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CGU vai investigar possíveis irregularidades em leilão de arroz
A Controladoria-Geral da União informou que a investigação foi instaurada após um pedido da Conab, responsável pelo leilão.| Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil.

A Controladoria-Geral da União (CGU) e a Polícia Federal abriram nesta quarta-feira (12) uma investigação para apurar possíveis irregularidades no leilão feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) para importação de arroz. O certame, realizado na semana passada, foi anulado após empresas que não operam no setor vencerem o processo.

Em nota, a CGU informou que a investigação foi instaurada após um pedido da Conab. “A Companhia solicitou à CGU, por meio de ofício, que apurasse a regularidade do procedimento de leilão e se colocou à disposição para ajudar nas investigações, disponibilizando os documentos necessários”, disse a Controladoria.

A CGU afirmou ainda que “Conab está conduzindo suas próprias investigações internas por meio de sua Corregedoria e também acionou a Polícia Federal para auxiliar no esclarecimento dos fatos”.

Para Controladoria, “essas medidas demonstram um esforço conjunto entre as instituições para garantir a transparência e a correção dos processos envolvidos na importação do arroz”.

A Polícia Federal confirmou o pedido e disse que "recebeu ofício da presidência da Conab solicitando a apuração da regularidade do processo licitatório, diante de denúncias de que empresas sem histórico de atuação no mercado de cereais venceram o certame". A investigação, no entanto, será feita em sigilo.

O governo federal anunciou a aquisição de arroz importado em razão das fortes chuvas no Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do cereal no país. Ao todo, o governo “encomendou” mais de 263 mil toneladas de arroz importado pelo valor de R$ 1,3 bilhão.

Três das quatro empresas que venceram o certame não eram do setor. Após anular o leilão, o Executivo anunciou que deve elaborar um novo edital para a compra de arroz importado. A confusão em torno do processo de aquisição gerou a demissão do secretário nacional de Política Agrícola, Neri Geller.

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