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Carlos Rodrigues

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Mexer na lei da imigração em plena campanha eleitoral mostra coragem política.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 3 de Junho de 2024 às 00:32
O Governo apresenta hoje, em Conselho de Ministros, um conjunto de alterações às leis da imigração. Antecipamos em exclusivo, no CM de hoje, algumas das principais novidades. Desde logo, promete-se reduzir as pendências e combater os tempos de espera nas centenas de milhares de processos que correm na Agência das Migrações (a AIMA). Parece mera logística, mas a complexidade do problema não facilita a tarefa. As consequências desumanas provocadas pelo arrastar das situações merecem todo o esforço que vier a ser necessário, porque em causa está, em última análise, a dignidade do Estado e da forma como recebemos todos os que querem viver neste País e desenvolver o sonho de uma vida melhor. Mas a principal novidade é a exigência de vistos de trabalho para entrar em Portugal, obtidos nos postos consulares nos países de origem, excecionando apenas a CPLP. Isto altera a situação atual e pode, objetivamente, restringir a imigração. As alterações à lei serão polémicas, quer à direita do Governo, que tem pressionado para que as entradas sejam ainda mais restritas, quer à esquerda, que irá acenar com o fantasma dos extremismos. O caminho do Governo é estreito. Esta será uma das suas primeiras reais provas de fogo. Tomar decisões sobre a imigração em plena campanha eleitoral mostra, pelo menos, coragem política.
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