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    Emmanuel Macron nega pedido de renúncia de premiê francês

    Partido de centro de Gabriel Attal perdeu maioria parlamentar na eleição de domingo

    Gabriel Attal observa enquanto presidente da França, Emmanuel Macron, fala durante visita a escola em Orange, no sudeste da França
    Gabriel Attal observa enquanto presidente da França, Emmanuel Macron, fala durante visita a escola em Orange, no sudeste da França 01/09/2023 Ludovic Marin/Pool via REUTERS

    Tassilo Hummelda Reuters

    O presidente francês Emmanuel Macron negou o pedido de renúncia do premiê e aliado político, Gabriel Attal.

    Num comunicado, o Palácio do Eliseu afirma que “o Presidente pediu que Attal continue como primeiro-ministro por enquanto para garantir estabilidade ao país”.

    Attal havia entrado no gabinete do presidencial nesta segunda-feira (8) para apresentar a sua demissão após eleições parlamentares nas quais o campo político do governo perdeu o seu papel como o partido mais forte à esquerda num parlamento dividido.

    Attal já havia sinalizado a medida no domingo (7) – que segue a tradição política francesa – dizendo que estava preparado para permanecer no cargo por mais tempo como interino, mas que cabia ao presidente decidir.

    Virada surpreendente da esquerda

    A Nova Frente Popular, coalização de esquerda da França, conquistou 182 assentos no parlamento, indicou a apuração dos votos do segundo turno das eleições legislativas do país. A aliança centrista de Emmanuel Macron, o Ensemble, ficou em segundo lugar, com 168 assentos. Já o Reunião Nacional, da ultradireita, conquistou 143 vagas.

    Nenhuma das três coalizões conseguiu maioria absoluta de 289 assentos. Portanto, a formação de um novo governo deverá ser negociada.

    A França registrou alta participação dos eleitores no segundo turno, o que resultou numa mudança do resultado em relação ao primeiro turno, e a maioria das cadeiras ficou com a coalizão de esquerda Nova Frente Popular.

    As eleições foram antecipadas pelo presidente francês, Emmanuel Macron, depois que seu partido de centro perdeu espaço para a ultradireita no Parlamento Europeu.

    Mas a aposta de Macron colocou a França agora num impasse em relação à governabilidade.

    A eleição deixará o parlamento francês dividido em três grandes grupos, com plataformas extremamente diferentes e nenhuma tradição de trabalho conjunto.