O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, defendeu na quinta-feira a operação do ex-ministro das Finanças Fernando Medina com a Águas de Portugal (AdP), que permitiu ao Estado apresentar uma dívida pública abaixo dos 100% do PIB, com o socialista a sublinhar que "o Estado não está a tirar dinheiro que não é do Estado", dado que a empresa é pública.
"O acionista é o Estado e quem gere o Estado são os governantes, em cada momento foram eleitos para essas funções e tomam op- ções políticas", sublinhou o líder do PS, que saiu em defesa do antigo opositor interno.
"Há um trabalho que deixou as contas públicas saudáveis e equilibradas", apontou o secretário-geral, que considerou que a situação orçamental "confortável" permitiu ao atual Executivo "anunciar medidas com elevado custo orçamental".
Em causa estão 100 milhões de euros transferidos pela AdP para o Estado que permitiram apresentar uma dívida pública mais baixa nas contas de 2023.
De acordo com o ‘Observador’, o ex-primeiro-ministro António Costa falou por telefone com o presidente da empresa, José Furtado, prometendo uma compensação pela cedência dos fundos.
CHEGA PEDE AnáliseO Chega pediu na quinta-feira ao Tribunal de Contas que analise os pedidos de dividendos extraordinários feitos à AdP e NAV.
NAV DEU 20 MILHÕES €A NAV pagou 20 milhões de euros em dividendos extraordinários ao Estado em 2023, mas as Finanças chegaram a pedir 50 milhões à empresa.
CASA DA MOEDA PAGAA Casa da Moeda transferiu 10 milhões de euros para o Estado, mas o presidente do instituto garante que não houve "ingerência política".