Chefe da Ferrari dá explicação para má fase na Fórmula 1

Frédéric Vasseur admitiu que a atualização levada pela Ferrari à Espanha não teve o efeito desejado

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Depois de Mônaco, a Ferrari não teve bons resultados (Foto: BENJAMIN CREMEL / AFP)

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Vivendo uma fase difícil na Fórmula 1, a Ferrari teve mais uma corrida sem brilho no último fim de semana, no GP da Inglaterra. Enquanto Mercedes, McLaren e até Red Bull — que estava um passo atrás das outras — brigaram pela vitória, que ficou com Lewis Hamilton, a equipe italiana não se colocou na luta em nenhum momento e teve como melhor resultado o quinto lugar de Carlos Sainz. Charles Leclerc teve mais um dia desastroso e foi apenas o 14º.

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Segundo o chefe da escuderia, Frédéric Vasseur, a Ferrari voltou a sofrer com os quiques depois de levar atualizações que não tiveram o efeito esperado no GP da Espanha. O francês lamentou os problemas de desempenho, mas disse acreditar que o time está perto de resolver a questão.

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“É um problema aerodinâmico. Trocamos algumas partes e o quique reapareceu na Espanha”, lamentou Vasseur. “Para consertar, você tem um monte de soluções, com ou sem comprometimento de performance. Ou você pode desenvolver uma atualização, e acho que conseguimos chegar lá”, explicou o chefe da Ferrari.

“Vamos ter de lidar com isso na próxima corrida com o carro atual, mas traremos uma atualização o mais rápido possível para reduzir os quiques. Não posso falar sobre 2020, 2021 ou 1994, mas, nos últimos 16 meses, todas as atualizações que trouxemos tiveram uma boa correlação com o que fizemos no túnel de vento. Fazer várias atualizações menores foi um trunfo da equipe no ano passado, mas tivemos um problema com essa”, destacou.

Ciente antes de chegar a Silverstone de que teria problemas, a Ferrari optou então por usar as duas sessões de treinos livres de sexta-feira para testar possibilidades e tentar resolver as questões. Vasseur disse que a decisão de não focar em performance direta foi difícil, mas acertada por parte da equipe.

“Comprometer ou sacrificar as atividades de sexta-feira quando você sabe que está perdendo tempo, esquecer TL1 e TL2 para focar no meio-termo, foi uma decisão muito difícil para a equipe. Estava ainda pior em Silverstone por causa do tempo, e nos colocamos em uma situação complicada. Mas, pelo menos, já sabíamos. Tomamos a decisão antes do fim de semana, acho que foi a correta”, opinou.

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(Foto: BENJAMIN CREMEL / AFP)

Por fim, o francês destacou que os quiques ainda representam um problema para outras equipes em algumas situações porque não aparece nas simulações do túnel de vento. Assim, a equipe só descobre os problemas quando vai de fato à pista.

“A correlação foi boa, o downforce também. Acho que o ressurgimento dos quiques é uma questão para todos, e é um pouco difícil de lidar porque você não tem quiques no túnel de vento. Não quero entrar em detalhes, mas todos temos métricas. Você não pode antecipar que terá mais quiques nesse caminho ou em outro. Saber se isso vai ter um impacto negativo na performance é outra história”, finalizou.

A Ferrari só tem um pódio nas últimas quatro corridas, com Sainz no GP da Áustria — que foi possibilitado pela batida entre Max Verstappen e Lando Norris. Antes disso, o último resultado de destaque foi a vitória de Leclerc em Mônaco no fim de maio. De lá para cá, Charles somou apenas 12 pontos.

Fórmula 1 continua a temporada 2024 entre os dias 19 e 21 de julho, em Hungaroring, com o GP da Hungria.

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