Taxas hoje, taxas amanhã, taxas para sempre. Essa frase que remete a um episódio da série “Todo Mundo Odeia o Chris” parece ser o lema do atual governo. Com a necessidade de cortar despesas para equilibrar as contas, as atenções na verdade estão voltadas para o aumento de impostos, algo que certamente não agrada a ninguém, exceto quem irá arrecadar.
Que no nosso país muito se arrecada e pouco é o retorno para a população é fato conhecido. Um levantamento publicado recentemente mostra que o Brasil possui o menor IDH (índice de desenvolvimento humano) entre os 30 países com maior carga tributária e com isso ocupa a última colocação no índice de retorno de bem-estar à sociedade.
Considerando que pouco se vê em melhorias para quem sustenta um Estado cada vez mais sedento, a arrecadação de impostos federais segue batendo recordes e somou R$ 228,9 bilhões no último mês, impulsionada pela cobrança do PIS/PASEP e Cofins. Lembra de quando a esquerda criticava a preocupação com a economia durante a pandemia e dizia que isso deveria ficar em segundo plano? Parece que levaram tão a sério que mesmo sem o surto, o governo Lula tem deficit quase igual ao daquele período.
Se até mesmo alguns que “fizeram o L” já se levantaram para criticar a obsessão dos governistas em calar os críticos e promover a censura enquanto flertam com ditadores e movimentos terroristas, na economia não está sendo diferente. Até mesmo os economistas que incrivelmente acreditaram na política de cada vez maior intervenção estatal no setor econômico sabem que a situação do país está longe de ser tranquila, apesar dos discursos que tentam negar a realidade e já externaram ceticismo e preocupação.
Perdidos entre a vontade extrema de taxar tudo o que conseguirem sem perder o apoio da população, algo praticamente impossível, os membros do governo petista nem sequer sabem o que fazer. Enquanto Haddad e Alckmin criavam argumentos para tentar defender a taxação de compras internacionais de até US$ 50, Lula discursou contrariando seus aliados, já sabendo que isso também terá impacto em sua popularidade, que segue caindo.
Tendo em vista que parece não haver preocupação com o bolso dos brasileiros, com a Globo a história é diferente. A todo tempo o projeto que ficou conhecido como o “PL da Globo” porque propõe a taxação de serviços de streaming e redes sociais mas isenta o Globoplay, volta para a pauta da Câmara. Não foi aprovado até o momento, não só por conta dos nossos esforços na casa legislativa como também e essencialmente pela campanha massiva do povo nas redes sociais. Esse projeto, além de privilegiar alguns em detrimento de outros, contribui para a destruição da mídia independente, que faz jornalismo em vez de assessoria de imprensa, para o monopólio da informação, e claro, para o aumento de impostos.
Com uma lista cada vez maior de cobranças, o painel do impostômetro certamente terá muito mais trabalho pela frente, assim como o brasileiro que precisa trabalhar em média cento e quarenta e sete dias por ano (4 meses e 27 dias) para pagar tributos, sem ver um retorno eficiente e muito menos a transparência que o lulopetismo tanto prometeu. Frases de efeito citando uma eventual gratuidade dos serviços públicos podem até enganar alguns, mas definitivamente não existe almoço grátis, e mesmo pagando muito caro, por aqui infelizmente não há garantia de satisfação dos clientes.
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