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Carlos Rodrigues

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O apoio do Estado à comunicação social deve ser cego.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 4 de Junho de 2024 às 00:32
A intervenção do primeiro-ministro no aniversário do ‘Jornal de Notícias’ deixou clara a intenção governamental de ajudar a combater aquilo a que se tem chamado de ‘crise dos media’. Descontando erros de gestão que muito afetam algumas empresas desta indústria, as alterações no consumo de notícias, as circunstâncias difíceis de mercado, e a evolução tecnológica aceleraram a mudança no modelo de financiamento. Para quem, como nós, aqui no Correio da Manhã, sabe a relevância do jornal de todos os dias, o desafio da distribuição é enorme. É urgente encontrar formas de levar jornais, revistas e livros a todo o País para assegurar a coesão nacional. Também os custos de estrutura e contexto, bem como os impostos das empresas de media que criam emprego e são bem-sucedidas, devem ser ponderados. Os cidadãos devem, também, ser incentivados ao consumo de notícias, através de majorações fiscais.

O apoio do Estado deve ser cego para salvaguardar a independência jornalística e a confiança dos cidadãos. Os critérios devem ser objetivos. A relação com os leitores e com os telespectadores é um desses aferidores objetivos. Quero, como diretor, elogiar a intenção do primeiro-ministro, e garantir que o CM não abdicará do papel que lhe cabe na construção dos modelos de apoio a uma comunicação social sólida e saudável.

A bem da democracia.



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