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Cresce oferta de cobertura para cirurgia no seguro de vida; veja opções

Entenda como funciona a proteção conforme os produtos disponíveis no mercado

Jamille Niero

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O mercado de seguros de pessoas, que tem debaixo do seu guarda-chuva os seguros de vida, acidentes pessoais, viagem, prestamista e outros, só cresce no Brasil. Segundo a Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), as seguradoras que operam no ramo arrecadaram R$ 62,5 bilhões em 2023, batendo recorde pelo sétimo ano consecutivo. Somente nos primeiros cinco meses de 2024 um deles, o seguro de vida, alcançou o montante acumulado de R$ 13,64 bilhões, obtendo um crescimento de 16,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, mostram números da Susep (Superintendência de Seguros Privados), reguladora do setor.

Segundo Vinícius Brandão, vice-presidente do CVG-RJ (Clube Vida em Grupo), assim como o seguro para transplantes de órgãos, o produto “cirurgia” faz parte dos que estão “em plena ascensão” no mercado. “É uma alternativa para quem não tem plano/seguro saúde. Ao adquiri-lo e havendo a necessidade de realizar uma cirurgia, o cliente receberá uma indenização para utilizar da forma que preferir”, explica Brandão. Ele observa ainda que “esse produto vem tendo uma procura relevante, principalmente, para profissionais liberais”.

O presidente do CVG-RJ esclarece ainda que o valor que o cliente pagará pelo seguro (o chamado “prêmio”) depende da idade e do capital segurado escolhido, além de o interessado precisar estar em “pleno gozo de sua saúde física e mental”. Outro ponto importante é a carência para utilização do produto (ou seja, para receber a indenização na ocorrência dos riscos previstos no contrato), que segundo Brandão gira em média de 60 dias no caso de doença, não havendo (geralmente) carência para acidente.

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Novidades à vista

A disponibilidade da cobertura para cirurgias varia conforme a seguradora. Há quem ofereça a cobertura dentro do produto doenças graves – assim como como funciona no transplante de órgãos – e há também quem possibilite ao consumidor contratar apenas a proteção para os procedimentos. O fato é que mais seguradoras estão de olho nessa demanda. A Tokio Marine, por exemplo, divulgou recentemente a ampliação da sua cobertura de doenças graves e incluiu no pacote o procedimento de “cirurgia da aorta”.

A SulAmérica é outra seguradora com novidade no segmento. A companhia acaba de anunciar a inclusão da cobertura cirúrgica em seu portfólio de seguro de vida. A cobertura pode ser contratada em planos, a partir de R$ 10, e possui um capital fixo para o cliente receber 100% do valor contratado em caso de necessidade de cirurgias de urgência e emergência, independentemente do custo da operação, informa a seguradora. “A inclusão da cobertura cirúrgica no Vida Flex é mais um passo significativo na nossa missão de oferecer soluções completas e inovadoras para nossos clientes, garantindo que possam enfrentar desafios de saúde com tranquilidade financeira”, comenta Victor Bernardes, diretor de Vida e Previdência da seguradora.

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Na Mapfre, o cliente já pode incluir a cobertura para cirurgias ao contratar o seguro de vida individual há mais tempo. A diretora técnica de seguro de vida da companhia, Hilca Vaz, diz notar que a demanda por essa cobertura tem crescido. Mas faz um alerta para quem busca contratar a cobertura como “complemento” ao plano de saúde, já que no produto da seguradora só estão cobertas as cirurgias não-eletivas. Ou seja, aquelas que não podem ser agendadas e/ou prorrogadas.

“Um produto de cirurgia não é para uma cirurgia de amígdala porque ela não vai afastar o segurado do trabalho, ele não vai precisar de uma renda extra, por exemplo. É para cirurgias de fato maiores, que tenham grande impacto na vida da pessoa. Tem que ficar pelo menos dois dias em internação”, exemplifica a diretora da Mapfre.

Tem seguradora que até cobre cirurgia eletiva, como é o caso da MAG. Mas tem que ter paciência, já que “a carência é de 365 dias para procedimentos programáveis”, conta Thiago Levy, Head de Produtos Invida. No produto da companhia, a carência é de 60 dias para outras doenças e não tem em caso de acidentes. “Esta cobertura é projetada para atender à demanda dos consumidores que buscam segurança e suporte financeiro para procedimentos cirúrgicos. O valor da indenização varia conforme o nível de complexidade do procedimento”, complementa Levy.

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Na MetLife, a cobertura disponível é para doenças graves e procedimentos cirúrgicos, garantindo ao segurado o pagamento de uma indenização em decorrência do diagnóstico de uma doença grave coberta ou da realização de um procedimento médico, pontua Jaime Neto, diretor de Produtos da companhia. Ele conta ainda que a seguradora está “trabalhando em um novo produto” para atender a demanda observada.

De acordo com Neto, houve um aumento na contratação das coberturas de doenças graves pelos clientes individuais, motivados pela pandemia que deixou as pessoas “mais conscientes sobre a necessidade do seguro de vida com proteção em vida”, impactando nas coberturas. Para a MetLife, a tendência de crescimento do mercado se reflete “na crescente procura por produtos de seguro que oferecem cobertura para procedimentos cirúrgicos”. “Os consumidores estão cada vez mais informados e preocupados com os custos elevados das cirurgias e buscam alternativas que lhes proporcionem segurança financeira em momentos mais delicados”, acrescenta o diretor da seguradora. Neto diz ainda observar clientes mais jovens e profissionais liberais entre os perfis que mais buscam a proteção.

Jamille Niero

Jornalista especializada no mercado de seguros, previdência complementar, capitalização e saúde suplementar, com passagem por mídia segmentada e comunicação corporativa