A venda de uma mansão de luxo em leilão, situada na Quinta da Marinha, em Cascais, e onde em 2016 foram encontrados três milhões de euros e três milhões de dólares (cerca de 2,7 milhões de euros) em notas, rendeu ao Estado 11,2 milhões de euros. O imóvel pertenceria a um ministro congolês.

Trata-se, segundo noticiou o Jornal de Negócios, de uma moradia T7 com três pisos, piscina, sala de jogos, sala de cinema com 11 poltronas, várias casas de banho, uma das quais com sauna e banho turco, e um ginásio, entre muitas outras comodidades. 

O leilão, colocado no mercado a 5 de junho por um valor base de aproximadamente 9,8 milhões de euros e um mínimo de 8,3 milhões de euros, terminou na manhã desta quarta-feira às 10h00, na plataforma e-leilões. Um pouco antes do prazo-limite, a última oferta não chegava ao valor mínimo fixado, mas um despique aceso levou ao valor final de 11.177.463,49 euros, acrescenta o 'Negócios'.

O leilão foi promovido pela justiça portuguesa, que apreendeu a mansão de luxo em 2016, no âmbito da operação Rota do Atlântico, o que levou à detenção dos empresários José Veiga e Paulo Santana Lopes, irmão do antigo primeiro-ministro. Estão ainda em causa suspeitas de corrupção no comércio internacional, tráfico de influências, participação económica em negócio, associação criminosa, fraude fiscal e branqueamento de capitais, em negócios que envolvem Portugal, o Brasil e a República do Congo.