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    PF faz operação contra ex-servidores da Abin e influenciadores do “gabinete do ódio” por espionagem ilegal

    Operação Última Milha cumpre cinco mandados de prisões preventivas e sete de busca

    Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). em Brasília (DF)
    Sede da Agência Brasileira de Inteligência (Abin). em Brasília (DF) Antonio Cruz/Agência Brasil

    Elijonas MaiaBrenda Silvada CNN Brasília

    A Polícia Federal (PF) cumpre nesta quinta-feira (11) cinco mandados de prisão contra ex-servidores cedidos da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e influenciadores digitais do chamado “gabinete do ódio”, na quarta fase da operação de espionagem na instituição, chamada de Operação Última Milha.

    Há mais sete mandados de busca e apreensão em andamento. As ações ocorrem em cinco cidades: Brasília, Curitiba, Salvador, São Paulo e Juiz de Fora (MG).

    O objetivo da operação é desarticular uma organização criminosa responsável por monitorar autoridades públicas de forma ilegal e produzir notícias falsas utilizando os sistemas da Abin.

    Segundo a PF, membros dos Três Poderes e jornalistas foram alvos de ações do grupo, incluindo a criação de perfis falsos e a divulgação de fake news.

    A organização também acessou ilegalmente computadores, aparelhos de telefonia e infraestrutura de telecomunicações para monitorar pessoas e agentes públicos.

    Os alvos podem responder pelos crimes de organização criminosa, tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito, interceptação clandestina de comunicações e invasão de dispositivo informático alheio.

    A CNN apurou que um dos alvos da PF é um agente da instituição que já figura na investigação: Marcelo Araújo Bormevet.

    Ele é agente da PF desde 2005 e atualmente está suspenso de exercer suas funções públicas em virtude de decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF, de 25 de janeiro de 2024, relacionada com a investigação sobre a “Abin paralela”.

    Em abril, a Controladoria-Geral da União (CGU), abriu processo administrativo contra ele, conforme mostrou a CNN. A reportagem tenta contato com a defesa de Bormevet.