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    Brasil cai 71 posições em ranking mundial de doações; Indonésia é a mais generosa

    À CNN Rádio, Paula Fabiani, CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social, responsável pelo estudo, explicou os motivos para redução das doações

    Rovena Rosa/Agência Brasil

    Amanda Garciada CNN

    O Brasil caiu 71 posições e hoje é o 89º país que mais fez doações em 2022, segundo o World Giving Index, ranking que contabiliza as nações mais generosas do mundo.

    A Indonésia é a mais generosa pelo sexto ano consecutivo, seguida pela Ucrânia e Quênia.

    À CNN Rádio, a CEO do Instituto para o Desenvolvimento do Investimento Social Paula Fabiani, responsável pelo estudo no Brasil, explicou os motivos para a queda.

    Em 2022, o País teve redução em todos os indicadores.

    As doações para ONGs passaram de 41% para 26%; a ajuda a estranhos teve queda de 76% para 64%; e o voluntariado passou de 25% para 21%.

    Ao mesmo tempo em que 2021 foi o ano com a melhor performance, em meio à pandemia, o ano passado reflete “instabilidade econômica e os momentos de incerteza e desconfiança com a eleição presidencial.”

    “É natural que as pessoas se preocupem mais consigo mesmas do que com os outros”, afirmou Paula Fabiani.

    De acordo com ela, o Brasil “segue sendo relativamente generoso”, em linha com os anos antes de 2020.

    A especialista defende que “uma sociedade civil vibrante depende de doações.”

    “ONGs são importantes para controle social e uma sociedade doadora é essencial para melhores práticas democráticas”, completou.

    Veja mais: Apenas metade das doações de órgãos no país são autorizadas por famílias, diz especialista

    Como melhorar as doações

    Segundo Paula, há otimismo para que o Brasil tenha um aumento nas doações, mas há formas de incentivar essa vertente.

    “Um fator importante é o ambiente regulatório para doação, incentivos fiscais e tributários promovem as doações”, disse.

    Ela reforçou que o Brasil tem incentivos generoso como a Lei Rouanet e a Lei Geral de Esportes, mas que são “burocráticos e afastam doadores”.

    *Com produção de Isabel Campos