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As ações da LWSA (LWSA3), ex-Locaweb, estiveram entre os destaques de alta do Ibovespa na sessão desta quarta-feira (10). Os papéis LWSA3 fecharam com ganhos de 3,56% (R$ 4,65).
O movimento das ações tem como pano de fundo relatório do BTG Pactual reiterando recomendação de “compra”, com os analistas afirmando que a queda acumulada de 25% no ano – que deixou a ação perto do preço do IPO – não faz sentido e que veem crescimento mais forte da empresa à frente.
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“Nós removemos o ativo do nosso portfólio Small Caps logo após os resultados do quarto trimestre, temendo que a desaceleração do crescimento causada pela reestruturação da Squid prejudicasse as ações, mas a reinserimos no mês passado, depois de atingir níveis que consideramos altamente assimétricos”, apontou a equipe de análise do banco.
O BTG ressaltou gostar de dividir a história da LWSA como empresa listada em 3 fases: i) desde o seu IPO até o 2S21 (quando apresentou crescimento acima da expectativa e isso era o mais importante para o mercado); ii) final de 2021 ao 1T23 (mercado cada vez mais preocupado com a rentabilidade quando entrou ação apresentou forte queda devido a todas as fusões e aquisições, mas continuou apresentando forte crescimento em termos de crescimento); e iii) 2T23 até agora (o crescimento desacelerou acentuadamente, mas as margens começaram a subir para níveis saudáveis).
O BTG aponta ser fundamental compreender as razões da desaceleração. Em 2023, foi o cenário macro (o GMV, volume bruto de mercadorias, Brasil quase não cresceu) e as bases de comparações difíceis devido às receitas inflacionadas da Yapay (recebíveis pré-pagos a taxas não lucrativas). Este ano, a questão é a reestruturação da Squid, provavelmente a sua pior aquisição, afirma a equipe de análise.
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O banco vê um crescimento mais forte no futuro, ainda que aponte cuidado com o crescimento trimestral. “Esperamos que a receita do 2T24 cresça 7% ano a ano, o que não é exatamente inspirador. A reestruturação da Squid prejudicará o crescimento anual durante todo o ano (no primeiro trimestre, corroeu 5p.p. do crescimento). Contudo, quando olhamos para a forma como as coisas estão se comportando trimestre a trimestre, torna-se claro que o crescimento deverá atingir níveis entre 13%-15%, uma vez que a base de comparação esteja ‘limpa’ da reestruturação. Nossa estimativa implica um crescimento de 5% no segundo trimestre ante o período anterior”, avalia.
Uma questão pertinente é se este crescimento esperado de 5% é ajudado pela sazonalidade ou por eventos pontuais. No 2T23, 3T23 e 4T23, a receita da LWSA cresceu sequencialmente 4%, 5% e 5%, respectivamente. Olhando para o passado, para o desempenho do seu negócio principal e já considerando a sazonalidade, o banco pensa que este nível de crescimento trimestral aponta para um crescimento anual de cerca de 13% a 15% numa base mais recorrente (2025).
O banco ainda ressalta que o fluxo de caixa deve disparar; “compre ao som dos canhões”, ressaltou.
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O crescimento tem sido fraco, avalia, mas o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) aumentou 18% ano a ano no primeiro trimestre e o fluxo de caixa 69,5% subiu na mesma base de comparação.
“Acreditamos que o crescimento de fluxo de caixa que a LWSA está preparada para surfar é ignorado pelo mercado e será um poderoso impulsionador para as ações. Acreditamos que ele pode gerar cerca de R$ 200 milhões de fluxo de caixa em 2025, o que significa que é negociado a 11 vezes o valor da empresa sobre o fluxo de caixa livre (EV/FCF). Para o BTG, é muito difícil encontrar uma empresa de tecnologia (mesmo em mercados privados) que seja “caixa líquido”, aumentando as receitas e expandindo de forma interessante as margens Ebitda e fluxo de caixa a este nível.
