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Profissionais de Inteligência criticam o termo ‘Abin paralela’ por destruir a imagem do órgão

De acordo com a entidade, os desvios de conduta são de pessoas de fora da corporação

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Foto do author Jean Araújo
Atualização:

A União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis) publicou uma nota nesta quinta-feira, 11, criticando a nomenclatura “Abin paralela”, utilizada para se referir à investigação da Polícia Federal (PF). De acordo com a associação, a vinculação do nome da entidade ao termo “paralelo” é algo errôneo, pois os fatos mostram que os responsáveis são “pessoas externas às carreiras de Inteligência”.

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A Intelis diz lamentar a reincidência cíclica de ocorrências que mancham a imagem da Inteligência Estatal a partir de ações de agentes de fora da corporação, os quais depois de saírem de seus cargos “deixam os ônus de suas ações para os servidores orgânicos”. A corporação afirma esperar que os responsáveis paguem pelos desvios.

“As crises se sucederão e atores externos seguirão destruindo a imagem e as capacidades do imprescindível serviço de Inteligência republicano do Brasil”, diz o texto.

A estrutura revelada pela Operação Última Milha ficou conhecida como “Abin paralela” por ser uma investigação sobre como parte da estrutura da Agência Brasileira de Inteligência, durante o governo de Jair Bolsonaro, foi utilizada para monitorar ilegalmente autoridade públicas e produzir notícias falsas.

Em uma nova fase iniciada nesta quinta-feira, 11, a PF cumpriu 5 mandatos de prisão preventiva. A ação tem como alvo o ex-chefe do órgão e atual deputado federal Alexandre Ramagem, além de influenciadores ligados ao gabinete do ódio.

Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), em Brasília Foto: Wilton Junior/Estadão
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