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    Netanyahu deve ser investigado por falhas no ataque do Hamas, diz ministro da Defesa

    Yoav Gallant pediu inquérito estatal que apure "aqueles que tomam decisões e aqueles que as executam, o governo, os militares e as agências de segurança"

    Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant em Tel Aviv
    Benjamin Netanyahu e Yoav Gallant em Tel Aviv 28/10/2023 ABIR SULTAN POOL/Pool via REUTERS

    Maayan LubellAri Rabinovitchda Reuters

    O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, pediu nesta quinta-feira (11) um inquérito estatal sobre as falhas em torno do ataque do Hamas, em 7 de outubro de 2023, destacando que tanto ele quanto seu chefe, o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, devem ser investigados.

    Gallant fez os comentários em uma cerimônia de formatura para novos oficiais militares, que também contou com a presença de Netanyahu, cujo governo de coalizão sofre com conflitos internos.

    O inquérito “deve ser objetivo, precisa investigar todos nós, aqueles que tomam decisões e aqueles que as executam, o governo, os militares e as agências de segurança”, destacou o ministro.

    “Deve me investigar, o ministro da Defesa, deve investigar o primeiro-ministro”, comentou Gallant, sob aplausos da multidão.

    Netanyahu rejeitou pedidos anteriores para formar um inquérito sobre o ataque de 7 de outubro, que pegou Israel desprevenido e desencadeou a guerra na Faixa de Gaza.

    Segundo o premiê, a apuração sobre o que aconteceu devem ser realizados assim que a guerra terminar.

    Somente o governo pode decidir formar uma comissão estatal de inquérito. O presidente da Suprema Corte escolhe seus membros.

    Gallant rompeu com Netanyahu anteriormente

    Ano passado, após meses de protestos nacionais contra os planos do governo de restringir os poderes da Suprema Corte, Gallant disse que a legislação proposta deveria ser deixada de lado, alertando que a disputa pública poderia prejudicar a segurança nacional.

    Netanyahu o demitiu imediatamente, fazendo com que dezenas de milhares de israelenses fossem às ruas em apoio a Gallant. O premiê voltou atrás e manteve Gallant manteve no emprego.

    O ministro da Defesa entrou em conflito com Netanyahu sobre a estratégia para a Faixa de Gaza, levando alguns membros do partido do primeiro-ministro, o Likud, a pedirem que ele fosse demitido.