Júlio Magalhães, o "tipo porreiro" que assume ter ficado sozinho quando saltou fora da televisão
Na próxima sexta-feira, 19, vai fazer um mês que Júlio Magalhães está afastado do público e com o trabalho suspenso na TVI/CNN Portugal, assim como na Rádio Observador, na sequência da Operação Maestro, uma investigação por suspeita de fraude.
O principal visado da investigação é o empresário do Porto Manuel Serrão, amigo de longa data e sócio do pivô da CNN Portugal, que é suspeito de ter liderado um esquema com uma rede de empresas para beneficiar de fundos europeus. Os ganhos supostamente ilícitos poderão ser de quase 39 milhões de euros, entre 2015 e 2023.
Segundo a 'Nova Gente', Júlio Magalhães estava a trabalhar na manhã em que foi surpreendido com uma chamada da PJ, que queria fazer buscas à sua casa de Lisboa. Depois de entregar as autoridades alguns dos seus bens, o pivô partiu para junto da família no Porto e suspendeu as funções na TVI/CNN Portugal e Rádio Renascença, onde recebia ordenados de 10 mil euros mensais (na TVI) e 3500 euros (na Rádio Observador).
A TVI já fez saber que Júlio Magalhães tem o seu lugar guardado caso prove a inocência perante a Justiça, no entanto, até ao momento, a Operação Maestro não fez quaisquer detenções nem arguidos, o que deixa a vida do pivô em suspenso, sem trabalhar e sem poder defender-se.
Esta semana, houve duas novas revelações sobre a Operação Maestro. O processo judicial foi entregue ao Juízo Central Criminal de Guimarães, noticiou o jornal local 'O Comércio de Guimarães'. E o caso vai ser alvo de um inquérito também do governo.
O ministro adjunto e da Coesão Territorial, Manuel Castro Almeida, disse esta esta sexta-feira, 12, no 'Expresso da Meia Noite' que vai lançar um inquérito interno ao caso.
"Estou a estudar as coisas do ponto de vista jurídico, mas provavelmente na próxima semana vamos mandar fazer um inquérito a essa situação para apurar se os serviços públicos responsáveis têm responsabilidade nessas fraudes que vieram a público", afirmou o novo ministro.
Os crimes investigados são de fraude fiscal qualificada, branqueamento de capitais e abuso de poder que lesaram os interesses financeiros da União Europeia e do Estado português.