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    “Não há problema de segurança presidencial que não possa ser resolvido pelo GSI”, diz ministro

    Ao CNN Entrevistas, chefe do GSI, general Amaro, disse que de sua parte não tem "queda de braço" com Polícia Federal

    Jussara SoaresGustavo Uribeda CNN

    Brasília

    O ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marco Antonio Amaro, nega que haja uma disputa entre a pasta e a Polícia Federal pela segurança do presidente Luiz Inácio Lula das Silva (PT) e seus familiares. Nos bastidores, porém, o assunto ainda é tratado como um tema sensível entre militares e policiais federais.

    Ao CNN Entrevistas, o ministro afirmou que, da parte dele, nunca houve uma “queda de braço” com a PF e disse que “não há problema de segurança presidencial que não possa ser resolvido pelo GSI”. General Amaro classificou o relacionamento dele com o diretor-geral da PF, Andrei Rodrigues, como cordial.

    Em meio à desconfiança com militares após o fim do governo de Jair Bolsonaro (PL), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ainda na transição, entregou sua segurança pessoal para a Polícia Federal.

    O trabalho só foi devolvido ao GSI em junho do ano passado, quando general Amaro já havia assumido a pasta. O primeiro ministro do GSI, general Gonçalves Dias, demitiu-se em abril de 2023 após desgaste com a divulgação de imagens da atuação dele durante a invasão do Palácio do Planalto nos ataques de 8 de janeiro, reveladas pela CNN.

    “Sempre conversei com o Andrei Rodrigues desde o primeiro momento, nunca tivemos problema. Sempre foi um tratamento cordial, amistoso, pacífico, sem nenhum problema. Quanto à queda de braço, eu nunca tive queda de braço com relação a isso. Quando eu assumi, tinha um prazo do decreto até 30/06. E foi o prazo que o presidente estabeleceu. Da minha parte não houve queda de braço e meu tratamento com o Andrei Rodrigues continua bem. E não tem nenhum problema de segurança presidencial que não possa ser resolvido pelo GSI”, disse.

    Em meio à disputa entre militares e policiais, o governo criou um sistema híbrido para a segurança de autoridades e familiares. Com isso, passou ser uma decisão pessoal se a segurança seria feita pelo GSI ou pela PF. Atualmente, a segurança da primeira-dama Janja Lula da Silva é feita por policiais.

    “Ficou definido que teria uma solução híbrida pelo presidente, que se deixou a cargo de cada dignatário se manteria ou mudaria. O presidente, vice-presidente, familiares dos dois ficaram com a segurança do GSI como era tradicional. A primeira-dama preferiu ficar com a segurança da PF. Não há nenhuma dificuldade nessa sistemática”, disse o ministro.

    Não pleiteio a Abin, diz ministro

    Ainda na esteira das desconfianças sobre a atuação do GSI durante a gestão Bolsonaro, o governo Lula passou a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para o guarda-chuva da Casa Civil.

    À CNN, general Amaro afirmou que a Abin ficar com o GSI ajuda na fluidez das informações, mas que, neste momento, não pleiteia a volta da Abin para a sua pasta.

    “Eu não pleteio porque o presidente da República que tomou a decisão. Tomada uma decisão, nós cumprimos e não retomamos a discussão. Várias das atribuições do GSI são melhor resolvidas com a participação da Abin. Estando fora do GSI, nós queremos que continue fluindo. Para mim, ficaria melhor, mais fácil estando a Abin no GSI. Agora, não pleiteio, porque a decisão foi tomada. é uma questão que quando o presidente ou a Casa Civil voltarem a discutir o assunto, nós colocaremos a nossa posição”, disse.