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Correio da Manhã

Opinião
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Piloto morre em corrida de motos no Estoril

Carlos Rodrigues

Bilhete Postal

É no centro-esquerda que Montenegro tenta crescer eleitoralmente.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 3 de Julho de 2024 às 00:32
É curioso verificar que o Governo escolheu as polícias para traçar a linha vermelha no aumento das despesas do Estado. Talvez preocupado com o efeito nas contas públicas, é óbvio que, mais tarde ou mais cedo, o Executivo teria de dar um sinal político de contenção. A jogada é de alto risco político, sobretudo quando o Chega aposta nesta bandeira para ultrapassar a nuvem cinzenta que tomou conta do partido com as eleições europeias. Jogada de alto risco, mas com algumas garantias.

Uma vez resolvidos vários focos de conflitualidade, os representantes das forças policiais continuaram a bater o pé às negociações. A divergência mantém-se nos 100 euros a mais ou a menos que vão compor o subsídio de risco. “Nem mais um cêntimo na proposta, porque já fizemos um esforço medonho” é a frase que marca o momento em que Montenegro se assume como defensor do bem comum, dos interesses de todos, e não de todos os interesses, nem de todas as reivindicações. Porque estará a linha vermelha nas polícias? A reivindicação das forças de segurança não é popular entre o eleitorado de esquerda. Através da aproximação a Costa, Luís Montenegro já deu outros sinais equivalentes. Este primeiro-ministro pode não querer eleições antecipadas, mas, à cautela, vai pescando no centro-esquerda, órfão de António Costa. Se vier a ser necessário, é por aí que tentará a maioria absoluta.



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