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Carlos Rodrigues

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A cada eleição, os portugueses dão sinais de querer regenerar o sistema.

Carlos Rodrigues(carlosrodrigues@cmjornal.pt) 27 de Maio de 2024 às 00:32
A cada eleição que passa, os portugueses dão sinais de que querem regenerar o sistema partidário. Porém, de cada vez que isso acontece, os políticos reagem com as palavras, os tiques e os vícios do costume. A sensação de mal-estar geral em relação ao regime vai crescendo, e ninguém encontrou ainda um antídoto eficaz.

Foi assim outra vez, nas regionais da Madeira que decorreram ontem, oito meses depois de, em setembro, o eleitorado ter determinado que o PSD poderia governar com uma supermaioria relativa, a apenas um voto da estabilidade, garantida pelo PAN, de forma algo caótica. Uma construção de estabilidade que as suspeitas graves sobre o líder do PSD da Madeira destruíram, deixando o arquipélago à beira do abismo.

Se na República esse mal-estar foi sintetizado na votação de Ventura, ontem foi o JPP que fez o papel do Chega, o qual, pelo seu lado, acabou por manter a votação de setembro do ano passado. O Juntos Pelo Povo é um fenómeno político particular, ligado à realidade da região, que deu um salto eleitoral gigantesco de setembro do ano passado para o escrutínio de ontem.

O PSD precisará de toda a direita, incluindo o Chega, para governar com tranquilidade. Com Albuquerque, isso não vai ser fácil. O regime movimenta-se em gelo fino, e a Madeira é um dos locais onde esse perigo se manifesta de forma mais acentuada.
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