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Carlos Rodrigues

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A crise na Saúde é um dos motivos para a AD ter chegado ao poder.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 28 de Maio de 2024 às 00:32
Quase 60 dias depois de tomar posse, a expectativa sobre o plano do Governo para combater a crise da Saúde é grande, e a exigência ainda maior. As notícias dos últimos dias parecem, de alguma forma, resquícios do tempo passado. As urgências fechadas, as consultas a conta-gotas, os corredores hospitalares sobrelotados, as maternidades no limite, as horas extras esgotadas para centenas de médicos, outra vez o prenúncio do colapso.
Tudo aponta para um verão outra vez complicado no Serviço Nacional de Saúde. Complicado, e eventualmente sem plano. Ao dispensar os serviços do gestor do sistema, a ministra sabia que o risco político iria aumentar. A partir desse momento, a governante perdeu o escudo protetor proporcionado pelo facto de haver um CEO do SNS nomeado pelo Governo anterior, e passou a ser a primeira e principal responsável por tudo o que venha a correr mal nos meses de férias.

Ora, se há área em que o Executivo não pode falhar é a Saúde. A crise nos hospitais e o colapso do sistema são dois dos principais motivos para que a AD tenha chegado ao poder. A promessa de que os cidadãos voltariam a poder adoecer com a certeza de que encontrariam um tratamento a tempo e horas, seja no público, seja no privado, é estruturante para o novo ciclo político. Vem aí uma das principais provas para o Governo. Se falhar na Saúde, de certa forma falha a própria AD.
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