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    Maurício Noriega
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    Maurício Noriega

    Mauricio Noriega é um dos jornalistas esportivos mais reconhecidos do país. Ganhou o prêmio ACEESP de melhor comentarista esportivo de TV seis vezes.

    O que a Seleção Brasileira precisa para passar pelo Uruguai?

    Sem Vini, suspenso, time dependerá do “Raio” para ter controle de jogo, se quiser ganhar da Celeste

    Dorival Júnior durante o empate do Brasil com a Colômbia
    Dorival Júnior durante o empate do Brasil com a Colômbia Flickr/CBF

    A Seleção Brasileira decepcionou no primeiro grande desafio em jogos oficiais sob o comando de Dorival Júnior. Embora tenha empatado com a Colômbia e se classificado para as quartas de final da Copa América, o time foi dominado em boa parte do duelo, teve pouca criatividade e ainda perdeu seu melhor jogador para o duelo contra o Uruguai. Vinícius Júnior levou o segundo cartão amarelo e não enfrentará os uruguaios.

    O Brasil pode reclamar da péssima arbitragem conduzida pelo venezuelano Jesús Valenzuela. Ele não marcou um pênalti claro de Muñoz em Vini Jr, quando o time brasileiro vencia por 1 a 0. O erro não serve para justificar a atuação fraca do time brasileiro.

    Faltou controle emocional a Vini Jr. Ele foi driblado por James Rodriguez, num lance em direção ao gol colombiano, sem nenhum perigo, e levou a mão ao pescoço do adversário. Além de criar uma chance de gol para a Colômbia (James cobrou a falta no travessão), um jogador com o perfil de Vini Jr, acostumado a sofrer faltas e ciente de sua importância, tem que estar pronto para ser driblado sem perder o controle e precisa reclamar menos.

    Outros dois dos principais jogadores brasileiros ficaram devendo: Rodrygo e Lucas Paquetá. O “Raio”, companheiro de Vini Jr no Real Madrid, teve atuação dispersa e aceitou a marcação adversária. Paquetá foi na mesma toada. Sinal de alerta para a falta de criatividade do meio-campo brasileiro. É no setor em que se pensa o jogo que o Brasil está mais fraco. João Gomes e Bruno Guimarães produziram pouco ofensivamente e foram engolidos pela dinâmica de jogo e o toque de bola da Colômbia.

    De positivo para o Brasil ficou a boa atuação de Raphinha. Além do belo gol (o primeiro de falta da Seleção desde 2019), ele não se omitiu, buscou os dribles e foi muito perigoso nas jogadas de bola parada.

    Para vencer o Uruguai, no sábado (6), o Brasil tem que dar um salto de qualidade. O adversário foi o melhor time da primeira fase. Teve 100% de aproveitamento, como a Argentina, com um ataque mais positivo: nove gols, quatro a mais que o vizinho de Rio da Prata.

    Além de encontrar um substituto para Vini Jr, Dorival tem que solucionar o problema da falta de criatividade no meio-campo. Uma das hipóteses passa pela entrada de Savinho ou Endrick no ataque, e o recuo de Rodrygo para o meio. O camisa 10 da Seleção tem que adotar a postura que o peso e a importância desse número representam.

    O time brasileiro pressionou a Colômbia com marcação forte, mas pouco teve o controle da partida. Principalmente no segundo tempo, quando sucumbiu ao toque de bola do adversário.

    O Uruguai tem um time rápido e talentoso. Passa da defesa ao ataque velozmente, sem enrolações. Conta com vários talentos em boa fase, como De La Cruz, Arrascaeta, Darwin Núñez, Maxi Araújo, Valverde e Bentancur. Em relação ao Brasil, ainda se destaca pelo jogo eficiente dos laterais Nández e Viña, que marcam bem e atacam bastante.

    No último encontro entre as seleções, em 17 de outubro de 2023, o Uruguai venceu por 2 a 0, pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo, em Montevidéu. Foi a partida em que Neymar sofreu as graves lesões no joelho esquerdo que o afastaram do futebol.

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