em 2022, foi nomeada diretora criativa da Campari Group Academy, ampliando ainda mais sua participação e colaboração com a indústria.
Já acompanhava seu trabalho há um tempo, e em 2018 tive a oportunidade de trazê-la ao Brasil, ao lado da californiana Alex Tinoco, então diretora de bar do The Alinea Group para o projeto The Mission, do SubAstor. Essa 2ª edição - das 4 que produzi - foi lançado com o tema The Future is Female, a fim de promover a diversidade, inclusão e reconhecimento de mulheres atrás do balcão.
Sob o mote de “O Brasil através da coquetelaria”, o projeto, que chegou em sua 6ª edição no ano passado, tem “a missão de recepcionar bartenders internacionais para desvendar a biodiversidade brasileira e, juntos, descobrir como seus ingredientes podem ser incorporados na coquetelaria”.
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