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Jill Biden e Joe Biden
Primeira-dama americana Jill Biden discursa em comício à frente do marido Joe Biden, que tenta a reeleição (28 de junho de 2024). Questionamentos sobre o estado de saúde mental do presidente crescem no próprio partido.| Foto: EFE/EPA/STAN GILLILAND

Os democratas estão extremamente preocupados com o estado mental do presidente Joe Biden, algo que tem sido delicioso demais para a imprensa conservadora.

Os democratas e a imprensa tradicional — desculpe-me por repetir — encontram-se entre a Cila de um líder decrépito e o Caríbdis de sua substituta mais provável, a hiena risonha frequentemente descrita como “Madame Vice-Presidente”. (N. do T.: Cila e Caríbdis são personagens da mitologia grega. Cila é uma bela ninfa que se transformou em monstro marinho, Caríbdis era um monstro marinho que impunha uma fronteira à navegação.)

Nós, conservadores, devemos nos conter para não observarmos com muito prazer a esquerda se despedaçando. Este ciclo de notícias pode dar à direita uma falsa sensação de segurança.

A imprensa conservadora sente-se vingada ao ver finalmente a imprensa tradicional admitindo o que sempre cobrimos: o estado mental de Biden é um problema sério, e pode até ser desqualificante.

É um grande momento de “eu avisei”, mas o que a imprensa tradicional dá, ela pode facilmente tirar.

A colunista da CNN Jill Filipovic revelou como “membros da imprensa se sentem zangados e traídos” pela maneira como a Casa Branca supostamente escondeu a senilidade de Biden antes do terrível desempenho do presidente no debate de 27 de junho.

“Muitos de nós confiávamos demais na equipe de Biden quando insistiam que ele estava bem”, admitiu Filipovic. “O debate deixou muito claro que ele não está bem”, e “acho que há um ressentimento crescente por sermos enganados”.

Ela sugeriu que a imprensa tradicional foi enganada, mas então a articulista revelou suas verdadeiras intenções.

“Para deixar claro, a equipe de Biden poderia fazer um verdadeiro ‘Um Morto Muito Louco’ com ele ou enviar três crianças dentro de um casaco para o próximo debate, e eu ainda votaria em Biden em vez de Donald Trump, e incentivaria todos a fazerem o mesmo”, escreveu Filipovic.

O filme de 1989 “Um Morto Muito Louco” apresentava uma piada recorrente de dois funcionários jovens sustentando o cadáver de seu empregador morto, Bernie, em sua luxuosa casa de praia. Fazer um “Um Morto Muito Louco” com Biden significaria que a Casa Branca simplesmente carregaria seu cadáver e falaria em seu nome, agindo como se ele ainda estivesse vivo. Filipovic disse que prefere isso a Trump retornando à Casa Branca.

Da mesma forma, a apresentadora da MSNBC Joy Reid disse que votaria em “Biden em coma” em vez de Trump, porque ela está focada em “manter Hitler fora da Casa Branca”.

Esses sentimentos revelam o problema subjacente: a imprensa tradicional tem procurado uma desculpa para ser “enganada”, não porque são ingênuos, mas porque a questão da acuidade mental de Biden é politicamente inconveniente. A imprensa tradicional tem ajudado e incentivado o esforço para desconsiderar preocupações sobre a idade de Biden por anos — e só agora percebem que a farsa acabou.

Jornalistas conservadores, enquanto isso, têm abordado essa questão há anos, e estamos um pouco exasperados ao ver a imprensa tradicional finalmente decidir que não pode mais esconder isso. Eles finalmente abriram os olhos para a verdade óbvia bem diante deles, depois de anos demonizando aqueles de nós que não estavam cegos até ontem.

Seu reconhecimento tardio da realidade seria encorajador se eles realmente levassem a questão a sério. Biden pode estar frágil demais para desempenhar as funções de seu cargo — não apenas em janeiro de 2025, mas agora mesmo. Esta é uma preocupação séria, séria o suficiente para que o deputado Chip Roy (republicano do Texas) — nem um pouco fã da vice-presidente Kamala Harris — esteja disposto a pedir que Harris se torne presidente interina sob a 25ª Emenda da Constituição, porque os Estados Unidos não podem se dar ao luxo de ter um fantoche no comando enquanto enfrentamos turbulências econômicas em casa e guerras no exterior.

“Um Biden Muito Louco” não é uma opção, e é bastante revelador que muitos na mídia tradicional que afirmam terem sido enganados pela Casa Branca dizem abertamente que estão dispostos a ser enganados novamente por conveniência política.

Eles podem fingir indignação por supostamente serem enganados até ficarem roxos de raiva, mas a verdade é que preferem um cadáver na Casa Branca a Donald Trump. Agora, Biden está deixando claro que não vai sair voluntariamente, o que significa que Filipovic e Reid podem ter que voltar a ser “enganadas”.

É “Um Biden Muito Louco” ou nada.

©2024 The Daily Signal. Publicado com permissão. Original em inglês.

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