Santo António já lá vai e mal terminam as festas populares de Lisboa começa a contagem decrescente para o São João, que no Porto se assinala a 23 de junho e é um dos pontos altos da vida da cidade, com os hotéis a registarem, por esta altura do ano, uma elevadíssima taxa de ocupação.
Para viver em pleno este dia de pura magia popular não precisa muito mais do que de boa disposição e o famoso martelinho de plástico.
Esta é uma festa cheia de tradições, uma das quais ditava que cada pessoa na noite de São João deveria usar um Alho-Porro para 'bater' na cabeça do vizinho do lado. Nos anos 70, a planta passou a ser substituída pelos martelos, que é agora um dos acessórios-chave para o São João.
Mas mais importante do que isso, é sair para a rua para celebrar. A festa faz-se nos bairros mais típicos da cidade, como Fontainhas, Miragaia ou Massarelos, onde os arraiais mais típicos são erguidos para os mais animados bailaricos, que contam normalmente com vários cantores nacionais, habituados a pôr toda a gente a dançar.
Entre as tradições, nos bairros mais típicos ainda há quem salte sobre a fogueira, mas o que é imperdível é o lançamento dos balões de São João, bem como o espetáculo de fogo de artifício junto ao Douro.
"Como habitualmente, temos uma programação ao gosto de todos. Vai do popular ao erudito, do tradicional ao cosmopolita, do bairrista ao multicultural", explicou o presidente da Câmara do Porto sobre a edição deste ano, que teve um investimento de mais de 600 mil euros.
Para animar a festa há vários artistas a passar pela cidade, como é o caso de Ana Moura, Augusto Canário ou Fernando Correia Marques, no dia 23.
Já na véspera, à noite, decorrem as tradicionais rusgas, que mais não é do que o desfile de todos os grupos que representam as freguesias e uniões de freguesias.
