Notícia

A FLASH! já está no WhatsApp.
Siga-nos!
Seguir
covid 19

Farto do isolamento, Cláudio Ramos desabafa: "Não gosto deste silêncio. É o silêncio frio e desumano"

Com a vida profissional suspensa, o apresentador deixou uma mensagem de reflexão nas redes sociais a propósito das ruas desertas da cidade de Lisboa.
06 de abril de 2020 às 10:24
As fotos mais provocadoras de Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos
Cláudio Ramos deixou um desabafo nas redes sociais este domingo, assumindo estar assustado com a pandemia da covid-19 e o consequente isolamento social, que parece não ter fim à vista.

"É domingo. Acordamos, vamos à janela e afinal não é domingo. É o dia igual a ontem e antes de ontem. Já não há Domingos como antigamente. Não escuto barulho de gente na rua, não há carros, não há chapéus de chuva a atropelarem-se nem malas de viagem a arrastar no chão", começou por escrever o apresentador, que viu o seu novo desafio profissional, o 'Big Brother 2020', adiado por tempo indeterminado.

View this post on Instagram

... É domingo. Acordamos, vamos à janela e afinal não é domingo. É o dia igual a ontem e antes de ontem. Já não há Domingos como antigamente. Não escuto barulho de gente na rua, não há carros, não há chapéus de chuva a atropelarem-se nem malas de viagem a arrastar no chão. As mercearias não abrem ao domingo, como não abriram ontem nem antes de ontem. As esplanadas que eram feitas de gente, são feitas de cadeiras amontoadas em cima umas das outras e amarradas como se pudessem sair para sentar alguém. Não há uma buzina ao fundo nem sequer o rádio dos homens da obra. Há silêncio. Há um silêncio que assusta porque não sabemos quando acaba. Do barulho de antigamente não há nada. Hoje, o espaço é ocupado nesta rua pelos pássaros que falam entre si. É o único barulho que se escuta alternado com o dançar dos ramos das árvores ou de folhas que se arrastam no chão. Apuramos o ouvido e continuamos a escutar silêncio. Silencio e, de tempo a tempo, o sino da igreja. Eu gosto de silêncio. Estou acostumado a Ele fora de Lisboa. Mas não gosto deste silêncio. É o silêncio frio e desumano... Vou para dentro. É em casa que teremos de estar. Eu, que não gosto de barulho, acho que nunca pedi tanto, escutar o barulho da rotina misturada com gente, como agora. Bom domingo a todos . #euficoemcasa #vaificartudobem #euclaudio #claudioramos

A post shared by Claudio Ramos (@claudio_ramos) on



"As mercearias não abrem ao domingo, como não abriram ontem nem antes de ontem. As esplanadas que eram feitas de gente, são feitas de cadeiras amontoadas em cima umas das outras e amarradas como se pudessem sair para sentar alguém. Não há uma buzina ao fundo nem sequer o rádio dos homens da obra. Há silêncio. Há um silêncio que assusta porque não sabemos quando acaba. Do barulho de antigamente não há nada. Hoje, o espaço é ocupado nesta rua pelos pássaros que falam entre si. É o único barulho que se escuta alternado com o dançar dos ramos das árvores ou de folhas que se arrastam no chão", continuou. 

View this post on Instagram

.... A minha vida toda da janela vi verde, ouvi pássaros, vi gente, senti vida. Crescer no campo dá a noção que a janela é uma extensão do resto. Na cidade não é assim. Na cidade a janela é uma janela e o resto é o resto. Não vejo o verde que queria, não escuto os sons que gostava, não respiro o ar que respiro no campo... não me estou a queixar. Era o que faltava! Mas desafiaram-me a contar o que via estes dias da minha janela. Já disse o outro dia, da minha janela vejo a Esperança de amanhã. Vejo a coragem de quem não pode estar hoje à janela para estar a trabalhar fora de casa porque fizeram um juramento que cumprem honradamente para o bem de todos nós. Vejo os que não juraram, mas precisam ir para que o País não fique sem o que precisa de mínimo e básico e isso só se consegue com profissionais que estão onde precisam estar à hora que sempre estiveram. Escuto poucas vozes e se fechar os olhos visualizo a normalidade a chegar mas diferente do que era a nossa normalidade. Na minha janela vejo o sol. Depois a sombra. Sinto o sol. Depois o vento. Vejo telhados e outras janelas com histórias lá dentro... O que vejo da minha Janela é isto, misturado com as saudades da visão que sempre tive da janela da minha vida. E vocês? O que vêem da vossa janela? . #ficoemcasa #vaificartudobem #euclaudio #claudioramos

A post shared by Claudio Ramos (@claudio_ramos) on



"Apuramos o ouvido e continuamos a escutar silêncio. Silencio e, de tempo a tempo, o sino da igreja. Eu gosto de silêncio. Estou acostumado a Ele fora de Lisboa. Mas não gosto deste silêncio. É o silêncio frio e desumano... Vou para dentro. É em casa que teremos de estar. Eu, que não gosto de barulho, acho que nunca pedi tanto, escutar o barulho da rotina misturada com gente, como agora", concluiu.

Saber mais sobre

Vai gostar de

você vai gostar de...